Lauren Jauregui | Point of View
Ela parecia mais espantada que eu.
— Coloca isso fora, Lo.
— O que isso está fazendo na sua mochila?
— Eu não sei, mas você precisa tirar isso de perto de mim, Lo. Agora! – Ela exclamou e eu caminhei até a pia desejando o conteúdo por ela. Liguei a torneira e esperei o conteúdo ir ralo abaixo.
— Como você não sabe? – Eu disse chorando e escorando minha testa na mão apoiada na pia.
— Juro para você, Lauren. Não sei como isso foi parar aí. – Ela estava escorada na pia ao meu lado. — Não chora, Lauren... droga! Eu me sinto um lixo por fazer isso com você... vai ser sempre assim, vou ficar te fazendo de babá o resto da vida.
— Não fale bobagens. Eu só quero saber como isso foi para na sua mochila.
— Eu não sei, Lauren... eu não vou procurar por isso... você viu no sábado, quando estou com vontade eu te falo, nem fumei cigarro, acha mesmo que eu compraria a branca?
— Não use gírias, Camila. Ligue para Jo agora, vai conversar com ela sobre isso. – Ela assentiu e saiu da cozinha.
Fiquei quase tonta de tanto pensar, mas Camila é muito transparente e costumamos saber quando uma mente para outra... Keaton.
O nome da discórdia vibrou na minha mente... corri para o quarto e Camila estava de cueca e falando ao celular.
— Mas eu não comprei... eu não sei... Jo... eu não ia ser idiota a esse ponto... está bem... – Camila alisou as têmporas, sentei atrás dela e massageei os ombros dela. Ela gemeu e relaxou sua postura. — Tudo bem, Jo, mas eu juro por Deus que não sei como aquele pacote foi parar ali... – Ela ficou escutando e se atirou contra meu corpo, fiquei acariciando o couro cabeludo dela e a outra mão repousei no abdômen dela. Ela me olhava de forma estranha. – Sim, Jo. Obrigada. – Ela desligou e atirou o celular na cama. — Porque está me afagando?
— Não posso?
— Não está irritada?
— Só me assustei, amor. Me conta direitinho o que anda acontecendo no seu trabalho. – A vi tencionar novamente.
— Não acontece nada...
— Vai mentir pra mim? – Ela me encarou por um tempo.
— Não precisamos falar sobre isso.
— Keaton ficou perto da sua mochila? – Ela arqueou uma sobrancelha... depois arregalou os olhos.
— Filho da puta.
— Amanhã você vai sair daquela firma, com Normani ou sem.
— Mas Lauren...
— Não, Camila. Ela é uma boa amiga, mas não entende a gravidade da situação... esse monstro quer destruir você, ele é toxico e você não vai ficar no mesmo ambiente que uma pessoa assim.
— Lauren...
— Isso é o certo, Camz. Faz isso, por favor! – Eu disse quase implorando e ela assentiu.
— Você é incrível, Lauren. Você não duvidou mesmo de mim?
— Você não mentiria pra mim, Camila. Eu só fiquei em choque, mas quando respirei, pensei melhor.
— Não mentiria mesmo, Lauren. Mas vou precisar tomar o meu calmante hoje. – Ela disse e então reparei na tremedeira nas mãos dela.
— Vai terminar seu banho, vou arrumar tudo para você e pedir o jantar para nós. – Ela assentiu e foi para o banheiro. – Toma gelado, amor.
— Tá. – Ela gritou e logo tirou a cueca, entrando no Box.
Água gelada acalma nervosismo, arrumei o calmante e um copo de água, deixando perto da cama.
— Amor... que tal sairmos para jantar? Já pedimos ontem. – Ela gritou e eu larguei o telefone no gancho novamente.
— Perfeito. – Eu disse e vi o laptop do chão e torcendo para não ter quebrado nada. Coloquei para carregar e ele me pareceu normal. Ela chegou, sentou ao meu lado, estava de saia e cropped. — Que cheirosa... – Eu disse me inclinando e selando nossos lábios... deslizei meu nariz pelo pescoço dela, ela tinha um perfume ótimo... que por motivos desconhecidos, não afetava minha alergia.
— Obrigada, Lauren. Nossa... pensei que teria de fazer os testes...
— Não agradeça, Camz. Nunca duvidaria de você a esse ponto.
— Você não existe. – Ela me abraçou e ficou um tempo assim. Depois o Felpudo pulou entre nós e perdi a atenção dela. Fui me vestir para sairmos.
×××
Quando voltei meu laptop estava em pedaços por cima da mesa.
— Lo... eu tentei arrumar, mas agora você vai ter que comprar outro mesmo. – Eu gargalhei com a carinha de culpa que ela estava.
— Tudo bem, amor. Agora vamos logo.
Ela assentiu e deixou as coisas ali. Arrumou a ração para o Felpudo e logo estávamos na picape dela.
Camila Cabello | Point of View
Eu estava dirigindo até o escritório, Lauren estava ao meu lado, alisando minha coxa e minha nuca. Ela queria me relaxar e eu estava precisando mesmo.
— Acho melhor avisar Mani primeiro...
— Não, amor. Sei que somos amigas, mas não precisamos depender tanto uma das outras.
— Você está certa. Eu já a avisei do meu desconforto. – Ela assentiu.
Fiquei um tempo respirando antes de sair do carro.
— Eu ralei muito para conseguir um emprego aqui, lembra?
— Claro que lembro, mas ralou muito mais quando conseguiu e por isso, acho que vai ser muito bem vinda em.qualquer outro lugar...
— Mas essa é a melhor...
— Você que faz dela a melhor, amor. Você não pode ficar perto de alguém que queira tanto o seu mal assim. Eu não posso permitir isso, pode parecer cruel, mas estou pensando no seu bem. – Peguei a mão dela e beijei.
— Eu sei, amor. Você está certa novamente. – Eu sorri e ela retribuiu.
— Precisamos de uma viagem. Relaxar um pouco longe de tudo e de todos.
— Mas e o Felpudo? – Eu disse brincando e ela bateu no meu braço. — Precisamos ir passar em algum lugar do Canadá. Podemos acampar em uma barraca no meio da mata e nossa vista seria aquelas montanhas com os cumes cobertos de neve. – Eu me emocionei com isso e ela me abraçou.
— Será perfeito. Precisamos disso. – Ela selou nossos lábios e limpou minhas lágrimas. — Vamos fazer isso.
— Ela levou a mão até minha nuca e iniciou um beijo. A puxei para bem perto e ficamos nos beijando, até ela se afastar.
— Vai lá, amor. Se demita e vamos para bem longe daqui. – Eu assenti e a puxei para um selinho antes de descer da picape.
NÃO ESQUEÇAM!
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...