Capítulo 19 - Vontade

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Estava no meu apartamento, Camila estava fazendo massagem no meu pé, que estava sobre a barriga dela. Estávamos nuas no sofá da sala, tínhamos voltado das compras e após vários amassos em provadores, não aguentamos nem chegar ao quarto.

— Amor... já são seis horas. Vamos nos arrumar logo.

— Lo... eu não quero ir.

— É obrigatório, amor. Mani disse que não posso deixar você desistir. – Ela escorou a cabeça na guarda do sofá e levantei, me ajeitando para sentar sobre o quadril dela. Ela gemeu, levando as mãos até minha cintura e apertou ali. — Você está muito tensa, pequena. Está acontecendo algo que não me contou? – Ela me encarou... por longos minutos e depois começou a chorar.

Fiquei desesperada, demorei a puxar os braços dela e a fazer sentar, para abraçar ela forte e esfregar suas costas.

— O que houve, minha pequena?

— Nada...

— Você não chora por nada.

— Estou com vontade de fumar é muita vontade de fumar. Não tem noção, Lauren. – Ela afastou as mãos de minhas costas, senti o tremor intenso e limpei as lágrimas dela.

— Eu sei que é muito difícil, Camz. Parece impossível, mas não é. Você é forte e está indo tão bem, estou com você, amor. Não fique assim. Eu estou aqui. – Comecei a beijar o rosto dela, repetidas vezes e a abracei. Quando ela se acalmou um pouco, fui buscar um pouco de água e ela bebeu tudo.

— Desculpe. – Eu selei nossos lábios.

— Nem pense em se desculpar. Amigas antes de tudo? Lembra? – Ela assentiu. — Obrigada por confiar em mim, pequena. É que você tem trabalhado muito, precisamos sair um pouco mais, precisa se distrair.

— Talvez você tenha razão. Preciso de um novo hobby.

Ficamos conversando, depois achei melhor não irmos a tal festa, mas ela disse que ter conversado comigo já ajudou muito na angústia dela.


×××


Estávamos no carro e em frente ao salão de festas. Camz remexia as mãos nervosamente e eu as segurei.

— Podemos voltar para casa.

— Não posso afrontar o Keaton. – Não entendi porque seria afronta, mas não a questionei. Na verdade, ela ficava muito inquieta quando eu pronunciava o nome dele e evito a partir disso.

Sai do carro e fiz a volta, abrindo a porta para ela. Segurei a mão dela e ela se apoiou para descer da picape. Entramos no salão.

— Hey! Sorriam! – O fotógrafo da festa disse e nós nos posicionamos. Logo um flash. — Obrigado.

Assentimos e caminhamos pelas pessoas. Encontramos uma mesa perto da janela e sentamos ali. Aproximei minha cadeira ao máximo da dela e segurei sua mão por baixo da mesa. A moça que registrava presença entregou a máquina a Camila que pressionou o polegar ali.

— Obrigada, Srta Cabello. Aproveite a festa.

— Obrigada, Meg. – Ela assentiu e saiu dali.

— Não está nada mal. – Ela disse e me encarou.

— Está bem decorado. – Os garçons vieram com bebidas. — O que não tem álcool aqui?

— Nada, senhora.

— Pode nos trazer algo sem? – Perguntei e ele assentiu.

— Só vou distribuir esses.

Mani entrou com uma mulher linda ao lado, acenou para nós e depois da foto, se aproximou, sentando a nossa frente. A moça da presença repetiu o processo com as duas e agradeceu.

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora