Normani Kordei | Point of View
Ela apertou minha mão quando olhou o interior do quarto e largou o ursinho de pelúcia que trazia sob o seu braço no chão, largou minha mão também e colocou as mãos no rosto.
— Eu não acredito! Ela correu até a imagem em tamanho real de Bey ao lado do closet e a tocou. — Mano! – Ela levou as mãos aos olhos e começou a chorar. Dinah correu para ela se ajoelhando na frente dela.
— Oh pequena. Não gostou de alguma coisa? Podemos mudar. – Me agachei perto dela e acariciei os cabelos dela, o irmão se aproximou também.
— Sim, pequena. Foi só um chute no que talvez você gostaria, mas o quarto é seu, vai ficar do jeito que você decidir.
— Não é isso. – O menino falou. — Ela está emocionada...
— Era meu sonho! – Ela disse limpando as lágrimas. — Está perfeito. – Ela nos abraçou e eu não aguentei, comecei a chorar com ela. De alegria, minha família estava começando... Dinah a pegou no colo quando me afastei e ela era outra que estava chorando. Isso que ela era a mais durona do nosso grupo.
— Olha aqui. – Dinah disse a distraindo. — É um presente pra você. – Dinah a largou na cama e ela abriu a primeira caixa. — São livros... sobre personalidades negras.
— OLHA MANO! – Ele aproximou e sentou na cama.
— Muito legal, pequena.
— Como você aprendeu a ler tão cedo?
— O Mano me ensinou.
— Ela aprendeu a falar “mano” e eu já comecei a ensinar um monte de palavras... ela é muito inteligente, muito mesmo. Foi tudo rápido. – Ele contava enquanto ajudava ela abrir a outra caixa.
— AHHHH TODOS OS CD’s.
— Sim. A coleção completa, você vai enjoar de tanta Beyoncé.
— Impossível. – Ela disse e começou a olhar todos os cd’s.
— Amor, esse é seu quarto, mas como dissemos qualquer coisa podemos mudar ele. Ali é o banheiro e ali um closet. Compramos algumas roupas, mas deixamos pra comprar mais quando vocês chegassem para opinar. – Ela foi até o closet.
— Uau... é outro quarto. – Ela disse e nós sorrimos.
— Um quarto só para roupas, pequena. – Ele disse e nós assentimos.
— É incrível.... isso é melhor que nos sonhos. Muito obrigada! – Ela disse e me abraçou.
— Não agradeça, amor. Somos uma família agora. – Voltei atenção para o menino sentado na cama. — Pronto para o seu?
— Sim. – Ele queria trazer o colchão do orfanato para cá... eu não sei que tipo de tratamento ele acha que vai ter aqui, mas ele vai ter uma surpresa.
Dinah correu para abrir a porta, ela estava muito ansiosa, por ela, já tínhamos levado fotos dos quartos para eles no orfanato. Ela a abriu e o garoto se escorou na porta assim que teve a visão do quarto dele.
— Isso é... o quarto mais irado. – Ele correu e mexeu nos heróis que enfeitavam a mesa do computador. Ele tocou as paredes com os quadrinhos desenhados. — Mas porque? Eu só vim para ela vir, não? – Nos olhamos e Dinah tomou a frente.
— Não! Você é nosso filho agora, assim como ela. Vocês dois vão ter o mesmo tratamento e não veio como estepe. Queríamos uma filha e ganhamos dois! Estamos muito felizes e espero que nos aceite como mães. – Ele começou a chorar e abraçou a Dinah.
— Não chore. Olha o quarto incrível que fizemos para você. Queremos ver você feliz. – Toquei a cabeça dele. — Olha o seu presente agora.
— Presente? – Dinah assentiu e beijou a testa dele. A menina já estava sentada na cama dele ao lado do pacote. Ele abriu, e sorriu quando pegou os quadrinhos. — Eu não acredito.
— Gostou.
— Nossa... isso é tão... surreal. Nunca pensei que teria essas coisas e minha irmã comigo. Muito obrigado.
— Não agradeça... já falamos. Somos família. – Eu liguei a luz em uma mesa afastada. — E aqui. – Ele se aproximou. — Você pode desenhar, tem todo material, as folhas estão na gaveta e pode aproximar a luz para ver todos os detalhes. E essa parte da parede que faltam quadrinhos são para os seus. E seu quarto é com banheiro e closet também.
— Vamos deixar vocês conversando e conhecendo tudo, vamos na sala, quando quiserem podem se juntar a nós. A noite, nossas famílias e amigos vão vir nos visitar, para conhecer vocês... a família da Dinah é bem grande e a casa vai ficar cheia, mas não se assustem. É só para conhecer vocês. Tudo bem?
— Claro! – Ele disse e seguiu vendo as revistas.
— Ah... – Dinah exclamou. — Marcamos o cartório para amanhã a tarde e vocês nunca mencionaram seus nomes em nossas conversas, então, caso queiram escolher...
— Seria irado! – Ele disse e ela assentiu. — Vamos escolher, né, pequena?
— Sim. Eu estou com fome.
— Bom, se organizem e nós vamos preparar um lanche bem gostoso para nós. Ok?
— Sim.
Assim o fizemos, ajudei-os com as malas e Dinah preparava um mega café.
Allysson Broke | Point of View
Estamos nos arrumando para a festa na casa de Norminah, Camila e Lauren estão cuidando de nossa princesinha enquanto nos arrumamos.
Diane está com oito meses, Apolo está olhando para ela e ele sorri quando ela aperta o dedinho dele. Camila é a madrinha mais babona, Mani é também, mas Camila tem um jeito especial com crianças.
— Esse casaco está bom? – Eu perguntei e Lauren me encarou.
— Está ótimo.
— Então estou pronta. – Jô saiu do banheiro e terminava de colocar o brinco.
— Prontas então. Vou colocar a bolsa de Di no carro.
— Camila, pode me entregar ela agora e desculpa atrapalhar vocês.
— Que nada. Adoramos ficar com essa princesinha, não é, Camz?
— Sim. Podem chamar sempre.
— Obrigada mesmo.
Peguei ela e nos organizamos, Apolo pegou a mão de Lauren enquanto descíamos as escadas e depois esfregou os olhinhos.
— Está com soninho, príncipe?
— Sim. Eu cansei de trabalhar hoje. – Ele disse e Lauren sorriu, negando e bagunçou os cabelos dele.
— Ele foi pra lavoura de novo? – Lauren bufou com a pergunta de Jô.
— Ele vive na lavoura, Camz o leva quase todos os dias. Eu vou ficar de cabelos brancos tão cedo. Camila que inventa moda.
— Fazer o que se ele é melhor que eu? – Camila o pegou e ele a abraçou.
Ficamos rindo um pouco com ela babando no filho e toda boba com os talentos dele, depois de conversar muito, e Camila apavorar Jô falando que levaria Di para lavoura também, entramos nos carros e fomos para casa das meninas conhecer as crianças.
NÃO ESQUEÇAM!
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...