Caindo na Real

Capítulo 16 - Romance

Camila Cabello  |  Point of View

Eu estava na minha sala... fazia algum tempo que não entrava ali, era bom e muito estranho ao mesmo tempo. Os Stromberg’s problemas realmente assumiram a firma e isso me deixava muito desmotivada de trabalhar. Mani entrou na minha sala e me abraçou.

— Ainda bem que voltou. – Me entregou um café. — Vamos visitar as fazendas, os produtores estão fazendo birra comigo, dizem que eu minto que você vai voltar para eles não saírem da firma. – Eu gargalhei.

— Vamos sim. Eu devo me apresentar para o novo presidente?

— Pensei que já havia feito isso.

— Não... pode me esperar na picape, vou fazer isso. – Ela assentiu.

Caminhei até a secretária da presidência e ela me pediu para aguardar. Após minutos ela autorizou minha entrada,.Keaton estava de terno, sentado a poltrona com os pés sobre a mesa e fumava um cigarro de cravo. O aroma fez com que todo meu corpo ficasse em alerta e minha garganta secasse de vontade, minhas mãos já ficaram mais trêmulas que o habitual.

— Cabello... resolveu aparecer?

— Fui liberada. – Eu disse com dificuldade. Ele deixou o cigarro sobre o cinzeiro.

— Você foi liberada ontem, devia ter voltado ontem mesmo, afinal, pagamos seu salário todos os meses que ficou lá, já que não se despede um viciado.

— Podia despedir sim, eu nunca faria nada contra vocês.

— Sei que não... você só está aqui por amor ao que faz e blá blá blá. Meu pai pode cair nesse seu joguinho, Cabello, mas agora as coisas vão mudar por aqui. Você vai trabalhar mais, fazer mais horas para compensar o que perdemos com seu surtinho. – Ele levou o cigarro à boca e tragou.

— Eu não me importo em trabalhar...

— Não estou pedindo, estou comunicando, agora pode ir logo, está perdendo tempo. E temos uma festa no sábado,.pode levar aquela sua amiga gata que me deu moral... – Eu estava tão desnorteada com a vontade de fumar que não respondi, apenas sai dali e corri para picape, tentando me manter serena quando avistei Mani.

— Como foi?

— Bem. Que festa tem sábado?

— Aquela de escolha do funcionário do mês... que você colecionada todos.

— Esse ano eu não ganharei.

— E isso importa?

— Não.

— Você está esquisita... está com febre? – Ela disse tocando minha testa. — Está suando...

— Estou bem... – Eu liguei a picape e fiquei olhando a direção. — Onde eu estou e o que vamos fazer?

— Está no estacionamento da firma e estamos indo até a propriedade do Edgar. – Assenti. — Esqueceu por quê? Está nervosa? Estressada? Melhor voltar amanhã, vai para casa descansar...

— Está tudo bem. Eu só fiquei nervosa com a festa... – Ela assentiu mesmo que não tivesse acreditado.

Conforme o dia passou, fui ficando melhor, trabalhar me distraia e quando nos demos conta, havíamos passado mesmo do horário, mas por estarmos muito envolvidas com o que fazíamos.

Lauren Jauregui  |  Point of View

Eu estava preparando o café de Camila, ela já devia ter chegado, mas como ela é tão devota do que faz, nem deve ter notado que já passou da hora e que a namorada dela deve estar morrendo de saudade e com uma carência quase palpável dela...