Capítulo 60 - Primeira vez

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Camila Cabello  |  Point of View




Lauren me levaria para jantar, ela estava chateada por não poder fazer nada grandioso, pois havia trabalhado o dia todo e estava exausta, tentei convencer ela de não fazer nada e descansar, mas ela não aceitou, teimosa, disse que era nossa noite.

— Está pronta, Lo?

— Só um minuto.

Desci as escadas e coloquei a bolsa de Apolo sobre a mesa de centro, ele ficaria com meus pais esta noite. O peguei no colo.

— Está com soninho, príncipe?

— Xim. – Ele disse escondendo o rostinho na curva do meu pescoço.

Ele dormiu, Lauren me ajudou a colocar ele na cadeirinha e o ajeitou em um travesseiro. Ela entrou na picape e eu a puxei para um beijo, após a surpresa, ela retribuiu.

— Você é linda, Lauren, essa roupa realçou isso. Está magnífica.

— Você também, amor. Está uma perdição, mas vamos abaixar um pouco esse zíper da saia porque essa pintinha aqui só eu tenho o privilegio de conhecer.

— Ela sobe quando eu sento.

— Eu cuido dele para você. – Ela disse puxando para baixo e eu a puxei para um beijo no rosto.

— Ciumenta.

— Só cuido do que é meu. Só meu! ouviu? – Ela disse segurando a alça da minha blusa e eu assenti, a beijando novamente. — E... a próxima vez que eu te ligar e você estiver com sua ex... eu vou cortar seu pau fora.

— Mas amor...

— Shiu! – Ela disse e colocou a mão na minha boca. — Vou cortar, se quiser ir lá eu tenho que ser a primeira a saber. Fim de assunto.

— Tudo bem. Você fica tão sexy irritada.

— Eu não estou irritada, benzinho. Você nunca me viu irritada de verdade.

Arregalei meus olhos e liguei a picape, dirigindo até a casa de meus pais.

— Pode respirar, amor. – Lauren disse rindo e eu neguei.

Peguei Apolo e o levei para meu antigo quarto, logo Camila e meus pais entraram no mesmo. Deixamos a mochila dele e voltamos para picape, rumando para o restaurante.

— Mas para onde vamos mesmo? – Eu disse e ela digitou o endereço no GPS. Paramos em frente ao restaurante cubano. — Oh meu Deus! Eu não sabia que tinha restaurante assim aqui.

— É novo. Espero que você goste.

— Preciso comer picadinha. – Eu disse descendo rápido e abrindo a porta para ela, que desceu o zíper da minha saia e eu ri.

— O que tem nessa picadinha?

— Carne, cebola, pimentão, orégano... na verdade, tem de tudo.

— Muito forte.

— Todas são muito fortes, amor. Quer ir a outro lugar?

— Não. Essa é sua noite.

— Nossa noite, amor.

— Eu quero provar uma sopa que a Dinah disse ser divina. – Assenti e entramos no restaurante tomamos uma soda com limão até o maitre arrumar uma mesa para nós. Arrastei a cadeira para ela sentar e ela desceu mais o zíper da minha saia.

— Como foi a conversa com a Dav? Nem tivemos tempo de conversar sobre.

— Foi bem... não sei. Ela está na fase com raiva de tudo e de todos. Espero que ela se empenhe, os pais dela vivem lá para ajudar e ela está com vergonha deles.

— Ela está arrumando os dentes?

— Sim. Por algum milagre ela não contraiu nenhuma DST.

— Que sorte. Vamos torcer para ela ficar bem. – O garçom nos trouxe os cardápios e o assunto mudou para o trabalho dela.

~ Flashback On ~


Cheguei ao meu apartamento e Dav me esperava, estava sorridente e pulou no meu colo quando me viu.

— Meu Deus! Que fedor, gata. – Ela gargalhou.

— Dentre todos os pretendentes, escolhi a mais romântica.

— Nossa... meu apartamento está com uma inhaca. O que houve aqui? Alguém morreu? – Eu a encarei. — Meu Deus, você matou alguém!

— Eu fumei um beck. Condene-me a forca, poderosa Cabello. – Eu selei nossos lábios.

— Vou te condenar a chupar meu pau depois. – Ela bateu no meu rosto.

— Babaca. Você nunca fumou, né?

— Não.

— Vem que eu te ensino. Na primeira você não vai sentir nada, a noite você fuma outro e bem vinda a um mundo novo... mega lindo e florido. – Ela pensou. — Você não curte flores. Um mundo novo e cheio de boquetes.

— Me parece bom. – Me sentei no sofá e ela não parava de rir enquanto enrolava um cigarrinho para mim.

— Você vai tragar tudo... tipo joga pro pulmão e quando te der vontade de tossir, pode soltar. Agora vai ser só um cigarro normal, mas a noite fumamos outro e ficamos legais.

— Quem te ensinou isso?

— Uma amiga. – Ela disse e eu fiz o que ela mandou, mas não senti nada como ela falou. — Uma amiga! – Ela disse e soltou uma gargalhada. Se escorou no sofá e ria de tudo... e eu estava doida pra sentir aquilo.

— Faz outro pra mim.

— Não... não... você não pode fumar um atrás do outro. Não faz diferença, só toma seu banho e come a gororoba que eu fiz, depois fuma outro e você vai viajar comigo.

Eu fiz o que ela mandou, a comida estava uma gororoba mesmo, ela deve ter pegado tudo que viu na geladeira e juntou em um mexido, mas a fome de horas no sol medindo campos me fez comer duas vezes.

— Agora vou fumar? – Eu disse me atirando ao lado dela, a beijando e ela nem retribuiu, só riu. Enrolando outro cigarrinho e me entregando.

— Agora você vai ver o que é bom, careta Cabello. – Ela disse e ela estava certa, viajamos pra caralho aquela noite. Como se em cada tragada eu ganhasse um pouco de liberdade.

~ Flashback Off ~


— Vai querer picadinha mesmo?

— Sim, amor. – Ela entregou os cardápios ao garçom e eu nem tinha percebido a chegada dele.

— Eu pedi suco de goiaba para nós. Tudo bem? Você estava tão calada.

— Claro, amor. Eu acho que vou ao banheiro lavar o rosto está muito calor aqui.

— Claro. Você está suando. Está tudo bem?

— Sim.

Beijei a testa dela e caminhei até o banheiro, me escorei na pia e liguei a torneira, lavando minhas mãos e meu rosto. Só vi o reflexo de outra pessoa no espelho antes de apagar.

NÃO ESQUEÇAM!

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Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora