Lauren Jauregui | Point of View
Olhei para o lado e estávamos parando em frente a minha antiga escola, a mesma em que conheci Camila, na pracinha estava um aglomerado de pessoas...
— O que é isso?
— Você vai casar hoje. – DJ disse e as outras saíram do carro. — Achou mesmo que as bobonas nos trairiam.
— Não... droga! Eu quase enfarto, DJ.
— Eu tinha que ser convincente... foi à única coisa que passou por minha cabeça.
— Acho que não sinto minhas mãos de nervoso.
— Acreditou mesmo que elas fariam isso?
— Não, mas você foi tão dramática que eu estava ficando com medo.
— Desculpe, Laur...
— Tudo bem... eu estou bem. Eu estou... eu vou casar com ela! – Ela sorriu.
— Vou chamar seu pai para vir te pegar. – Assenti e ela me abraçou forte antes de se retirar.
Fiquei lá, toda trêmula e emocionada. Logo meu pai apareceu, ele estava lindo e sorrindo.
— Olá minha filha! Como está se sentindo?
— Completamente surpresa.
— Então a pequena atingiu o objetivo. Pronta? – Ele me estendeu a mão e eu peguei.
— Claro. – Sai do carro e vi meus primos, fazia tempo que não via eles, seguraram a calda do meu vestido.
— Seus tios vieram... os da Camila também, ela está planejando isso desde o Canadá.
— Aquela cretina...
Ele riu e logo estávamos na pracinha. Os brinquedos estavam velhos, mas todos enfeitados e Camila me esperava no altar perto do banquinho onde nos conhecemos. Jô estava conversando com ela, mas quando fiquei em frente ao portão, todos param de falar e ficaram em pé. Camila sorria e eu acabei cedendo, sorri tão largo quanto ela, não estava tão irritada pela surpresa.
Meu pai me entregou a ela e eu belisquei o braço dela, e ela caiu na gargalhada.
— Sua cachorra! Como me apronta uma dessas?
— Juro que a parte da Dinah ela bolou sozinha, eu não te deixaria nervosa agora que está com nosso baby no ventre... a propósito, você está perfeita, Lo.
— Você está mais que isso, Camz. – Eu disse e analisei o vestido, que caia tão bem nela e me parabenizei por ter uma deusa dessas como futura esposa. — Mesmo que eu esteja com vontade de te matar.
— Eu não ia fazer assim, mas como você me surpreendeu, achei que seria mais que justo te surpreender, mas a escolha é sua, se quiser deixamos para outro dia... em um lugar de sua preferência.
— Está brincando? Aqui é perfeito, amor. Está tudo tão lindo... droga! Você é tão perfeita. – Ela fez um sinal para que caminhássemos até o juiz ali presente e ele começou a cerimônia.
Ele fez um discurso lindo, sobre a força do amor, o poder da amizade e sobre superações.
— Vocês têm os votos preparados? – Camila assentiu e se virou para mim, só então entendi o porquê das meninas me perguntarem sobre isso, me senti uma burra por não ligar os pontos.
— Oi... – Ela disse tímida e todos riram.
— Oi... – Eu já disse chorando, como a manteiga derretida que virei após começar o namoro com Camila.
— Uau... é bem louco pensar no que passamos para chegar aqui. Imagino o ataque de risos que teríamos se uma de
nós falasse lá nos nossos quinze anos... “vamos nos casar na mesma pracinha que nos conhecemos.” – Eu ri. — E ao mesmo tempo fico me questionando o porquê, pois estava tão na cara que isso iria acontecer. Você sabe da minha falta de crença quando o assunto era, relacionamentos duradouros e conto de fadas... mas olha só, fomos tão predestinadas a ficarmos juntas que nos encontramos aos sete anos e não me lembro de nada que não compartilhei com você e sou grata por cada ano... mês e dia ao seu lado. Se analisarmos por fatos isolados, não se percebia nada, mas se juntar os ataques de possessividade... – Eu ri. — As crises de ciúmes e o quanto desmerecemos os parceiros uma da outra... porque não nos casamos antes? – Todos riram. — Eu amo você, Lauren. Amei a garotinha corajosa que não teve vergonha de me defender... que lutou por mim com unhas e dentes. Eu amo a mulher que você se tornou, com as mesmas qualidades e amo a sua calma, amo como você sabe a hora certa de dizer ou fazer as coisas... eu precisava dessa calmaria... deixando bem claro que a calmaria é fora do quarto... – Ela disse olhando para todos e eu acertei um tapa no braço dela. — Eu precisava de você... sempre faltou algo e agora eu entendo que era você, sempre foi você e sempre será você. Eu te amo, Lauren Jauregui... e preciso muito que me dê a honra de compartilhar o resto da minha vida com você. – Ela disse e se inclinou, selando nossos lábios. — Agora vamos ter um bebê... céus! Eu não consigo falar isso sem esse sorriso enormemente idiota brotar no meu rosto. Espero te fazer tão feliz quanto você está me fazendo. – Ela limpou minhas lágrimas e beijou minha
testa.— Agora você, Lauren.
— Você não sabia, não precisa dizer nada.
— Mas eu quero... – Ela assentiu. — Na verdade, você foi bem lerdinha, amor, pois aos quinze, eu já dava sinais da minha atração por você. – Um coro de és se formou e ela ficou de boca aberta. — Depois dos quatorze, comecei a criar consciência de certas coisas e as vezes te provocava, mas você nunca levou para maldade, pois sempre foi muito doce e inocente. Eu sentia, Camz... quando começamos a namorar, você falou que estava apaixonada por outra garota, achei loucura da minha cabeça pensar em você como outra coisa, então aceitei a situação e com o tempo, me acostumei com esse sentimento... mas ele ficou aqui... até aquela bendita noite na boate, eu explodi, não podia imaginar você beijando uma daquelas moças que te olhavam com cobiça e me excedi... fiquei apavorada... senti-me culpada e queria te pedir desculpas por aquilo, minha intenção não era te magoar... eu não tinha noção que seus sentimentos estavam fortes e concretos. E como você é um ser humano iluminado, você me perdoou e agora tenho a honra de falar... eu estou me casando com minha
melhor amiga e sei que não tem coisa melhor do que isso. Nossa cumplicidade é mágica, eu sinto seu amor quando estamos longe e espero te fazer muito feliz.— Já faz! – Ela disse e me puxou para um beijão, que foi salgado por conta das nossas lágrimas, mas logo ela se afastou, era meu pai a puxando.
— Ele não disse que podia beijar. – Meu pai disse e todos gargalharam.
— Alianças? – Camila assentiu e pegou a caixinha com Mani e nós trocamos alianças.
— Com poder concedido a mim pelo estado, eu as declaro casadas. Podem beijar agora.
— Só um beijinho! – Meu pai disse e selamos nossos lábios, para o delírio das pessoas ali presentes.
Após isso, começamos a ser parabenizadas por todos.
NÃO ESQUEÇAM!
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...