Capítulo 63 - Brincando

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Ela beijou meu rosto várias vezes.

— E Apolo?

— Está ali, amor. Na cadeirinha dele.

— Como está quietinho. – Disse me aproximando e sentando ao lado dele.

— Capé... vamô toma capé... – Ele disse sorrindo, estava com um macacão de pandinha.

— Vamos sim, amor. Hoje a mamãe vai fazer. – Eu disse e ele bateu palminhas.

— Que fruta vai querer essa manhã, príncipe?

— Huum... – Ele olhou para Camila e parecia pensar. — Pêla... uva!

— Que delícia, pequeno. – Eu o peguei no colo e o cheirei, arrancando uma gargalhada dele, depois ele abraçou meu pescoço.

— Vamos de ovos com bacon canadense, amor? – Ela disse enquanto descascava a pera.

— Por isso não deixo você fazer o café. – Ela gargalhou e levou a mão no rosto por causa da dor.

— Preciso me alimentar bem, estou em recuperação.

— Sim... antes era porque estava em fase de crescimento. – Peguei Apolo e o coloquei com os pés sobre minhas coxas. — Sendo que o único que está nesta fase é essa coisinha gostosa aqui. – Eu disse mordendo de leve a barriga dele e ela gargalhou.

— Ai mama... – Ele gargalhava e eu sorria junto com ele, depois ele me abraçou e beijou meu rosto. Apolo tem a personalidade de Camila, por tanto, é extremamente carinhoso.

Camila colocou a tigela na cadeirinha de Apolo e foi buscar o garfo dele. O sentei ali e ele ficou olhando a tigela.

— Quer aveia, príncipe? – Ele assentiu. — Pegue a aveia também, amor. – Ela procurou no armário e despejou um
pouco do conteúdo sobre as frutas, entregando a colher para ele.

Ele ficou entretido comendo e fui ajudar Camila a fazer o nosso café. Arrumei a mesa, deixei tudo organizado e ela terminou o preparo.

— Me lembrei de uma coisa, só coloca uns gelos nos copos que ganhei um presente. – Assenti e ela foi à garagem após pegar as chaves do carro. Fiz o que ela pediu e Apolo terminava o seu café.

— Quer mais, pequeno?

— Nanana... – Peguei a tigelinha dele e piquei uma banana, misturando ela com aveia. Camila voltou com uma garrafa
de vinho?

— Meu pai me deu esse suco. Disse que é maravilhoso.

— Achei que fosse vinho. – Ela negou, colocando a garrafa sobre a mesa e nos servindo o café.

— Quando terminamos, preparamos a mamadeira do Apolo e o colocamos no meio da nossa cama, o deixando assistir desenhos.

— Peguei o celular e disquei o número de Jô. No terceiro toque ela atendeu.

— Oi, Laur.

— Oi, Jô. Como está?

— Bem e você?

— Preciso de sua ajuda.

— Pode falar.

— Camila me confessou essa manhã que com a volta dessa mulher, lembrou de coisas e está com vontade de usar... vontade ela sempre tem, mas agora ela está com muita vontade.

— Deu o remédio a ela?

— Sim.

— Vou levar outro remédio e conversar com pouco com ela.

— Ótimo. Sei que é atarefada, mas pode vir meio dia, traga Ally e almoçamos juntos.

— Perfeito, nos vemos logo.

— Beijo, tchau.



Camila Cabello  |  Point of View



Apolo estava nos meus ombros com um carrinho na mão, estava correndo por toda a casa, perdi a conta de quantas vezes Lauren nos repreendeu.

— Magi rápido... – Ele exclamava pulando nos meus ombros.

— Nitro ativado!

— Nitlô! Nitlô! – Ele gritou e gargalhou quando corri.

Desci as escadas e fiz a volta no sofá da sala, fiz uma volta de ninja em Lauren que saiu da sala de cinema.

— Camila! Você vai derrubar ele desse jeito.

— Num vai, mama. – Apolo gritou e então sai com ele para o jardim. Eu vi um canteiro com terra revirada e tive uma idéia. Desci Apolo de minhas costas, ele ficou confuso e me ajoelhei perto dele.

— Eu tive uma ideia, pegue dois tratores e seu baldinho com as pás e vamos brincar de fazer uma lavoura.

— TÁ LEGAL! – Ele saiu correndo para dentro de casa e eu ri com a empolgação dele.

Eu fiquei ajeitando a terra e deixei-a bem plana para brincarmos. Ele chegou e começamos a construir, eu explicada
como teria que ficar e ele fazia, explicava a cultura que estávamos plantando e algumas características, ele me olhava enquanto eu explicava, mas não devia entender nada.

— Axim, mamãe?

— Isso, pequeno. Ficou ótimo, agora vamos colocar água aqui e ver como fica.

Ficamos ajeitando tudo e eu disse que traria umas sementes para plantar ela e ele ficou mais empolgado.

— Olhei para camiseta branca dele e imaginei as cinquenta técnicas que castração que Lauren pensaria em usar comigo quando nos encontrar nesse estado.

— MAS ERA ÓBVIO QUE A CASA ESTAVA MUITO SILENCIOSA!

— Vish! Mama nos achou. – Olhei para porta e Lauren estava acompanhada por Jô e Ally.

— É assim mesmo, se eles ficam muito quietos é porque estão aprontando alguma coisa. – Lauren disse indignada e eu peguei Apolo no colo.

— Estamos aprendendo, não é, príncipe?

— Xim, mama. Aplendendo. – Ele esticou os braços para ally.

— Vamos tomar um banho, pequeno. Depois você abraça as madrinhas!

— Subi com ele para o quarto.


×××


De banho tomado, descemos a escada e nos esperavam na sala. Ally se apressou para pegar ele no colo.

— Hey pequeno... que cheiroso! – Ela disse cheirando o pescoço dele que abraçou ela. Beijei a testa dela e fui abraçar Jô, depois fui beijar minha esposa, obviamente, teria que acalma-la após a bagunça no quintal.

— Te incomodando de novo, Jô.

— Não é incomodo e vamos salientar que em anos... essa é a primeira vez que bate fissura forte para preocupar.

— Claro. – Lauren me puxou para sentar no colo dela. – Camila é a pessoa mais forte que conheço... ela vai passar por essa também. Ela sabe que precisamos dela.

Fiquei encarando Lauren até encurtar a distancia entre nossas bocas e a beijar intensamente, esqueci do mundo naquele beijo... eramos nós... até a Jô pigarrear.

— Querem que eu volte depois?

— Não. – Lauren disse se recompondo. – Minha nossa... essa Latina vai me enlouquecer. – Ela disse me empurrando para o sofá. — Fique a vontade, Jô, pois Ally e eu vamos terminar de preparar o almoço.

Sorri para ela e acertei um tapa na bunda dela antes de se retirar. Ela revirou os olhos e eu gargalhei.

NÃO ESQUEÇAM!

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