Lauren Jauregui | Point of View
Camila foi estacionar o trambolho dela, pois o estacionamento do prédio de Ally não tem espaço para a sua picape e ela estava bem irritada com isso também. Ela se aproximou, agarrei o braço dela e entramos no prédio.
— Velho idiota... “Não suportamos esse tipo de veículo.” – Ela disse imitando o senhor do estacionamento e eu segurei o riso. — Idiota. Coloca uma placa então, não faz perder meu tempo estacionado nessa merda...
— Hey, Camz. Calma, ok? Não se estresse por pouca coisa. Você não pode.
— Aquele velho cretino...
— Camz! Ele não tem culpa, é o trabalho dele.
— Vai lá defender ele. Vai virar a velha contra picapes também. – Eu belisquei o braço dela. — Ai Lo.
— Se controle, Camila. Você é muito nova pra ficar ranzinza.
Ela ficou resmungando coisas inaudíveis até entramos no apartamento de Ally e sentirmos um cheiro bem ruim.
— Oh Deus! – Camila exclamando indo abrir a janela. — A Ally deve ter morrido aqui mesmo.
— Camila!
— Mas olha essa bagunça e esse cheiro... – Ela disse juntando caixas de pizza e algumas garrafas do sofá. Após colocar tudo no lixo caminhamos ao quarto dela. — Você entra primeiro, ela pode estar pelada.
— Tudo bem. – Eu disse e abri a porta do quarto.
— Não. Melhor eu entrar, se você casar com o velho do estacionamento, é melhor eu já dar uma avaliada no material... – Eu bati no braço dela e ela sorriu cínica pra mim.
— Idiota!. – Entrei e liguei a luz. Ela estava dormindo com a sujeira parecida com a da sala... só que pior. — Ela está de pijama. – Eu disse e Camila entrou, abrindo as cortinas e todas as janelas. Sentei ao lado dela na cama e arrumei seus cabelos atrás da orelha.
— Laur?
— Sim, Allycat. Eu e minha namorada ranzinza. – Eu disse e Camila bufou, fazendo Ally sorrir.
— Não sabemos ainda, Allycat. Talvez Lauren fique com o velho do estacionamento.
— O senhor Felds?
— Sim. Jauregui Felds fica até bonito.
— Camila!
— O que houve? – Ally perguntou perdida e eu neguei.
— Camila está com ciúmes do Sr Felds, Allycat. Apenas ignore ela. Nós viemos saber como você está?
— É Allycat. Viemos saber como você está e Lauren vai ser a nova síndica quando casar com o velho do estacionamento. – Ally gargalhou, eu queria repreender Camila, mas como isso animou Ally de alguma forma, apenas revirei meus olhos. — Como você está?
— Morrendo de saudade. Nossa... eu não sabia que era tão complicado, ontem ela foi a uma festa com o pessoal do curso dela, fiquei fantasiando mil coisas e só consegui dormir porque tomei remédios.
— Ally... você precisa parar com isso. Remédios viciam. – Camila disse tirando a sujeira da cama dela e sentando do outro lado da cama.
— Mas eu não quero perdê-la.
— Vocês se amam, não amam? – Camila perguntou e Ally assentiu. — Então vai acontecer, Ally. Se for amor, ela vai te
respeitar da mesma forma que você respeita ela. Imagina a pressão sobre ela, curso, pacientes e um relacionamento a distância, ela precisa relaxar um pouco. Uma saída não vai tornar ela a maior prostituta do mundo. Você deveria seguir o exemplo dela, sair com a gente beber um pouco e curtir um pouco, se você ficar guardando tudo vai explodir. – Ally ficou encarando ela por um bom tempo.— Eu não quero ficar perto de casais se amassando. Vou me sentir pior.
— Eu amarro a Lauren. Eu sei que é difícil para ela manter as mãos dela longe do meu corpo... – Eu acertei o travesseiro no rosto dela e Ally gargalhou.
— Sério, Ally. Não vamos ficar de agarramento na sua frente e hoje é o melhor dia para você sair comigo, pois talvez a ideia de trocar a Camila pelo senhor Felds não seja tão absurda assim. – Camila devolveu a travesseirada e começamos a guerrear ali, com Ally gargalhando da situação.
— Ok crianças. Parem.
— Olha, Allycat. Vai tomar um banho que Camila e eu vamos organizar sua casa enquanto isso. Depois vamos ao restaurante do seu pai.
— Tudo bem.
Ela respondeu e escolheu uma roupa em meio a bagunça e depois foi para o banheiro.
Começamos a arrumar as coisas, depois de um tempo estava tudo organizado e Camila terminava de passar um pano no quarto de Ally, enquanto nós duas a assistíamos.
Camila seguiu passando pano pelo corredor e eu me sentei de frente para Ally.
— Está bem para sair?
— Sim. Você e Camila são engraçadas.
— Você é a palhaça da turma, Ally. Não no sentido ruim, claro, mas fazem falta seus comentários engraçados.
— Não sei se serei esse tipo de amiga hoje, mas vou tentar. – Assenti e segurei a mão dela. — Quando é a viagem de vocês?
— Assim que eu entrar de férias, mas estou pensando em levar você agora, pois a Camila está uma mala.
— Eu estou ouvindo! – Camila gritou e nós gargalhamos.
Camila limpou tudo mesmo, Ally ficou muito feliz com ela e a abraçou em agradecimento. Meu telefone tocou, era meu pai.
— Oi, papa.
— Lauren Jauregui! Você e a sua namoradinha estão intimadas a jantarem na minha casa hoje, faz duas semanas que
vocês passam direto aqui na frente para visitar os Cabello’s e você nem abanou para nós. Camila vem aqui sempre e você não. Fizemos algo de errado?— Não, Papa. Desculpe. Estamos indo para aí.
Conversei com elas e Ally acabou aceitando ir até o interior conosco.
×××
Na casa de meus pais, a mesa estava posta em um banquete, todos estavam reunidos ali.
Ally estava com Mani conversando sobre alguma coisa bem secreta, Dinah, minha sogra e minha mãe falavam sobre Paris.
Camila e eu estávamos sentadas no sofá, estava entre as pernas dela e sempre que a Ally saia do cômodo, nos beijávamos com fúria. No meio de um desses beijos, senti Camila ser afastada bruscamente e abri meus olhos, meu pai a levantou pelo colarinho e a colocou ao lado do pai dela e sentou ao meu lado. Foi a sala caída em gargalhadas e Camila toda sem graça, abraçou o pai de lado e falou algo no ouvido dele. Ele bateu de leve no joelho dela e engatamos um papo sobre pescaria. Eu nem sabia o que estava fazendo ali, mas ver o jeito que Camila sorria ao falar daquilo me deixava bem.
— Vamos jantar, pessoal. – Minha mãe disse e rapidamente todos migraram a cozinha, Camila puxou minha mão e ficamos para trás, sozinhas na sala.
— Amor... você vai me trocar pelo velho mesmo? – Ela perguntou manhosa, me abraçando e beijando meu pescoço.
— Lógico que não, amor. – Eu beijei o rosto dela. — Sabe que é a única pessoa que amo e quero ficar pra sempre com
você.— Sempre?
— Sempre! Sempre!
— Eu amo você, Lolouca. – Meu pai apareceu atrás de Camila e a pegou pelo colarinho novamente a arrastando para
cozinha.— Ela também ama você, mas larga o osso um pouco. – Meu pai disse e eu gargalhei.
Logo estávamos jantando, mas meu pai me deixou bem afastada de Camila e era uma graça a carranca que ela possuía por odiar ser contrariada.
NÃO ESQUEÇAM!
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...