Capítulo 66 - Seguindo a mamãe

1.7K 137 9
                                    

Camila Cabello  |  Point of View




Acordei e Apolo estava me encarando sentado ao meu lado na cama. Seus olhos verdes estavam em expectativa me
encarando.

— Bom dia, mamãe. A mama tá tomando capé. Capé ta plonto. Já vai levantá? – Eu sorri com a pressa que ele falou tudo.

— E essa roupinha rasgada?

— Mama escoleu. – Eu neguei.

— Vou tomar um banho. – Ele assentiu, o desci da cama e levantei indo ao banheiro e ele me seguiu.

Na verdade, ele não me largou um segundo, com medo que eu não o levasse comigo.

Tomamos um café reforçado e depois Lauren nos arrastou até nosso reservado para a piscina de casa. Ela colocou tanto protetor solar em nós que estava com medo de não me reconheceram quando chegasse nas propriedades.

— Camz, se cuida e cuida bem dele, ele é muito branquinho para ir ao sol.

— Tudo bem, amor. Vou sair só quando o sol estiver ameno. – Ele selou nossos lábios.

Ela me fez um milhão de recomendações e perdemos o Apolo. Fui achar ele esperando ao lado da porta da picape.

Lauren o agarrou e o encheu de beijos, depois me encheu de beijos e como o carro novo dela já estava emplacado, era iria para o trabalho nele.


×××


Eu estava ajudando Pedro a regular o Hércules para aplicar ureia e Apolo estava brincando na sombra da Picape. Ele estava conosco, mas como passou das onze o sol fica muito forte nesse período.

— Posso dar a primeira volta com ele?

— Eu ia te pedir isso, assim já ajeita o GPS pra mim.

— Claro. O moleque vai pirar.

— Como ele cresceu.

— Muito rápido.

— Você não viu nada, logo ele aparece com namoradinhas e você vai ver o quanto está envelhecendo rápido.

— Nem me fale, a mãe dele chora quando dizem que ela vai ser namorador. Chora de verdade.

— Ela tem muito que chorar, ainda mais com um rapaz de olho clarinho assim... vish. Vocês vão ficar doidas.

— Obrigado pela ajuda. – Eu disse batendo no ombro dele e ele gargalhou.

— Eu tenho três, a mais velha é menina, já está casada, eu sofro tanto, minha única alegria é debochar dos marinheiros de primeira viagem.

— Nossa... nem me fale, acho que vou enlouquecer se tiver uma garotinha.

— Você não escolhe isso. – Ele disse e eu ergui minhas mãos em rendição.

— Mas seria bom se eles não crescessem e dependessem da gente pra sempre.

— Isso seria mágico, mas sabe a minha mais velha tem um emprego muito bom, é formada e tem a família dela agora... no fundo dá um orgulho danado. Como se as vitórias dela fossem minhas.

— Mas são. Você que a fez chegar lá, sempre foi um pai preocupado, eu lembro o seu desespero aquele ano que eu fiz estágio e sua lavoura pegou ferrugem. Sua única frase era... como vou pagar a faculdade da minha bonequinha? – Ele colocou a mão no meu ombro.

— E você, aquela pirralha que eu só tratei mal por ser nova me ajudou. Por isso não troco de agrônomo por nada.

— Eu sabia que seria difícil. O campo é dominado por homens e é difícil conseguir espaço.

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora