𝟔𝟐| 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨

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☆☆☆☆☆☆ 

• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •

Não foi preciso muito para convencer Hugo a juntar-se a nós. Aliás não foi preciso sequer terminar a frase para ele dizer que sim. Parece que as coisas estavam a correr bem.

A presença de Hugo não deixava de surpreender Mick, e cada vez que Gina se ria de uma das suas piadas e inclinava-se tocando no braço, o piloto fazia uma expressão de surpresa misturada com um pouco de raiva. Era confuso, mas fofo ao mesmo tempo.

– Mick, queres me ajudar ali com uma coisa? – Falo captando a sua atenção para irmos para a cozinha.

– O que precisas? – Ele fala inclinando-se na bancada enquanto eu olho para Gina e Hugo que tinham completamente ignorado a nossa saída e continuavam a falar como se nada tivesse acontecido.

– A Gina é uma mulher adulta, assim como o meu irmão. Não tens que te preocupar. Por isso, para com essa cara, por mais fofa que seja. – Falo tentando conter o riso.

– Que cara? – Ele aproxima-se de mim. – Esta cara? – Ele aponta para si mesmo e junta os nossos corpos iniciando um beijo.

– Tu não podes fazer isso.

– O quê? – Os seus olhos azuis encontram os meus.

– Cada vez que eu estou certa e tu errado, beijares-me para eu esquecer o assunto. – Tento afastar-me, mas as suas mãos à volta do meu corpo não me deixavam.

– Mas resultou certo? – Mick sorri depositando outro pequeno beijo.

– Sim, essa é a razão pela qual eu preciso que pares. Eu não aguento. – Separo-nos e tiro as suas mãos da minha cintura.

Aproveitávamos, à beira da piscina, a brisa fresca enquanto bebíamos algumas cervejas e ouvíamos músicas aleatórias, Mick e Gina contavam algumas histórias de quando eram mais pequenos e Hugo fazia questão de contar coisas embaraçosas que tinham acontecido comigo, e claro, eu como uma boa irmã, fazia o mesmo.

– Ela tinha 13 anos e aparentemente tinha uma crush num menino mais velho. – O meu irmão começa a falar de uma das minhas histórias mais traumatizantes a nível amoroso que alguma vez tive.

– Hugo, não. Nem te atrevas. Olha que eu falo da Gabriela. – Ameaço.

– Não eras capaz. – Ele debocha e eu apenas lhe devolvo um sorriso sarcástico.

– Eu quero ouvir. – Gina fala entusiasmada. – Quem é a Gabriela?

– Gabriela era uma professora na universidade onde Hugo estudava. – Começo.

– Maya.

– E aparentemente, uma vez ele ficou tão bêbedo com os amigos que decidiu ir até à casa dela fazer uma serenata, com a música "Take My Breath Away" com uma coluna de som. – Falo e podia ver os olhos de Hugo a quererem matar-me. O dano já estava feito, por isso, mais valia acabar a história. Olho Gina e Mick que continham o riso. – Mas ainda não acabou! Escusado dizer que, chamaram a polícia porque era 3 da manhã e uma quarta-feira.

– Tu foste preso? – Gina olha-o incrédula.

– Não, porque eles fugiram antes da polícia chegar. – Começo a rir-me e um sorriso emerge nos lábios de Hugo. Oh não.

– E agora perguntem-lhe, como é que ela sabe de isto tudo. – Hugo fala e os olhos azuis dos irmãos Schumacher caem em cima de mim.

– Como é que sabes de isto tudo Maya? – Mick pergunta curioso contendo o riso.

– Ela estava metida com o filho da Gabriela, Tomaz, eles estavam no quarto dele sem ninguém saber. Eu só soube porque a vi a sair pela janela.

– A SÉRIO? – Os olhos esbugalhados de Gina encontram os meus enquanto ela se endireitava na cadeira.

– Sim, o meu querido irmão decidiu que o dia ideal para ir confessar o seu amor por uma professora que era 25 anos mais velha que ele, com marido e dois filhos era no dia que eu tinha conseguido sair de casa para ir perder a minha virgindade. – Falo e sinto o corpo de Mick mexer-se debaixo do meu, alguém estava desconfortável.

– E eu pensava que nós tínhamos boas histórias. – A loira fala rindo-se. Hugo sussurra algo no seu ouvido fazendo-a corar e levantar-se em seguida. – Nós...

– Podem ir. – Mick fala enquanto acariciava a minha mão.

Eles saem, deixando-nos sozinhos aconchegados um no outro. Acabo resto da minha cerveja e volto o meu corpo para Mick que também estava a acabar a sua.

– Agora que estamos sozinhos que dizes subirmos até um dos quartos? – Sussurro ao seu ouvido fazendo com que o piloto se ajeitasse.

– Acho uma ótima ideia. – Mick junta os nossos lábios prendendo o meu corpo contra o seu.

O piloto levanta-se da espreguiçadeira onde estávamos e pega em mim como se eu não pesasse nada. Com as minhas pernas à volta da sua cintura, volto a juntar os nossos lábios enquanto Mick levava-nos até um dos quartos, o mais longe possível do quarto onde Gina e Hugo estavam. 

Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora