Lauren Jauregui | Point of View
Após pegar Val na escola e ir a sorveteria com ela, voltamos para casa que estava vazia.
— Onde a Papa e o mano estão?
— Ela dever ter levado ele para a lavoura.
— Neste sol? – Ela colocou as mãos na cintura.
— E adianta falar?
— Eles não aprendem.
— Depois ficam reclamando da queimação.
— Aham. – Ela disse bufando e eu estava muito puta com Camila. — Não podemos mais deixar esses dois sozinhos.
— Eu penso o mesmo, uma de nós deve sempre estar em casa.
— Isso é um novo trato, agora eles ficam até tarde, o Apolo tem aula amanhã cedo.
— Acha que eu não estou pensando nisso?
— Nem adianta ligar, a papa se faz de surda quando a gente cobra.
— Verdade.
— Mas você deveria tentar.
Não esperei mais nenhum segundo para ligar, eu amo ter Val ao meu lado nessa luta diária pela fixação dos nossos amores pela agricultura.
— Oi, amor.
— Camz! Você não está no sol com o Apolo, não é? O menino tem aula amanhã e você sabe que é difícil fazer esse menino levantar cedo.
— Mas é tão pertinho, amor. Falta bem pouquinho e já vamos para casa, não vamos ficar até tarde como da última vez.
— Não demore.
— Amo você. Entregue um beijo para minha princesa.
— Tudo bem. – Encerrei a chamada e Val estava sentado no sofá, com os bracinhos cruzados. Sete aninhos e muito articulada, com uma personalidade forte e muito protetora. Não tem como não apertar ela e encher de beijos, combinamos tanto, ela enxerga as coisas como eu. — Eles já estão voltando.
— Assim espero.
— Que tal um banho?
— Claro, Mama. – Ela beijou meu rosto e foi para o quarto dela, fui ao meu e logo estava tirando as tensões do dia dos meus ombros. Estava difícil, os chefes mudaram e isso está dificultando muito nosso ambiente. Tudo está muito burocrático e isso nem nos permite sair muito.
Peguei uma revista e fui até a sala, logo Val desceu as escadas e começou a fazer os deveres dela.
— O mano nem vai ter tempo de fazer os dele.
— Acha que já não cansei de falar com sua papa sobre isso?
— Ele só tem doze anos... quem dirige aqueles monstros com doze anos? – Ela disse se referindo ao trator e eu assenti freneticamente.
Logo os dois chegaram, nem nos cumprimentaram, pois estavam imundos. O primeiro a descer foi Apolo, com os cadernos e após me abraçar e a irmã, começou os deveres, sem que eu pedisse, logicamente muito bem instruído por Camila.
Ela chegou na sala e me beijou, com o mesmo fervor de sempre, me enchendo de selinhos quando terminou e foi abraçar Val.
— Já disse para não levar esse menino no sol, Papa.
— Nós estamos tratando semente, princesa. Ficamos no galpão.
— Sério?
— Sim.
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Caindo na Real
FanfictionElas se conheceram quando tinham sete anos e não se desgrudaram mais, a amizade é tão forte que todos afirmam que elas nasceram pra ficar juntas e já as julgam como casal perfeito... Será que não são? Afinal, a amizade é uma forma de amor. Camila G...