Capítulo 02 - Pacto

6K 520 45
                                    

Lauren Jauregui  |  Point of View




Acordei e ouvi algumas risadinhas... olhei para o lado e As meninas estavam ali.

— Como você aguenta essa coisa te cutucando. – Ally se referiu a ereção de Camz e eu me aproximei mais para esconder ela.

— É gostoso. – Eu disse e Dinah gargalhou da careta de nojo que Ally e Normani fizeram. — Ainda mais quando é grande desse jeito.

— Amém! – Dinah disse e elas bufaram frustradas.

— Estavam rezando? – Camila perguntou acordando perdida. — Droga! Já é de manhã.

— Estávamos rezando pelo seu pau. – Dinah disse. – Agora desgrude os braços de polvo da cintura de Lauren que estamos atrasadas. Se peguem a noite toda, mas coloquem o celular para despertar pelo menos.

— Lauren... eu não vou negar mais, não aguento mais ela falando que nos pegamos. – Camz disse fazendo manha e eu a abracei.

— Vocês estão irritando minha pequena. Saim daqui.

— Por favor. Se casem! – Normani disse. — São tão lindas juntas...

— SAIM DAQUI! – Eu gritei e elas saíram correndo. Ficamos abraçadas um tempo e logo Felpudo, o gato de Camila subiu na cama, e obviamente ela me largou para abraçar aquele pulguento.

— Não chame o felpudo de pulguento. – Arregalei meus olhos.

— Mas eu não falei nada...

— Mas pensou. Não é filho? – Ela apertou aquela bola de pelos e depois o soltou, indo para o banheiro fazer sua higiene.

Corri para cozinha e fui fazer o café dela, antes que ela saia sem comer nada e isso é terrível para o ritmo de trabalho dela.

— Porque a pressa? – Ally perguntou pegando uma maça do cesto.

— Se eu não fizer rápido ela sai sem comer.

— Só falta a aliança porque como casadas já vivem. – Dinah disse e eu mostrei meu dedo para ela.

— Bem melhor que casamento, minha mãe não faz isso para meu pai. – Mani disse e eu revirei meus olhos.

— Mas vocês estão focadas em perturbar. Sério, meninas. Camila e eu nos amamos, mas é tudo amizade... somos carentes, por isso vivemos grudadas, não confundam as coisas.

Deixei tudo pronto e coloquei um punhado de razão no pote do gato que acompanhava meus movimentos impaciente.

Entrei no quarto e Camila estava enrolada na toalha procurando uma roupa no enorme closet colorido dela. Ela é a salvação de todas nós, pois tem roupas maravilhosas por conta do bom gosto incrível para moda, mas ela tem que vestir calça e camiseta no trabalho e isso à deixa louca.

— No que tanto pensa? – Ela perguntou.

— Que eu vou passar protetor em você, pois você com certeza não vai.

— Para Lo. Estou bem. – Peguei o protetor no banheiro e despejei um pouco nas mãos. Aproveitei que ela olhava para as roupas e espalhei em suas costas, o que a fez pular. – Droga, Lo. Isso fica horrível, grudento, se eu suar vai ficar uma meleca.

— Se você tivesse feito biologia comigo, estaria em uma sala com ar condicionada e não precisaria passar isso.

— Nossa, Lo. Já estamos formadas e você ainda bate nessa tecla.

— Claro! Nunca vi estudar tanto para sofrer trabalhando como uma condenada.

— É só no começo. Vai melhorando gradativamente. – Abracei ela por trás e ela acariciou meus braços.

— Camz... vamos para casa dos meus pais no final de semana? – Eu disse beijando a nuca dela.

— Eu posso ir no domingo. Lembra? Aniversário de casamento dos meus pais. – Bati na minha testa.

— Claro. Meus pais vão também, estou viajando. – Mordi o ombro dela.

— Ai, Lo. Não me judia. – Ela disse e eu a beijei.

— Vou com você então.

— Vamos logo, Lauren. Estamos muito atrasadas. – Dinah gritou e eu fui para o banheiro fazer minha higiene.

Quando sai, Camila me esperava, me abraçou e depois beijou minha testa.

— Te amo. Te vejo a noite e se alimente direito. Vai em um restaurante decente.

— Tudo bem, pai. Se cuida e não fique no sol por muito tempo.

— Tudo bem, mãe.

Ela pegou a mochila dela e saiu correndo do quarto.

Logo Dinah, Ally e eu entramos no laboratório e levamos aquela bronca pelo atraso.


×××


Estávamos no antigo quarto de Camila e eu me peguei rindo quando abri o armário dela e várias peças minhas. O armário antigo tinha uma parte com uma tampa um pouco aberta, quando a puxei, e diário dela estava ali, o peguei e coloquei sobre a cama.

— CAMZ! – Eu gritei e não demorou muito para ela entrar no quarto. — Olha o que eu achei. – Ela sentou ao meu lado e pegou o diário.

— Nossa... isso é tão velha escola. – Sorrimos. — Vamos ver o que tem de interessante... – Ela disse e folheou... —
Garotas... seios... bundas... garotas...

— Ah Camz. Não te imaginei superficial desse jeito.

— Ah Lo. Eu era uma idiota, você era a única garota que eu não imaginei me chupando. – Eu bati no braço dela. — Hey! Isso foi um elogio.

— Me poupe da sua falta de controle hormonal. – Eu disse e me aconcheguei ao peito dela.

— Olha isso. – Disse em tom de espanto. – Nossa... eu não me lembrava disso. – Ela disse lendo atenta o diário e eu estava com coceira de tanta curiosidade. Peguei o diário e li.

“Hoje a Lolo estava muito magoada, disse que nunca ficaria com ninguém, então eu prometi, que se ela não casasse até os vinte e cinco anos (o que é impossível, pois ela é incrível), eu sairia com ela e tentaríamos ficar juntas como casal. Sorte a minha, não?”

— Eu me lembro desse dia. – Ela disse e me abraçou.

— Eu também. Vamos sair no dia do meu aniversário. – Ela se afastou.

— Como assim? – Ela disse.

— Ué. Foi sua promessa para uma amiga de coração quebrado. Foi seu pacto. Agora é só cumpri-lo. – Ela sorriu e ergueu as mãos.

— Tudo por minha Lolouca. – Eu gargalhei. — Vou planejar nosso encontro então.

Beijei o rosto dela e a abracei. Ficamos assim até a mãe dela nos chamar.

NÃO ESQUEÇAM!

===================================
Não esqueçam de ACENDER a ESTRELINHA e COMENTAR, é importante para que mais pessoas consigam ler a história.
===================================

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora