Capítulo 59 - Fodona

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Camila Cabello  |  Point of View




Eu estava no parquinho com Apolo, deixamos Lauren no trabalho, mesmo sendo sábado, pois encontraram animais silvestres em cativeiro e o Laboratório dela foi escolhido para avaliar eles.

— Mamãe... me segula. – Ele disse no topo do escorredor e eu abri meus braços, mas ele quando chegou ao fim pulou em mim e nos derrubou na areia da praça.

— Mas e essa força, pequeno?

— Comi epinafle. – Eu fiz uma careta, mas Lauren o acostumou desde cedo com comidas saudáveis, falando que os heróis as comiam para ficarem fortes e ele ama.

— Meu super herói. – O ergui e ele estendeu as mãos como se estivesse voando. — Lindo! – O aproximei para beijar sua bochecha e ele retribuiu.

— O que acha de tomarmos um café na casa da vovó Clara?

— Eba! Pantecas!

— Então vamos antes que fique tarde. – Ele assentiu e levantei, limpando a areia dele e sacudindo a que estava em meu corpo.

Tomamos o café mais que farto na casa dos Jauregui, Apolo insistiu para ficar com os avós, depois daqueles olhinhos verdes pidões não pude dizer não.

Estava indo para a firma ver se alguém precisava de ajuda e depois iria a clínica, já que meus planos de curtir meu garotão foram destruídos, mas meu celular vibrou... era Jô.

— Hey...

— Oi Mila. Preciso de sua ajuda hoje. Tem como dar uma passadinha aqui, eu fico com Apolo caso não consiga ninguém para ficar com ele. Dav não quer ir às sessões.

— Estou indo, Jô. Chego em dez minutos.

— Obrigada!

Encerrei a ligação e fiz o retorno, rumando para o centro. Parei no posto e peguei uns salgadinhos e uns refrigerantes, coloquei na minha mochila.


×××


— Desculpe atrapalhar seu sábado. Lauren disse que você queria ficar com Apolo neste.

— Mas os avôs dele o raptaram. – Ela negou.

— Estou pra ver menino mais requisitado.

— Eu também.

— O que trouxe aí?

— Salgadinhos e meu laptop. Acho que se chegar como amiga ela me escuta melhor.

— Perfeito. – Ela me entregou a chave. – Ela só sai do quarto para ir ao dentista e ao médico. Não come e muito menos interage com os outros.

— Vou tentar convencer ela, mas não garanto nada.

— Eu sei, ela está nisso há tanto tempo que nem lembra como é ter uma vida sem drogas.

— Vamos tentar mais uma vez então. – Ela assentiu e eu caminhei até o quarto. Abri a porta e o quarto estava completamente escuro. Caminhei até a janela e abri-a.

— Bom dia! – Disse e ela cobriu o rosto com o travesseiro.

— Péssimo dia!

— Está com dor?

— Muita.

— Tomou o remédio?

— Joguei todos no vaso.

— Se você tomasse não estaria com dor. Vai tomar um banho que trouxe um filme para assistirmos.

— Você não tem uma família ou algo assim?

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora