☆☆☆☆☆☆
• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •
Ao início pensei que fossemos jantar num restaurante, mas eu estava completamente enganada, quem cozinharia seria a Corinna na sua casa em Montreal. Eu estava em total estado de nervos. Eu não sabia o que fazer nem o que dizer.
– Vai correr tudo bem. – Mick tranquiliza-me pondo a sua mão na minha perna enquanto conduzia.
– E se elas não gostarem de mim? E se eu fizer alguma coisa que... imagina que eu escolhi as flores erradas. – Falo rapidamente olhando o buquê que tinha no colo.
– Elas vão te adorar. A Gina adorou do tempo que falou contigo e a minha mãe a mesma coisa. E essas flores são as preferidas da minha mãe.
– E se eu disser que não me estava a sentir muito bem, por isso não pude vir? Ficávamos os dois no meu quarto a fazer carinhos.
– Por mais tentador que essa oferta seja, não posso aceitar, vai correr tudo bem.
Não demoramos muito a chegar à casa. Mick estaciona na frente e saímos os dois indo na direção da porta. Eu ajeitava a minha camisola endireitando-a enquanto esperávamos que alguém abrisse a porta.
– Olá! – Gina fala com o maior sorriso no rosto de sempre. – Mãe, eles chegaram.
– Olá. – Falo cumprimentando Gina e depois Corinna que se junta nós logo a seguir. – É para si. – Entrego o ramo de flores.
– Tão lindas, e são as minhas favoritas. Obrigada. – Ela dá-me um leve abraço e depois diz a Gina para metê-las num jarro com água na cozinha.
Entramos na grande casa que tinha um estilo rústico, mas moderno ao mesmo tempo. Espalhadas pela casa tinham algumas fotografias de quando Gina e Mick eram pequenos com o seu pai e outras onde já eram mais crescidos.
– Tu eras tão fofo quando eras pequeno. – Sussurro para Mick apontando para uma foto dele na piscina.
– E não sou mais fofo agora? – Um sorriso provocador cria-se nos lábios do piloto.
– És, mas também és bem mais gostoso. – Sussurro pondo a minha mão nos seus abdominais enquanto involuntariamente trinco o meu lábio inferior fazendo Mick fazer um barulho limpando a sua garganta. Controlando-se talvez?
– Meninos? – Corinna chama-nos e nós a seguimos até a uma sala de jantar onde a mesa já estava posta.
O jantar era um prato típico alemão, que eu já tinha imensas saudades, e o meu preferido. Era aquele que a minha mãe fazia quando ainda era viva. Levo uma garfada à boa saboreando cada partícula e uma onda de nostalgia bate-me, enquanto debato com as lágrimas que queriam cair.
– Está tudo bem linda? – Corinna pergunta enquanto eu limpo a lágrima teimosa que tinha caído sem a minha permissão.
– Ahah, sim foi só uma coisa no olho. – Tento disfarçar.
– Maya. – Mick agarra na minha mão acariciando-a e todos me olhavam.
– É que a comida está fenomenal, está tal e qual como a minha mãe a fazia, mesmo sabor e tudo, nunca pensei que alguma vez o pudesse saborear assim. – Faço uma pequena pausa. – Não me levem a mal o meu pai e o meu irmão são ótimos cozinheiros, mas nunca era igual ao que ela fazia.
– Com que idade perdeste a tua mãe? Se não te importas que eu pergunte. – Corinna pergunta e Mick olha-me surpreso.
– Foi em 2013 num acidente de carro, eu tinha 14 anos. – Falo controlando as minhas lágrimas, não por falar da morte dela, mas por sentir saudades, uma vez que o aniversário do acidente estava quase a chegar.
– A sério? – Gina pergunta num tom mais calmo, diferente da sua energia caótica e energética.
– Sim, também foi nessa altura que nos mudamos para a Inglaterra, para o meu pai estar mais perto do trabalho.
– Ninguém merece crescer sem uma mãe. – A mãe de Mick continua e eu apenas suspiro.
– Não foi fácil, mas o meu pai soube me ajudar em tudo o que eu precisava, até em problemas femininos. Lembro-me que na altura ele tirou um curso online no tempo livre que tinha do trabalho, o que não era muito, sobre meninas e a sua adolescência. – Rio lembrando-me das nossas conversas. – Oh não, desculpem eu estar só a falar sobre mim.
– Sem problemas linda, nós queremos te conhecer melhor. Ambas ficamos muito curiosas sobre esta menina que fazia os olhos de Mick brilhar sempre que falava dela ou alguém a mencionava. E até agora apenas conseguimos ver que ele realmente não sabe a sorte que tem em te ter do seu lado. – Corinna fala fazendo-me corar e fazendo a mão de Mick encontrar a minha em cima da mesa e os nossos olhares cruzarem-se.
– Eu disse mãe, olha quão fofos eles são. – Gina volta à sua energia fazendo-me soltar uma risada fraca, mas feliz.
O jantar continuou tranquilamente, falamos de tudo um pouco e assim pude as conhecer melhor, assim como Mick. As histórias que eles contavam de quando eram pequenos fazia o piloto se contorcer na sua cadeira de vergonha.
Não sabia ao certo quanto tempo tinha passado, mas já era tarde e por mais que eu não quisesse sair daquele momento nós tínhamos que voltar para o hotel.
– Eu ainda aceito a visita guiada. – Gina fala despedindo-se de mim num abraço forte.
– É só dizeres quando. – Falo indo me despedir de Corinna que também me envolve num abraço forte.
– Foi um prazer conhecer-te, espero que possamos repetir.
– Obrigada, também gostei imenso de estar com vocês.
– Obrigada eu, por estares lá quando nós não estamos. Eu sei que Sebastian também está lá para ele, mas eu sei que a ligação que vocês têm é diferente. Sabe que és sempre bem-vinda. – Ela abraça-me novamente sorrindo.
Mick despede-se da sua família e vamos para o seu carro seguindo caminho.
– Correu bem certo? – Pergunto ainda insegura.
– Claro, elas adoraram-te. – Mick faz uma pequena pausa. – Aliás fizeram questão de me dizer que se eu te magoasse, elas matavam-me. Acho que isso responde à tua pergunta. – Ambos rimos. Por alguma razão podia definitivamente ver, tanto Corinna como Gina a dizerem-lhe isso.
– Queres ficar comigo esta noite? – O piloto pergunta com atenção à estrada.
– Não sei, amanhã é dia de corrida não quero percas sono por eu lá estar. – Brinco e o mesmo dá um leve aperto na minha coxa que me faz suspirar.
– Sabes bem que eu não me importo de perder sono por ti e esse teu corpo. – Ele fala, subindo a sua mão cada vez mais na direção da minha intimidade.
– Mick. – Arfo com o seu movimento. – Olha a-a e-est-trada. – Tento, mas era impossível pois ele já me tinha contorcendo no meu banco.
– Então amor? O que se passa? – Ele provoca intensificando os movimentos.
– Mick. – Gemo o seu nome tentando controlar a minha respiração. – E-eu ahhh. – Volto a gemer deixando uma das minhas mãos cair sobre a sua acompanhando os seus movimentos e outra vai para o seu braço apertando-o para me controlar.
– Maya meine liebe (meu amor), queres que eu pare? – O sorriso travesso de Mick olhava-me devorando-me.
– N-não. – Respondo quase de imediato e é escusado dizer que não demorei até atingir o meu ápice. – Mick Schumacher vais ser a minha morte.
– Com todo o gosto. – O piloto fala enquanto levava os seus dedos, que anteriormente estiveram em mim, à sua boca, saboreando-os.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫
FanfictionMaya Kramer de 22 anos, é apaixonada pela Fórmula 1 desde pequena, por influência do seu pai e irmão mais velho. Sempre que conseguia ia às corridas, e o seu sonho era um dia poder trabalhar no desporto, assim como o resto da sua família. Mas enquan...