Capítulo 33 - Felicidade

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Lauren Jauregui  |  Point of View



Estávamos no avião, Camila me encarava e não tirava o sorriso do rosto, assim como eu. Foram as melhores semanas da minha vida, não queríamos que acabasse, mas como temos obrigações, aqui estamos nós voltando à vida real, ao trabalho e aos problemas.

— Me dá um beijo, amor. Você não me beija tem um tempão! – Ela disse manhosa.

— Nos beijamos quando entramos no avião.

— Faz um tempão.

— Dois minutos?

— Viu que tempão? Estou em abstinência. – Eu sorri e me vi mais boba por ela depois disso.

Selei nossos lábios e ela tratou logo de aprofundar o beijo, mas logo o anúncio para apertar os cintos ecoou e nos separamos. Ficamos com nossos dedos entrelaçados.

×××

Chegamos e tomamos um banho, nos separando e indo cada uma para a casa dos pais. Avisei minha mãe, pois estava com saudade da comida dela e com certeza, ela faria algo para me agradar.

Meu pai estava na sala e sorriu abertamente quando me viu e levantou, abrindo os braços para mim. Corri e pulei no colo dele.

— Minha boneca! Como você está?

— Muito bem, papa. E o Sr?

— Agora melhor! – Sai do colo dele e ele beijou minha testa. — Como foi a viagem?

— Foi incrível.

— Pelo seu sorriso creio que foi mesmo. E a pequena?

— Foi ver os pais, depois ela passa aqui para ver vocês. – Ele assentiu.

— Como está o noivado?

— Incrível. – Ele sorriu. — O que foi?

— Nada. Só estou encantado com sua felicidade. – Meu tronco foi apertado e logo o aroma floral habitual me fez sentir realmente em casa. O perfume de minha mãe!

— Eu também estou, minha filha. Nunca vi você tão feliz.

— Porque eu nunca estive tão feliz. Camila sempre esteve comigo e eu me privando da felicidade por ser burra.

— Não é burrice, filha. Era seu subconsciente te orientando para não perder sua amizade. Já imaginou se vocês não dessem certo, perderiam tudo e não teriam maturidade para manter uma amizade.

— Escute sua mãe, bonequinha. Tudo tem seu tempo certo.

— Falando em tempo certo... eu queria comunicar uma decisão minha. – Eles se entreolharam e minha mãe sentou ao
lado do meu pai.

— Fale.

— Eu quero engravidar. – Meu pai tirou o sorriso do rosto e minha mãe se manteve imóvel. — Eu parei de tomar anticoncepcional há um tempo, pois quero isso logo.

— Mas Lauren... é cedo ainda, vocês nem casaram.

— Eu preciso disso, papa. Eu não vejo momento melhor.

— Mas filha... a Camila era usuária, nem sabemos se ela pode ter filhos e se a criança nascer com algum problema... – Meu pai falou e minha mãe colocou a mão sobre a perna dela.

— Querido, acho que Lauren já sabe de todos os riscos e se o instinto materno dela está gritando, ela não pode ir contra. Você é homem, não entenderia.

— E são três meses até a pílula parar de agir no organismo, podemos nos casar antes se é tão importante para o senhor. – Minha mãe me encarou.

— Quem disse isso?

— Eu pesquisei na internet.

— Isso é relativo, minha filha. Eu parei uma semana e engravidei, a Sinu parou e depois de um mês engravidou, sua tia demorou mais de oito meses, mas como você toma a mesma pílula desde sempre, não creio que demore todo esse tempo. – Eu sorri.

— Melhor ainda. – Eu disse e ela sorriu para mim.

— E como Camila está com tudo isso?

— Eu não vou contar a ela. Ela é muito pessimista em relação a isso e caso não dê certo, eu não quero ela decepcionada.

— É uma decisão sabia. – Meu pai disse e eu assenti.

Após a conversa, nós jantamos e assistimos a um filme na sala.

Camila Cabello  |  Point of View

No retorno ao meu trabalho, Mani me atualizou de tudo e logo estávamos terminando nossos projetos.

— E como foi a viagem? – Ela perguntou e eu já abri um sorriso. — Nossa... disfarça a felicidade.

— Não tem como. Essas semanas foram mágicas, nos ligamos ainda mais.

— E isso é possível?

— Muito... ela me pediu em casamento, você tem noção disso?

— E a senhora não acredito em casamentos e em time que está ganhando não se mexe?

— Acho que era medo, mas depois que ela pediu... foi tão lindo o discurso, como ela está empenhada mesmo nisso que não tinha como negar.

— Fico feliz por você.

— Obrigada!

— E transaram muito? – Eu gargalhei.

— Muito... em todos os cantos e não tinha hora. Teve vezes que eu gozava e meu pau ficava durão, e conseguia gozar de novo.

— Não se gabe, Cabello.

— Qual é? Eu sou uma raridade, tenho que me gabar. – Ela me atirou o descansa copos dela.

— Você é muito escrota.

— Eu sou uma máquina de sexo, isso sim. – Ele revirou os olhos e eu gargalhei. — E você com a DJ? Como estão as coisas?

— Muito boas, vou aproveitar a viagem para pedir ela em namoro. Já comprei um anel caro pra caramba.

— Sua imitadora. Só porque eu noivei!

— Vai se ferrar, Cabello. Eu estou tentando isso faz tempo, mas alguma coisa sempre atrapalha.

— Estou te zoando. Deixa-me ver o anel. – Ela tirou a caixinha da mochila e eu abri. Ele era de ouro e cheio de diamantes por sua extensão. — Uau! Isso é... extravagante.

— É a Dinah. Se eu aparecer com algo menos que isso ela se ofende. – Eu gargalhei.

— Acho que você está levando muito em conta a antiga DJ. Essa que namora você é diferente e bem mais... emocional.

— Sei lá. Só não posso cometer gafes com ela.

— Eu acho que você deveria dar... – Fui até meu quarto e achei um anel de madeira, bem adolescente e voltei ao escritório. — Esse aqui.

— Você só pode estar de gozação.

— Vai por mim. Se ela aceitar, case-se com ela lá mesmo.

— Não sei...

— Depois você dá o outro. É só para você concretizar o óbvio. Ela ama você, Mani. Não o seu dinheiro, ela queria o dinheiro dos outros caras por eles não serem suficientes, mas você é.

— Você acha isso mesmo?

— Tenho certeza.

Ela me analisou por um tempo e colocou o anel de madeira dentro da caixinha. Depois o assunto voltou a ser negócios.

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