Capítulo 77 - Mentiras

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Estou em frente ao espelho, minha barriga cresceu muito, e tenho uma esposa muito boba por conta disso... e um filho muito ligado à irmã, pois nunca vi alguém na idade dele tão preocupado. Isso mesmo, ela é uma garotinha e Camila está ainda mais fofa por conta disso.

Valerie, eu escolhi esse nome faz muito tempo. Assim que Camila falou que devíamos esperar Apolo entender melhor, já havia escolhido esse nome.

Ouvi batidas na porta, joguei um vestido sobre meu corpo e vesti uma calcinha.

— Entra, príncipe. – Apolo abriu a porta e com aquele sorrido lindo, idêntico ao de Camila, meio de lado e muito charmoso, sentou ao meu lado.

— Mama... a senhora está demorando. Mamãe está bagunçando a cozinha inteira.

— E quando ela não bagunça? Mas pelo menos a comida fica muito gostosa.

— Fica mesmo. – Ele disse e logo a mãozinha dele estava alisando minha barriga. — Viu, Val? A comida da mamãe é muito boa. Você tem que sair logo daí para experimentar... Uo! – Ele disse e eu parei de me movimentar. — O que foi isso? Oh! O que é mama?

— Ela está chutando!

— Oh! Ela sabe chutar? Ela já vai sair?

— Não. Isso significa que ela gosta de você.

— Serio? – Ele perguntou com aqueles olhos lindos arregalados. — Owwnt! Eu também gosto muito de você, Val. – Ela chutou e ele sorria abobado contra minha barriga. Ele pareceu lembrar-se de algo. — Vou contar para mamãe.

— Vai. – Ele correu para fora do quarto.

— MAMÃE! ELA CHUTOU! A VAL GOSTA DE MIM! ELA ME CHUTOU! – Ele saiu berrando pelo corredor, mas não demorou muito para Camila entrar no quarto com ele debaixo do braço e já chorando.

— Ela chutou? – Ela perguntou no fio de voz que restava pra ela.

— Chutou. – Ela colocou a mão sobre minha barriga.

— Hey princesinha! – Depois dela falar, o festival de chutes foi intensificado. — Oh meu Deus, amor. Ela é tão forte.

— Ela é muito fofa, né, mamãe? – Apolo disse encostando o rosto no outro lado de minha barriga.

— Ela é sim. Nossa princesinha. – Eles ficaram conversando com Val até ela se acalmar.

— Outh! A minha panela! – Camila disse e correu do quarto, acompanhada por Apolo.

— Só me restou rir, os dois são completamente atrapalhados com as tarefas domésticas e eu sempre acabo refazendo tudo quando eles decidem me “ajudar”.

Levantei e coloquei minhas pantufas, caminhei até a cozinha e fiquei observando de longe os dois se ajudando.

— A massa cresceu muito, mamãe.

— Recozinhou... acho que sua mãe não vai querer comer isso.

— Nem eu quero, mamãe.

— Bom... vamos fazer o seguinte. Eu vou no restaurante italiano e compro uma macarronada decente e você distrai sua
mãe.

— Ela vai ouvir você saindo.

— Diz que vou comprar refrigerante. – Eu neguei e subi as escadas devagar para que eles não me notassem.

Assim que liguei a TV, Apolo entrou no quarto e sentou na cama.

— Já está pronto?

— Quase. A mamãe foi comprar refri.

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora