Capítulo 61 - Lembranças

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Camila Cabello  |  Point of View





Abri meus olhos e Keaton socava meu rosto. Tentei empurrar ele, mas foi em vão, então revidei um soco o fazendo levar as mãos ao rosto e o derrubei ao meu lado...

Me segurei na pia e ergui meu corpo, ele puxou meu cabelo e me empurrou contra o vidro, virei meu braço com toda a força que tinha e ele cambaleou pra trás, acertei outro soco em seu rosto e um chute entre sua pernas, o que o fez cair de joelhos no chão após gritar... acertei uma cotovelada nele e o chutei sua cabeça quando ele caiu no chão.

Tentei chamar por socorro, mas não estava conseguindo falar. Estava em choque. A porta foi forçada. Rezei para ser um garçom e tirei o lacre que ele havia deixado na porta, mas era Lauren e ela se desesperou quando me viu.

— Meu Deus, Camz... o que houve? – Eu não consegui responder. — Alguém liga para a ambulância, por favor!

— Estou ligando moça. – Um homem grisalho falou.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Willian. Nem sei como escrevi, Lauren havia me ajudado a sentar e enrolou gelo em um guardanapo, colocando na minha testa. Ela estava tremendo, depois ela entrou no banheiro e levou as mãos a boca quando observou o canto em que Keaton estava.

A polícia chegou e Lauren saiu do banheiro, sentando ao meu lado e segurando minha mão.

— O que houve, Sra?

— Eu estava no banheiro e vi um vulto, depois um apagão, depois Keaton estava me acertando socos, ele é mais forte que eu, mas aproveitei de minha velocidade para revidar. Ele se recuperou e acertou meu rosto contra o espelho... tive que deixá-lo inconsciente para sair dali. – Keaton abriu a porta do banheiro e se escorou na mesma.

— Teve que chamar a polícia, covarde Cabello?

— Não foi ela quem chamou. – William saiu do meio dos policiais. — Eu chamei. Desta vez, não use meu nome para se defender, está sozinho, vai arrumar advogado sozinho. E quando sair da cadeia e se sair, vai direto para o exército. – Keaton estava sorrindo.

— Pelo menos acertei uns murros nessa entojada. – Ele disse e eu revirei meus olhos, sentindo uma enorme dor de cabeça. Os enfermeiros chegaram.

— Podem levar ele. – William falou para os policias e eles algemaram Keaton, os enfermeiros começaram a me analisar e
logo estávamos na ambulância. Willian apareceu na porta antes de fecharem ela. — Eu nem sei como me desculpar.

— Pare de se desculpar! – Lauren disse irritada. — Por mais que a culpa seja sua, não adianta ficar se desculpando. Se depois do estupro que eles cometeram, tivesse metido eles na cadeia, nada disso estaria acontecendo. Se tivessem imposto limites a eles, a moça nem seria violentada... o que vocês fazem com ela? Mandam dinheiro? Ou simplesmente a fizeram de louca para o vilarejo dela? Vocês não se importam com ninguém, só com o dinheiro e agora minha esposa pagou por isso. Uma pessoa íntegra, trabalhadora, com um coração generoso e o pilar de sustentação da nossa família. E se eu a perco por causa desse lunático? Acha que uma mesada vai substituir um ser humano incrível como ela? Eu não quero ouvir sua voz, escutar seu nome e espero que seu filho mofe na cadeia e te dê vários desgostos, os que têm que sofrer são vocês! Os pais! Não nós. – Ela disse e virou de costas, o rapaz da ambulância estava a encarando e fechou a portar devagar, mas William se manteve lá... encarando Lauren... sem se mover... a porta fechou completamente e o enfermeiro bateu duas vezes na lateral da ambulância que entrou em movimento após isso.

Lauren ligou para Karev no meio do caminho, explicou a situação e quando chegamos, ele nos esperava com uma
cadeira de rodas e outro doutor do lado.

— Olá, Sras Cabello! Esse é meu colega Derek Shepherd. Ele é Neurocirurgião e vai ajudar mais no caso das pancadas na cabeça.

— Prazer. – Ele disse e apertou minha mão.

— Prazer. – Ele ligou uma lanterna nos meus olhos...

— Ela não falava depois da briga...

— Vamos fazer uns testes e depois vamos fazer uma ressonância. Ok? – Assenti.

— Ela deve estar em estado de choque ainda. Não se preocupe, Lauren. Ela está em excelentes mãos, vai preenchendo a papelada e logo te daremos notícias. – Lauren sentou no meu colo.

— Vai ficar tudo bem.

— Vai sim, amor. – Eu selei nossos lábios. – Eu estou bem. – Ela me analisou e selou nossos lábios.

— Eu conheço o Alex, Dr Shepherd. Ele sabe que quando cuida da vida da Camila, cuida de duas, pois não sou nada sem ela. – Ele tirou o sorriso do rosto.

— Fique tranquila, ela está bem e vou deixá-la ela ótima.

Ele disse e empurrou minha cadeira até a sala de exames, depois fizemos a tal ressonância.

Logo estava esperando no quarto com Lauren segurando minha mão. Alex e Derek entraram.

— Os exames estão ok. Tudo em perfeita ordem, mas precisa passar a noite em observação e amanhã faremos todos os exames novamente para ver se há alguma alteração, pois pancadas na cabeça sempre devem ser acompanhadas de perto.

— Obrigada, Dr. – Lauren disse e sorriu pra mim. — Você está bem, amor. – Retribui o sorriso para ela. Olhei para o teto assim que eles saíram dali, Alex pediu para chamá-lo a qualquer hora, pois ele estava de plantão.

⚠️⚠️⚠️ Alerta de cenas fortes com consumo de Drogas, por favor quem for sensível pule o flashback. ⚠️⚠️⚠️

~ Flashback On ~

Eu havia divido um beck com um colega e diferente da noite passada, só senti sono e me escorei na parede. Estava me sentindo em câmera lenta...

— Camila? – Dav me sacudiu. — O que você fez? Você tem prova agora!

— Eu sei, queria ficar mais ligada, mas o baseado do meu colega me deixou com sono.

— Claro que deixou! – Ela disse irritada me puxando pelo moletom.

— Mas o do fim de semana nos fez ficar ligadas direto. – Disse após entrarmos no reservado do banheiro. — Nossa... quer transar? Você vai ter que fazer tudo, estou caindo de sono.

— Você consegue fazer essa prova em meia hora?

— Que prova?

— A de solos, amor? – Eu assenti fechando meus olhos. — Eu vou te dar uma coisa, vai te deixar ligada por um tempo e depois você vai apagar. Então vou te esperar no seu carro pra te levar no apê.

— Porque eu tô com sono?

— O baseado que fiz pra nós tinha uma misturinha especial, amor. – Ela tirou o caderno da bolsa, espalhou um pó branco sobre ele e me entregou um tubinho de caneta, pegou um cartão de crédito e colocou o caderno sobre o vaso, ajeitando o pó em carreira. — Coloca esse tubo no nariz, tampa o outro e suga todo esse pó pra dentro.

Eu só fiz o que ela disse e senti meu coração acelerar... fiquei tonta e com uma sensação horrível, uma coceira horrenda no nariz. Levantei e ela pegou o tubo, guardou tudo e limpou meu nariz.

— Está bem?

— Nossa... estou estranha.

— Vai fazer logo essa prova e te espero no carro.

Eu não conseguia parar de mexer meus dedos, corri para sala e fiz a prova em menos de dez minutos, todos me olhavam estranho, eu estava mais que inquieta, inclusive o professor parecia irritado comigo... acho que estão me perseguindo...

~ Flashback Off ~

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