Capítulo 81 - Ajuda mútua

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Lauren Jauregui  |  Point of View



Após pegar Val na escola e ir a sorveteria com ela, voltamos para casa que estava vazia.

— Onde a Papa e o mano estão?

— Ela dever ter levado ele para a lavoura.

— Neste sol? – Ela colocou as mãos na cintura.

— E adianta falar?

— Eles não aprendem.

— Depois ficam reclamando da queimação.

— Aham. – Ela disse bufando e eu estava muito puta com Camila. — Não podemos mais deixar esses dois sozinhos.

— Eu penso o mesmo, uma de nós deve sempre estar em casa.

— Isso é um novo trato, agora eles ficam até tarde, o Apolo tem aula amanhã cedo.

— Acha que eu não estou pensando nisso?

— Nem adianta ligar, a papa se faz de surda quando a gente cobra.

— Verdade.

— Mas você deveria tentar.

Não esperei mais nenhum segundo para ligar, eu amo ter Val ao meu lado nessa luta diária pela fixação dos nossos amores pela agricultura.

— Oi, amor.

— Camz! Você não está no sol com o Apolo, não é? O menino tem aula amanhã e você sabe que é difícil fazer esse menino levantar cedo.

— Mas é tão pertinho, amor. Falta bem pouquinho e já vamos para casa, não vamos ficar até tarde como da última vez.

— Não demore.

— Amo você. Entregue um beijo para minha princesa.

— Tudo bem. – Encerrei a chamada e Val estava sentado no sofá, com os bracinhos cruzados. Sete aninhos e muito articulada, com uma personalidade forte e muito protetora. Não tem como não apertar ela e encher de beijos, combinamos tanto, ela enxerga as coisas como eu. — Eles já estão voltando.

— Assim espero.

— Que tal um banho?

— Claro, Mama. – Ela beijou meu rosto e foi para o quarto dela, fui ao meu e logo estava tirando as tensões do dia dos meus ombros. Estava difícil, os chefes mudaram e isso está dificultando muito nosso ambiente. Tudo está muito burocrático e isso nem nos permite sair muito.

Peguei uma revista e fui até a sala, logo Val desceu as escadas e começou a fazer os deveres dela.

— O mano nem vai ter tempo de fazer os dele.

— Acha que já não cansei de falar com sua papa sobre isso?

— Ele só tem doze anos... quem dirige aqueles monstros com doze anos? – Ela disse se referindo ao trator e eu assenti freneticamente.

Logo os dois chegaram, nem nos cumprimentaram, pois estavam imundos. O primeiro a descer foi Apolo, com os cadernos e após me abraçar e a irmã, começou os deveres, sem que eu pedisse, logicamente muito bem instruído por Camila.

Ela chegou na sala e me beijou, com o mesmo fervor de sempre, me enchendo de selinhos quando terminou e foi abraçar Val.

— Já disse para não levar esse menino no sol, Papa.

— Nós estamos tratando semente, princesa. Ficamos no galpão.

— Sério?

— Sim.

Caindo na RealOnde histórias criam vida. Descubra agora