Allyson Brooke | Point of View
“Sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens. Deixe seu recado após o bip!”.
— Oi, amor... Jo. Desculpe... é força do hábito. Só queria saber como você está, sei que nós terminamos, mas não precisa me ignorar desta maneira. Sei que conversa com Camila quase todos os dias... podemos ser amigas... sei lá. Me retorne se ouvir alguma de minhas mensagens. – Encerrei a ligação e deixei o celular sobre a mesa.
— Problemas, nanica? – Selena disse, sentando ao meu lado e analisando algo no microscópio. — Lauren e Dinah acharam uma matéria estranha nas tartarugas mortas. – Assenti e ela me entregou algumas amostras. — Mas algum problema?
— A Jo. – Me limitei a falar e ela tirou os óculos.
— Não te responde? Talvez ela esteja muito ocupada com o tal curso. – Ela disse e eu neguei.
— Ela fala com a Camila. Ela está me ignorando por completo.
— Talvez seja bom. Se ela quer você fora da vida dela, saia. Se ela sentir o mesmo que você ela volta. – Ela falava sem olhar para mim.
— Não sei... e tem a Dinah.
— A Dinah é complicada, Ally. Procure alguém novo. Se você ficar nesse círculo vicioso, vais acabar confusa e tonta. E
preciso de você focada por aqui.— Você está certa.
— Sei que não é uma coisa simples, mas se não tentar não vai saber se consegue.
Eu continuei as análises, mas tudo que ela me disse ficou martelando na minha cabeça.
Camila Cabello | Point of View
Normani estava em uma conversa animada com Dakota, nem me aproximei para não atrapalhar.
Keaton chegou, com um charuto pendurado na boca e sentou ao meu lado. Senti dor de cabeça e me afastei discretamente dele, tomando meu café afoitamente.
— Como foi ontem, Cabello?
— Normal.
— Fala direito com seu chefe. Foi normal, Senhor.
— Pelo amor...
— Está me desacatando, Cabello?
— Foi normal, Senhor – Disse em tom total de escárnio.
— Ficou melhor... até o fim do ano você aprende sobre hierarquia.
Ele tragou o charuto e jogou a lufada de fumaça em meu rosto. Fiquei imóvel, sem respirar e sem abrir a boca. Ele sorriu e levantou, indo até a mesa e pegando um pedaço de bolo.
Um trago e estou fodida. Não posso cair nessa armadilha, fumar algo fraco sempre me deixa a beira do lago das coisas fortes... a um passo.Senti meu ombro ser tocado e Mani estava com um prato cheio de bolos e um copo grande de café.
— Se alimenta, Camz. Lauren me ligou, disse que não comeu nada antes de sair. Coma isso ou ela me esgana. – Eu sorri, peguei o prato e joguei meu copo vazio no lixo ao meu lado, pegando o cheio da mão dela.
Lauren... ela é incrível. Acho que meus sentimentos se intensificam a cada dia... “imensurável!” o sentimento dela é assim também, ela disse...
— Gente, que sorriso é esse? – Mani perguntou e eu neguei, levando um pedaço de bolo a boca. — Lauren... esse sorriso tem nome.
— Ela me ama, Mani. Eu sinto isso todo o tempo... tem noção do quanto isso é louco. Estamos a quilômetros de distância e eu estou me sentindo amada.
— É lindo, não louco. – Ela disse e acariciou minhas costas. — Fico feliz por te ver tão empolgada assim. – Parei de sorrir.
— Mani... o que você acha de abrirmos a nossa própria firma. Nossos pais são ricos, sei que prometemos não aceitar nada deles, mas depois devolveríamos.
— Eu penso muito nisso, mas sabemos o quanto essa firma é requisitada, podemos migrar... e se os clientes não migrarem?
— É um risco, mas eu não estou me sentindo bem no mesmo ambiente que esse escroto.
— Ele está melhor... – Ela disse. — Nem fala comigo, não se mete em nada... como o pai dele era. – Eu a encarei por um tempo... o problema desse escroto é só comigo?
— Verdade. – Eu disse e segui comendo.
— Mas podemos amadurecer essa idéia. Já tem algo em mente.
— Pesquisei uns locais a venda... ou podemos alugar se não quisermos meter nossos pais nisso.
— Vamos falar disso depois. Se alimente. – Assenti e continuei com o café. — Confesso que não é má ideia. – Ela disse e olhou pela janela, deveria estar pensando sobre.
×××
Normani e eu estávamos pesquisando os aluguéis de imóveis... e percebemos que sem a ajuda dos nossos pais não faríamos nada.
— Ou quem sabe não precisamos de outro lugar, você está quase morando com Lauren, podemos usar seu apartamento de escritório, não precisamos receber os clientes, e como vamos ser só nós duas, não vai ser perigoso. Nosso serviço é sempre mais a campo mesmo.
— Não é uma ideia ruim. O escritório do meu apê é bem grande. Agora é só nos decidirmos mesmo.
— Vamos esperar a festa de amanhã.
— Melhor esperarmos a semana que vem inteira para não nos precipitarmos.
— Sabe... eu pensei na sua mansão de reabilitação, aquelas terras podem nos ajudar nos experimentos. – Estendi a mão a ela que prontamente apertou.
— Já temos um plano.
— Parece que sim. Agora vamos almoçar.
— Vou buscar Lauren no trabalho.
— Ah... – Ela me encarou e sorriu. — Então vou levar Dakota para almoçar. Assim não ficaremos tão deslocadas na festa.
— Você está mais que certa. Bom almoço... – Ela assentiu e nos abraçamos.
×××
Parei em frente ao prédio onde Lauren trabalhava e arrumei minha saia. Obviamente fui trocar a minha roupa, nunca sairia com Lauren vestindo aquele uniforme brega sobre meu corpo.
Fiquei caminhando na frente da porta de vidro, esticando meus braços sempre que possível. Eu estava muito trêmula, com uma vontade de fumar de matar... mas eu havia prometido a Lauren que não faria...
A porta abriu e começaram a sair as mulheres... a maioria era mulher, só alguns caras no meio. E logo minha namorada surgiu, me fazendo sorrir largo.
— AI QUE MULHER MAIS LINDA! MINHA NOSSA... O QUE? ESPERA UM POUCO... – Gritei e fingi pensar... — É MINHA NAMORADA! – Eu disse e ela sorriu, pulando no meu colo e enchendo meu rosto de beijos.
— E EU NÃO ACREDITO QUE ESSA PERFEIÇÃO É TODA MINHA.
Ela selou nossos lábios e escutamos algumas risadinhas... uns owwwn... e algumas críticas, mas eu não liguei. E muito menos ela. Só ficamos nos curtindo ali por um tempo. Depois fomos para um restaurante.
NÃO ESQUEÇAM!
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...