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𝐿𝑎𝑛𝑎 𝑃.𝑂.𝑉
Tudo feito, já estamos prontos; despedidas e logo deixamos a cidade. Não íamos de avião nem nada do tipo, fomos de carro, John apenas disse aquilo para Ane para que ela não pertubasse a gente. Para falar a verdade eu até gosto disso nele, querer um momento sozinhos sem ninguém em cima, posso compreender isso.
John está calmo, muito calmo ultimamente, depois do episódio do espelho ele se sentiu culpado por aquilo e não me ameaçou ou qualquer outra coisa, ele cuidou muito bem de mim, me trouxe presente e flores. De certa forma atencioso. Ele se desculpou por aquilo, disse que perdeu a cabeça e deixou os sentimentos o controlarem, por isso tudo aquilo aconteceu.
E não, não é uma distorção de nada, talvez esse seja o amor que eu mereço, um amor doloroso mas que no fundo é apenas amor. Acho que ser amada é desse jeito.
Depois de algumas horas escutando músicas no carro e conversando sobre algumas coisas, como aonde íamos e o que iríamos fazer, tudo planejado por John com minha ajuda, finalmente chegamos.
O lugar é muito lindo, uma casa longe da cidade, com uma visão maravilhosa da natureza, a casa é gigante e com uma piscina bem grande para aproveitar. Entramos na casa, logo olhei tudo em minha volta e aquilo parecia um sonho, uma casa dos sonhos.
— Gostou? — John pergunta.
— É maravilhoso!
— Isso é só um pouco do que é você ficar comigo.
John me abraça e me dá um beijo na ponta da minha cabeça. Acho que finalmente me encontrei de fato, cerca de dias eu mudei minha visão disso tudo. Era tudo perfeito com uma pitada de desastre, mas todo desastre é preciso para transformar uma relação.
𝑆𝑙𝑎𝑠ℎ 𝑃.𝑂.𝑉
Ane chegou mais edo na minha casa do que eu imaginava, pois ela estava con saudades da familia, mas ela já chegou estressada, totalmente indignada e eu pergunto o porquê.
— A Lana, ela mudou completamente! — Ela diz completamente estressada.
— Ela mudou. As pessoas mudam, Ane.
— Não, você não tá entendo, Slash. Ela mudou a força. Essa não é a Lana, não é a minha Lana! Tem alguma coisa de errado. — Ane se joga no meu sofá bebendo a vodka quente que estava na mesa da sala.
— Talvez seja apenas ela mostrando quem ela é de fato. — Começo a ficar estressado com a situação, sem querer conversar sobre aquilo.
— Ela falou algo que não deveria? — Ane me pergunta, finalmente prestando atenção no fato de eu não querer assunto com isso.
— Ela falou um monte de verdade, isso sim. — Pego a garrafa de Ane e bebo goles longos.
— Nem você acredita nisso. Anda bebendo e se drogando por conta do que aconteceu. — Ela diz com total certeza de que estava certa.
— Não tô não!
— Está sim! Olha a sua situação. Você não acredita nisso porque sabe que a Lana não é assim, e sabe que tem alguma coisa de errado com ela e provavelmente deve ser aquele tal de John. Você quer ir atrás dela mas seu ego e orgulho é grande demais, pois ela disse algo que já te deixava inseguro antes e você apenas aceitou como verdade, mesmo que ela estivesse pedindo socorro.
Aquilo tocou na minha ferida, me lembro novamente das palavras de Lana, não é ela ali, não nessa situação, Lana não é injusta, ela sente empatia por todo mundo até mesmo quem não merece. Ela está com problemas e eu fui tão idiota ao ponto de "acreditar" naquilo e ir embora.
— O problema é que ela tá começando a enxergar tudo aquilo romanticamente. Ela está ficando cega. — Ane sempre está certa.
𝐿𝑎𝑛𝑎 𝑃.𝑂.𝑉
A noite chega e John diz para eu me arrumar, ele me acompanha para o quarto, assim que chego no cômodo logo vejo em cima da cama um vestido vermelho e saltos pretos. Com um sorriso enorme no rosto eu olho para o vestido, em seguida para os sapatos.
— John... São lindos.
— Sim, achei que iria gostar. Eu acho que vai ficar perfeito em você. — Ele me abraça por trás, segurando minha cintura e apoiando o rosto em meu ombro.
— Agora tenho que me arrumar, meu amor. — Falo.
— Tudo bem, não vou te atrapalhar, amor. — Ele diz se "redendo" para mim.
Dou um selinho em John antes dele sair do quarto, assim que ele sai eu começo a me arrumar; uma maquiagem rápida e o vestido com o sapato, alguns acessório e estou maravilhosa. Tudo perfeito, perfeito até demais.
John tem os seus defeitos como qualquer outra pessoa tem os seus, mas ele sabe me agradar e demostra seu afeto por mim.
[...]
O jantar foi incrível, o restaurante era simplesmente era o melhor da cidade, a vista era maravilhosa, tudo incrível como ele sempre conseguia fazer. John até mesmo viu seus colegas por ali, ele morava naquela cidade antes de se mudar com seus pais para a minha cidade, então ele conhecia bastante gente.
As pessoas são muito receptivas e bem educadas, tudo parece um conto de fadas.
Novamente em casa, mas eu adorava aquele lugar, tanta coisa para explorar. John começa a me beijar, acho que depois de umas doses de vinho ele queira fazer algo, eu não estou afim mas quero fazer algo para agrada-lo, mesmo que isso não me agrade. Preciso devolver o que ele faz comigo.
Uma noite maravilhosa para John e ele dorme em sono profundo; eu ando pela casa e procuro descobrir mais sobre os cômodos antes de ir dormir.Mas não demoro, estou cansada e preciso do meu sono da beleza, nem só de maquiagem se vive uma mulher. Me deito ao lado de John, o abraçando e pego no sono.
[...]
Acordo sentindo falta de John na cama, vou até a sala passando direto e indo até a cozinha, vejo ele cozinhar algo, ele fazia o café da manhã e eu olhava aquilo encatada. Chego por trás dele e o abraço, John estava sem camisa mas o corpo dele estava quente.
— Vamos para um almoço mais tarde.
— Pensei que fossemos ficar sozinhos hoje... — Comento.
— Não, a gente vai para um almoço mais tarde.
Ele diz e eu saio da cozinha, indo para o quarto e me sentando na cama. O jeito que John falou parecia ter sido meio grosso, mas é só o jeito dele.
