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• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •
A camisa social de Mick estava perfeitamente moldada ao seu torço, definindo em detalhe o seu corpo. Eu controlava-me ao máximo para não olhar o piloto enquanto ele tirava a camisa, mas com a bebida isso tornava-se uma missão impossível.
O quarto onde estávamos não era muito grande e até tinha uma casa de banho privada. Com a nossa visita à piscina ficamos com as nossas roupas completamente molhadas, e por isso estávamos no quarto para trocar para um roupão enquanto elas secavam, uma vez que não tínhamos mais roupa suplente.
– Podes usar a casa de banho primeiro se quiseres – Mick pergunta tirando-me dos meus pensamentos enquanto espremia a sua camisa na pia para tirar o excesso de água.
– Ah está bem. – Entro na pequena divisória passando por Mick de tronco nu ao qual eu não conseguia desviar o olhar.
– Terra chama Maya, a minha cara é aqui em cima.
– Hm? – Olho-o confusa focando no seu rosto e depois de volta no seu corpo.
– Tu não existes. Eu vou ficar no quarto à espera. – Ele fala fechando a porta.
Não demoro muito tempo, tiro a minha roupa, incluindo calcinha e sutiã espremendo toda a água e pondo em cima de uma superfície para secar do lado da camisa de Mick. Visto o roupão branco que estava pendurado na porta e aperto-o bem para não escapar nada.
Saio da casa de banho e deparo-me com Mick já de roupão também e com o resto das suas roupas num canto. Ele não diz muito e apenas faz com aquela roupa o que fez com a sua camisa.
Ligo a TV do quarto e começo a procurar se tinha alguma garrafa de bebida por ali escondida, até que encontro um mini frigorifico com algumas garrafas de champanhe. Jackpot.
– Mick olha o que encontrei! – Falo agarrando numa das garrafas e mostrando ao alemão que apenas leva uma das suas mãos à sua cabeça abanando-a negativamente. – Não sejas assim, se não quiseres não bebes.
– Maya, não é melhor parar por hoje? – O piloto fala começando a andar na minha direção.
– Não, eu tenho sede.
– Tem ali água. – Ele aponta para umas garrafas em cima de uma mesa.
– Mas eu quero algo mais doce. – Tento começar a abrir a garrafa, mas Mick impede-me tirando a garrafa calmamente das minhas mãos. – Não, eu quero beber mais.
– Maya, já chega.
– Tu não mandas em mim. – Sento-me na cama cruzando os braços e olhando a TV.
– Não sabia que ainda fazias birras. – Ele senta-se do meu lado, e eu fico em silêncio e sem o olhar. – Eu só não quero que depois passes mal a noite, ou até que amanhã tenhas uma grande dor de cabeça, como já aconteceu. – Ele continua, mas eu apenas o ignoro. – Maya. – Mick com uma das suas mãos vira o meu queixo para ele. – Tu sabes que eu tenho razão.
– Deixa-me divertir.
Tento agarrar a garrafa indo levemente para cima dele fazendo ele rir-se e eu apenas continuo a tentar chegar à garrafa, mas ele continuava a pô-la cada vez mais para cima para eu não alcançar.
Depois de alguma luta continuava sem conseguir a garrafa, mas agora eu estava sobre ele, sentada no seu colo e com uma perna de cada lado do seu torço, podíamos dizer que eu estava em vantagem sobre o piloto.
– Dá-me logo a garrafa Schumacher. – Falo tentando alcançá-la, mas mesmo assim não conseguia.
– Nunca. – Mick ri-se e mexe o seu corpo fazendo-me perder o meu equilíbrio e cair sobre ele.
– Mick para que é que foi isso? – Falo contendo o riso, mas a gargalhada de Mick era contagiante e o suficiente para me começar a rir também.
Tento me levantar, mas Mick não me deixava fazendo-me sempre perder o equilíbrio enquanto segurava a minha cintura. Eventualmente enrolo o meu cabelo para um dos lados do meu pescoço e com as mãos no peito de Mick consigo me levantar.
Os risos param no momento que os nossos olhos se cruzam de uma forma hipnotizante, com as gargalhadas foram os nossos sorrisos tornando-se em expressões mais sérias. Os meus olhos desviavam-se para os seus lábios criando dentro de mim uma súbita vontade de os sentir nos meus.
Sem pensar muito aproximo os nossos rostos ficando a apenas alguns centímetros dele, e inicio um beijo com que eu já sonhava há imenso tempo. O choque dos nossos lábios faz todo o meu corpo arrepiar e no momento em que Mick corresponde ao beijo sinto o meu coração bater tão forte que parecia que ia ganhar pernas e fugir no meu peito.
Uma das minhas mãos suportava o meu peso enquanto a outra estava no rosto do rapaz dos meus sonhos. Uma das mãos de Mick continuava na minha cintura e a outra tinha viajado até à minha nuca puxando-me cada vez mais para ele.
Em algum momento Mick volta-nos, trocando as nossas posições. O nosso beijo era cheio de vontade e desejo, era como se não fosse apenas eu que queria aquilo, Mick estava igualmente investido.
Paramos o beijo em busca de ar apesar de eu apenas querer continuar e nunca mais parar. Os nossos lábios juntam-se de novo, e eu podia sentir o meu roupão a abrir-se por causa do nosso contacto e sem dar por mim as minhas mãos tinham caído para o nós do seu roupão para se juntar ao meu. Mick para o beijo e baixa a cabeça recuando.
– Mick? – Endireito-me na cama confusa com o que é que eu tinha feito para ele recuar assim.
– Não posso. – Ele fala sem olhar para mim, o que me magoou mais do que eu estava à espera.
– Do que estás a falar? – Sento-me na borda da cama.
– Tu estás bêbeda.
– Tu também. – Retruco.
– Tu estás mais. – Ele olha-me fazendo todo o meu corpo arrepiar.
Levanto-me da cama e aproximo-me do piloto descansando as minhas mãos no nó do seu roupão.
– Eu estou sóbria o suficiente para saber que eu quero isto. – Olho-o na esperança que ele mudasse de ideias.
– Não Maya.
– Desmancha prazeres. – Falo afastando-me dele, eu sabia que nunca devia ter tentando nada, e agora acabei de arruinar a nossa amizade.
– Maya. – Mick pega no meu braço juntando-nos e pondo uma das suas mãos no meu rosto. – Eu só quero que te lembres de tudo perfeitamente, tal e qual como foi. – Ele sussurra ao meu ouvido deixando-me sem resposta.
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Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫
FanficMaya Kramer de 22 anos, é apaixonada pela Fórmula 1 desde pequena, por influência do seu pai e irmão mais velho. Sempre que conseguia ia às corridas, e o seu sonho era um dia poder trabalhar no desporto, assim como o resto da sua família. Mas enquan...