Camila Cabello | Point of View
Lauren me levaria para jantar, ela estava chateada por não poder fazer nada grandioso, pois havia trabalhado o dia todo e estava exausta, tentei convencer ela de não fazer nada e descansar, mas ela não aceitou, teimosa, disse que era nossa noite.
— Está pronta, Lo?
— Só um minuto.
Desci as escadas e coloquei a bolsa de Apolo sobre a mesa de centro, ele ficaria com meus pais esta noite. O peguei no colo.
— Está com soninho, príncipe?
— Xim. – Ele disse escondendo o rostinho na curva do meu pescoço.
Ele dormiu, Lauren me ajudou a colocar ele na cadeirinha e o ajeitou em um travesseiro. Ela entrou na picape e eu a puxei para um beijo, após a surpresa, ela retribuiu.
— Você é linda, Lauren, essa roupa realçou isso. Está magnífica.
— Você também, amor. Está uma perdição, mas vamos abaixar um pouco esse zíper da saia porque essa pintinha aqui só eu tenho o privilegio de conhecer.
— Ela sobe quando eu sento.
— Eu cuido dele para você. – Ela disse puxando para baixo e eu a puxei para um beijo no rosto.
— Ciumenta.
— Só cuido do que é meu. Só meu! ouviu? – Ela disse segurando a alça da minha blusa e eu assenti, a beijando novamente. — E... a próxima vez que eu te ligar e você estiver com sua ex... eu vou cortar seu pau fora.
— Mas amor...
— Shiu! – Ela disse e colocou a mão na minha boca. — Vou cortar, se quiser ir lá eu tenho que ser a primeira a saber. Fim de assunto.
— Tudo bem. Você fica tão sexy irritada.
— Eu não estou irritada, benzinho. Você nunca me viu irritada de verdade.
Arregalei meus olhos e liguei a picape, dirigindo até a casa de meus pais.
— Pode respirar, amor. – Lauren disse rindo e eu neguei.
Peguei Apolo e o levei para meu antigo quarto, logo Camila e meus pais entraram no mesmo. Deixamos a mochila dele e voltamos para picape, rumando para o restaurante.
— Mas para onde vamos mesmo? – Eu disse e ela digitou o endereço no GPS. Paramos em frente ao restaurante cubano. — Oh meu Deus! Eu não sabia que tinha restaurante assim aqui.
— É novo. Espero que você goste.
— Preciso comer picadinha. – Eu disse descendo rápido e abrindo a porta para ela, que desceu o zíper da minha saia e eu ri.
— O que tem nessa picadinha?
— Carne, cebola, pimentão, orégano... na verdade, tem de tudo.
— Muito forte.
— Todas são muito fortes, amor. Quer ir a outro lugar?
— Não. Essa é sua noite.
— Nossa noite, amor.
— Eu quero provar uma sopa que a Dinah disse ser divina. – Assenti e entramos no restaurante tomamos uma soda com limão até o maitre arrumar uma mesa para nós. Arrastei a cadeira para ela sentar e ela desceu mais o zíper da minha saia.
— Como foi a conversa com a Dav? Nem tivemos tempo de conversar sobre.
— Foi bem... não sei. Ela está na fase com raiva de tudo e de todos. Espero que ela se empenhe, os pais dela vivem lá para ajudar e ela está com vergonha deles.
— Ela está arrumando os dentes?
— Sim. Por algum milagre ela não contraiu nenhuma DST.
— Que sorte. Vamos torcer para ela ficar bem. – O garçom nos trouxe os cardápios e o assunto mudou para o trabalho dela.
~ Flashback On ~
Cheguei ao meu apartamento e Dav me esperava, estava sorridente e pulou no meu colo quando me viu.— Meu Deus! Que fedor, gata. – Ela gargalhou.
— Dentre todos os pretendentes, escolhi a mais romântica.
— Nossa... meu apartamento está com uma inhaca. O que houve aqui? Alguém morreu? – Eu a encarei. — Meu Deus, você matou alguém!
— Eu fumei um beck. Condene-me a forca, poderosa Cabello. – Eu selei nossos lábios.
— Vou te condenar a chupar meu pau depois. – Ela bateu no meu rosto.
— Babaca. Você nunca fumou, né?
— Não.
— Vem que eu te ensino. Na primeira você não vai sentir nada, a noite você fuma outro e bem vinda a um mundo novo... mega lindo e florido. – Ela pensou. — Você não curte flores. Um mundo novo e cheio de boquetes.
— Me parece bom. – Me sentei no sofá e ela não parava de rir enquanto enrolava um cigarrinho para mim.
— Você vai tragar tudo... tipo joga pro pulmão e quando te der vontade de tossir, pode soltar. Agora vai ser só um cigarro normal, mas a noite fumamos outro e ficamos legais.
— Quem te ensinou isso?
— Uma amiga. – Ela disse e eu fiz o que ela mandou, mas não senti nada como ela falou. — Uma amiga! – Ela disse e soltou uma gargalhada. Se escorou no sofá e ria de tudo... e eu estava doida pra sentir aquilo.
— Faz outro pra mim.
— Não... não... você não pode fumar um atrás do outro. Não faz diferença, só toma seu banho e come a gororoba que eu fiz, depois fuma outro e você vai viajar comigo.
Eu fiz o que ela mandou, a comida estava uma gororoba mesmo, ela deve ter pegado tudo que viu na geladeira e juntou em um mexido, mas a fome de horas no sol medindo campos me fez comer duas vezes.
— Agora vou fumar? – Eu disse me atirando ao lado dela, a beijando e ela nem retribuiu, só riu. Enrolando outro cigarrinho e me entregando.
— Agora você vai ver o que é bom, careta Cabello. – Ela disse e ela estava certa, viajamos pra caralho aquela noite. Como se em cada tragada eu ganhasse um pouco de liberdade.
~ Flashback Off ~
— Vai querer picadinha mesmo?— Sim, amor. – Ela entregou os cardápios ao garçom e eu nem tinha percebido a chegada dele.
— Eu pedi suco de goiaba para nós. Tudo bem? Você estava tão calada.
— Claro, amor. Eu acho que vou ao banheiro lavar o rosto está muito calor aqui.
— Claro. Você está suando. Está tudo bem?
— Sim.
Beijei a testa dela e caminhei até o banheiro, me escorei na pia e liguei a torneira, lavando minhas mãos e meu rosto. Só vi o reflexo de outra pessoa no espelho antes de apagar.
NÃO ESQUEÇAM!
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...