Capítulo 53 - Surpresa

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Estou pintando com Apolo, ele tomou gosto mesmo por desenhar e pintar, nem olha mais para os carrinhos e ursinhos.

— Óh mama... – Ele me mostrou o desenho e eu beijei a testa dele.

— Que lindo, príncipe.

— E a mamãe? – Ele disse e deixou o desenho em uma pilha.

— Ela está jogando... lembra. Hoje é o dia do vôlei.

— Bolei... dia bolei. – Ele repetiu e abriu um sorriso que me deixou mais encantada por esse lindo. Pulei nele o enchendo de beijos e ele gargalhou tentando retribuir meus beijos.

— Que cena gostosa... – Ouvimos e me levantei. Camila havia chegado, estava com um short curto e com sua regata molhada de suor, seu cabelo preso em um coque.

— Como foi, amor?

— Ruim. Perdemos de novo, estou mais que enferrujada.

— Logo você pega o ritmo. – Ela assentiu e veio selar nossos lábios.

— E aí, príncipe?

— Óh mamãe... – Ele mostrou o desenho.

— Que lindo, pequeno. – Ela sentou atrás de mim e me puxou para o meio de suas pernas, abraçando minha cintura.

— Exê pumbem. – Ele disse e ela pegou o desenho.

— Você é muito talentoso, príncipe. – Ela beijou minha nuca e nosso filho continuou pintando.

— Como foi, amor?

— Muito bom. Jantamos, comemos sorvete e começamos a pintar.

— Parece bom. Sobrou jantar? Ally nos levou no japonês perto da quadra e sabe que eu detesto só enganar a barriga.

— Sobrou sim, mas vai tomar seu banho que faço algo pra você.

— Não precisa, amor.

— Já estou fazendo. – Eu disse levantando e pegando Apolo no colo. Ela subiu as escadas e o deixei na cadeirinha, pegando os desenhos para ele terminar de pintar.



Camila Cabello  |  Point of View



Que seminário chato! Meu senhor! Eu estou com sono com esse excesso de termos exagerados e projetos futuristas... eu não sou contra modernização, mas algumas coisas são praticamente impossíveis.

— Melhor irmos tomar uns cafés. – Normani sussurrou e eu assenti freneticamente. O caminho até o salão com o café foi tomado por bocejos.

— Tudo certo para hoje? Vai ficar com meu príncipe?

— Claro. Dinah está empolgada, comprou doce e vamos estragar seu filho.

— Olha que ele e açúcar são explosivos. Ele vira três.

— Gostamos de desafios. É tão bom quando ele esta lá em casa, fica tudo mais leve e nos divertimos tanto.

— Isso é sinal que já deveriam ter o de vocês. – Ela sorriu.

— Estou pensando em falar com ela sobre isso. Ela praticamente mora no meu apartamento e estamos tão bem.

— Eu super apoio. Você prefere adotar ou fazer uma inseminação?

— Eu aprecio muito as duas ideias, mas tenho que conversar muito com ela para nos decidirmos. – Peguei o copo de café e entreguei a ela, enchi um para mim e ergui.

— Aos filhos!

— Aos filhos! – Ela sorriu e brindamos.

— Você e Ally estão prontas.

— Ally está bem mais a frente que eu, ela joga cada indireta pra coitada da Jô.

— Indireta? Isso é uma coisa que Ally não é. Até eu já engravidei com aquelas indiretas dela. – Ela gargalhou.

— Verdade. – Pegamos uns bolos e sentamos perto da mesa. — Mas como está para o show?

— Bem. A Lauren que gosta dela.

— Eu quero uma foto de você no meio de todos aqueles ciganos.

— Eu só quero agradar a Lauren e não vai ser tão ruim.

— Verdade. Eu curto o som, mas em shows você sabe o que rola...

— Tudo bem. Lauren vai estar comigo, só vamos curtir o som e consegui acesso ao camarim. Ela vai pirar.

— Ela não sabe?

— Só disse que sairíamos.

— Uma ótima surpresa.

Continuamos conversando, até nos obrigarmos a voltar à palestra chata.


×××


Após Mani pegar Apolo, que estava mais que empolgado e ir ficar com as madrinhas e eu muito enciumada, mas disfarcei, muito mal, mas disfarcei, fui me vestir. Nada muito exagerado, a final, não existe muito glamour nos públicos de shows.

— Amor? – Eu disse entrando no closet de Lauren e ela sorriu a me ver.

— Está pronta, amor?

— Sim.

— Falta só me maquiar.

— Não tenha pressa, por mais que eu seja contra você usar maquiagem, temos muito tempo ainda.

— Você é suspeita para falar.

— Sou realista e sincera, Lo. Sabe que é uma mulher linda... maquiagem para que?

— Amor... eu já abro mão da maquiagem por conta desse discurso todos os dias, mas hoje vamos sair.

— Tudo bem, amor. Eu só manifestei minha opinião, vou te esperar lá na sala, assistindo o final do jogo.

— Sim, amor. E a propósito... você está magnífica. E espero que eu esteja a altura do lugar, já que você não me conta aonde vamos. – Ela disse frustrada e eu ri.

— Está perfeita para o lugar... arrumada até demais. Eu não quero ter que socar ninguém por te olhar com luxúria, Lo. – Ela sorriu.

— Não faz diferença os olhares, eu só me importo com o jeito que você vai me olhar.

— Com devoção! – Ela parou o que estava fazendo para me encarar. – Sabe que sou completamente devota a você. Sempre vou ser. – Ela largou o lápis e me abraçou apertado, beijou meu pescoço.

— Você me diz cada frase linda e eu fico toda boba.

— Só falo verdades.

— Eu amo você, Camz.

— Eu te amo, Lauren. – Selei nossos lábios. — Termine sua maquiagem ou nos atrasaremos. – Ela me deu vários selinhos e eu sorri abobada.

— Que horas começa nosso teatro? – Ela disse caminhando até o espelho.

— Não é teatro é um... – Eu disse e levei a mão à boca. Ela gargalhou. — Que safadinha. Quase me pegou, melhor ir
ver meu jogo antes que eu fale.

Desci as escadas e liguei a TV na sala. Já estava com saudade do meu pequeno, ele não pode ver ninguém assistindo TV que consegue convencer que os padrinhos mágicos são a melhor opção de entretenimento.


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