Capítulo 29 - Sogro

2.8K 221 21
                                    

Lauren Jauregui  |  Point of View




Camila foi estacionar o trambolho dela, pois o estacionamento do prédio de Ally não tem espaço para a sua picape e ela estava bem irritada com isso também. Ela se aproximou, agarrei o braço dela e entramos no prédio.

— Velho idiota... “Não suportamos esse tipo de veículo.” – Ela disse imitando o senhor do estacionamento e eu segurei o riso. — Idiota. Coloca uma placa então, não faz perder meu tempo estacionado nessa merda...

— Hey, Camz. Calma, ok? Não se estresse por pouca coisa. Você não pode.

— Aquele velho cretino...

— Camz! Ele não tem culpa, é o trabalho dele.

— Vai lá defender ele. Vai virar a velha contra picapes também. – Eu belisquei o braço dela. — Ai Lo.

— Se controle, Camila. Você é muito nova pra ficar ranzinza.

Ela ficou resmungando coisas inaudíveis até entramos no apartamento de Ally e sentirmos um cheiro bem ruim.

— Oh Deus! – Camila exclamando indo abrir a janela. — A Ally deve ter morrido aqui mesmo.

— Camila!

— Mas olha essa bagunça e esse cheiro... – Ela disse juntando caixas de pizza e algumas garrafas do sofá. Após colocar tudo no lixo caminhamos ao quarto dela. — Você entra primeiro, ela pode estar pelada.

— Tudo bem. – Eu disse e abri a porta do quarto.

— Não. Melhor eu entrar, se você casar com o velho do estacionamento, é melhor eu já dar uma avaliada no material... – Eu bati no braço dela e ela sorriu cínica pra mim.

— Idiota!. – Entrei e liguei a luz. Ela estava dormindo com a sujeira parecida com a da sala... só que pior. — Ela está de pijama. – Eu disse e Camila entrou, abrindo as cortinas e todas as janelas. Sentei ao lado dela na cama e arrumei seus cabelos atrás da orelha.

— Laur?

— Sim, Allycat. Eu e minha namorada ranzinza. – Eu disse e Camila bufou, fazendo Ally sorrir.

— Não sabemos ainda, Allycat. Talvez Lauren fique com o velho do estacionamento.

— O senhor Felds?

— Sim. Jauregui Felds fica até bonito.

— Camila!

— O que houve? – Ally perguntou perdida e eu neguei.

— Camila está com ciúmes do Sr Felds, Allycat. Apenas ignore ela. Nós viemos saber como você está?

— É Allycat. Viemos saber como você está e Lauren vai ser a nova síndica quando casar com o velho do estacionamento. – Ally gargalhou, eu queria repreender Camila, mas como isso animou Ally de alguma forma, apenas revirei meus olhos. — Como você está?

— Morrendo de saudade. Nossa... eu não sabia que era tão complicado, ontem ela foi a uma festa com o pessoal do curso dela, fiquei fantasiando mil coisas e só consegui dormir porque tomei remédios.

— Ally... você precisa parar com isso. Remédios viciam. – Camila disse tirando a sujeira da cama dela e sentando do outro lado da cama.

— Mas eu não quero perdê-la.

— Vocês se amam, não amam? – Camila perguntou e Ally assentiu. — Então vai acontecer, Ally. Se for amor, ela vai te
respeitar da mesma forma que você respeita ela. Imagina a pressão sobre ela, curso, pacientes e um relacionamento a distância, ela precisa relaxar um pouco. Uma saída não vai tornar ela a maior prostituta do mundo. Você deveria seguir o exemplo dela, sair com a gente beber um pouco e curtir um pouco, se você ficar guardando tudo vai explodir. – Ally ficou encarando ela por um bom tempo.

— Eu não quero ficar perto de casais se amassando. Vou me sentir pior.

— Eu amarro a Lauren. Eu sei que é difícil para ela manter as mãos dela longe do meu corpo... – Eu acertei o travesseiro no rosto dela e Ally gargalhou.

— Sério, Ally. Não vamos ficar de agarramento na sua frente e hoje é o melhor dia para você sair comigo, pois talvez a ideia de trocar a Camila pelo senhor Felds não seja tão absurda assim. – Camila devolveu a travesseirada e começamos a guerrear ali, com Ally gargalhando da situação.

— Ok crianças. Parem.

— Olha, Allycat. Vai tomar um banho que Camila e eu vamos organizar sua casa enquanto isso. Depois vamos ao restaurante do seu pai.

— Tudo bem.

Ela respondeu e escolheu uma roupa em meio a bagunça e depois foi para o banheiro.

Começamos a arrumar as coisas, depois de um tempo estava tudo organizado e Camila terminava de passar um pano no quarto de Ally, enquanto nós duas a assistíamos.

Camila seguiu passando pano pelo corredor e eu me sentei de frente para Ally.

— Está bem para sair?

— Sim. Você e Camila são engraçadas.

— Você é a palhaça da turma, Ally. Não no sentido ruim, claro, mas fazem falta seus comentários engraçados.

— Não sei se serei esse tipo de amiga hoje, mas vou tentar. – Assenti e segurei a mão dela. — Quando é a viagem de vocês?

— Assim que eu entrar de férias, mas estou pensando em levar você agora, pois a Camila está uma mala.

— Eu estou ouvindo! – Camila gritou e nós gargalhamos.

Camila limpou tudo mesmo, Ally ficou muito feliz com ela e a abraçou em agradecimento. Meu telefone tocou, era meu pai.

— Oi, papa.

— Lauren Jauregui! Você e a sua namoradinha estão intimadas a jantarem na minha casa hoje, faz duas semanas que
vocês passam direto aqui na frente para visitar os Cabello’s e você nem abanou para nós. Camila vem aqui sempre e você não. Fizemos algo de errado?

— Não, Papa. Desculpe. Estamos indo para aí.

Conversei com elas e Ally acabou aceitando ir até o interior conosco.


×××


Na casa de meus pais, a mesa estava posta em um banquete, todos estavam reunidos ali.

Ally estava com Mani conversando sobre alguma coisa bem secreta, Dinah, minha sogra e minha mãe falavam sobre Paris.

Camila e eu estávamos sentadas no sofá, estava entre as pernas dela e sempre que a Ally saia do cômodo, nos beijávamos com fúria. No meio de um desses beijos, senti Camila ser afastada bruscamente e abri meus olhos, meu pai a levantou pelo colarinho e a colocou ao lado do pai dela e sentou ao meu lado. Foi a sala caída em gargalhadas e Camila toda sem graça, abraçou o pai de lado e falou algo no ouvido dele. Ele bateu de leve no joelho dela e engatamos um papo sobre pescaria. Eu nem sabia o que estava fazendo ali, mas ver o jeito que Camila sorria ao falar daquilo me deixava bem.

— Vamos jantar, pessoal. – Minha mãe disse e rapidamente todos migraram a cozinha, Camila puxou minha mão e ficamos para trás, sozinhas na sala.

— Amor... você vai me trocar pelo velho mesmo? – Ela perguntou manhosa, me abraçando e beijando meu pescoço.

— Lógico que não, amor. – Eu beijei o rosto dela. — Sabe que é a única pessoa que amo e quero ficar pra sempre com
você.

— Sempre?

— Sempre! Sempre!

— Eu amo você, Lolouca. – Meu pai apareceu atrás de Camila e a pegou pelo colarinho novamente a arrastando para
cozinha.

— Ela também ama você, mas larga o osso um pouco. – Meu pai disse e eu gargalhei.

Logo estávamos jantando, mas meu pai me deixou bem afastada de Camila e era uma graça a carranca que ela possuía por odiar ser contrariada.

NÃO ESQUEÇAM!

===================================
Não esqueçam de ACENDER a ESTRELINHA e COMENTAR, é importante para que mais pessoas consigam ler a história.
===================================

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora