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. . . ⇢ ˗ˏˋ Garoto do concerto. ࿐ྂ

𝐒𝐮𝐧 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞, 𝐝𝐨𝐧'𝐭 𝐜𝐚𝐫𝐞 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐚𝐝 𝐢𝐧 𝐦𝐲 𝐡𝐚𝐧𝐝𝐬 𝐭𝐡𝐢𝐧𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐨𝐟 𝐚 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐫 𝐭𝐢𝐦𝐞𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐒𝐮𝐧 𝐑𝐚, 𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐬𝐦𝐚𝐥𝐥, 𝐛𝐮𝐭 𝐈 𝐡𝐚𝐝 𝐢𝐭 𝐮𝐧𝐝𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥 𝐞𝐯𝐞𝐫𝐲 𝐭𝐢𝐦𝐞 

𝐒𝐮𝐧 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞, 𝐝𝐨𝐧'𝐭 𝐜𝐚𝐫𝐞 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐚𝐝 𝐢𝐧 𝐦𝐲 𝐡𝐚𝐧𝐝𝐬 𝐭𝐡𝐢𝐧𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐨𝐟 𝐚 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐫 𝐭𝐢𝐦𝐞𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐒𝐮𝐧 𝐑𝐚, 𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐬𝐦𝐚𝐥𝐥, 𝐛𝐮𝐭 𝐈 𝐡𝐚𝐝 𝐢𝐭 𝐮𝐧𝐝𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥 𝐞𝐯𝐞𝐫𝐲 𝐭𝐢𝐦𝐞 

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𝐿𝑎𝑛𝑎 𝑃.𝑂.𝑉

Depois de passar a madrugada lendo um livro de terror, obviamente eu ia estar extremamente cansada pela manhã, noites sem descanso fazem você se sentir um lixo no outro dia e também te deixa lerda. É exatamente assim que me sinto. Estou viajando em pensamentos bobos novamente, pensando como é feita uma simples caneta azul, quando minha mãe me chama pela quinta vez e por fim acordo de meus pensamentos bobos.

— Terra chamando Lana, terra chamando Lana, alô? — Minha mãe estrala os dedos na minha frente.

— O que foi?

— Pensando em alguém, hm? — Ela faz uma expressão estranha, de duplo sentido.

— Não...

— Quando me apaixonei pelo seu pai, eu também estava assim, boba, viajava no tempo imaginando algo com ele. — Ela diz me olhando, como se estivesse toda a certeza que estava certa.

— Me poupe dos detalhes, mãe. — Concentro meu olhar no meu café da manhã.

— Eu não disse nada, sua boba. — Ela diz se decepcionando com meu pensamento impuro. — Naquela época não era assim, não tínhamos a mente podre de vocês adolescentes atuais, tínhamos mais inocência.

— Tanto que você, mãe, só não teve 6 filhos como a tia Andrea porque depois de mim não tinha mais como ter filho. Não se tinha tanto acesso a televisão naquela época.— Refuto ela.

— Você entendeu menina! Enfim, eu me imaginava com o seu pai, juntos, com uma casa cheia de crianças; ele chegando do trabalho e eu perguntando como foi o dia dele, ele me contando enquanto me abraçava pelas minhas costas e me distribuía beijos doces; nos imaginávamos brincando com nosso filhos em um grande quintal... Como nos filmes. — Minha mãe diz com brilho nos olhos.

— Talvez em outra vida vocês consigam viver isso... — Disse tentando conforta-la.

— É...

Ela termina o assunto e sai da cozinha sem dar muita satisfação, não posso culpa-la por isso; perder alguém que você sempre imaginou tendo um futuro juntos; alguém que sempre te respeitou; sempre procurou te proteger com as próprias mãos mesmo sendo impossível proteger alguém a todo momento, com tanto amor assim envolvido, isso deve doer tanto. Sei que minha mãe daria anos da vida dela só para ter meu pai em seus braços novamente, nem que seja por um segundo, ela faria isso.

Me levanto e saio da cozinha, vou ao meu quarto e pego um casaco e logo desço as escadas, encontro com minha mãe e ela me olha de canto, estranhando.

— Pretende ir para onde? — Ela pergunta com uma expressão nada boa.

— Vou levar meus fones para arrumar, só isso. 

— Como quebrou eles? E por que não me pede para fazer isso?

— Mãe, calma, eu só vou deixar meus fones no concerto e já volto... Não vai demorar menos de 20 minutos.

Saio de casa com meu skate nas mãos, minha bicicleta havia quebrado naquela confusão, então peguei meu skate guardado e decidi voltar a andar nele. Sem muito esforço subo nele e ando até o centro da cidade. Com um outro fone reserva guardado eu escutava música no meu toca-fitas, descia uma rua do centro, meu vestido branco desliza pelo ar com o vento, meus cabelos também. Logo avisto o local ao qual queria chegar, desço do skate e entro no estabelecimento, vejo o atendente loiro bem gatinho e então coloco meu fones no balcão, ele me olha e sorri.

— No que posso ajudar? — Ele pergunta com a voz bem suave.

— Meus fones não estão muito bons, o lado direito parou de funcionar e o esquerdo está ficando baixo... Você pode me ajudar? — Digo também suavemente, a calmaria naquele lugar chegava a me assustar.

— Claro que posso, com certeza... Deixe os fones aqui comigo, assim eu os olho direitinho e já arrumo eles para você assim que puder. — Ele se encosta balcão sorrindo carismático.

—  Agradeço desde já. — Digo simpática.

— Antes de ir... Você tem algo para fazer essa noite? — Ele pergunta com um sorriso no rosto, e os cabelos voando por conta do ar do ventilador, realmente encantador.

— Estou de castigo... — Digo o olhando, ele com um sorrisinho bobo no rosto.

— Ah... — O sorriso do garoto se desmancha. — Tudo bem então...

— Te vejo daqui alguns dias, gatinho. 

Pisco para o garoto e saio do estabelecimento rindo, vejo de canto de olho o garoto voltar a sorrir como a minutos atrás. Coloco meus fones novamente e começo a escuta minhas músicas, subo no skate e desço um pouco a rua, até que mais para a frente vejo alguém conhecido, Axl Rose, amigo de Slash e de minha prima. Ele faz sinal com as mãos para que eu fosse até ele, com um sorriso no rosto. Desço do skate e vou caminhando até Axl.

— Oi gata. — Ele diz me abraçando.

— Oi ruivinho.— Retribuo o abraço na mesma intensidade.

— Pretende fazer algo na sexta a noite? — Ele me pergunta enquanto bebia uma garrafa d'agua.

— Não, por que?

— Eu e os garotos vamos tocar em uma baladinha, você aceitaria o convite donzela? — Ele faz uma reverencia como a filmes de época ou até mesmo como os príncipes chamam uma moça para dançar, se curvando na minha frente.

— Claro que marcarei presença, querido. — Seguro meu vestido e me curvo, também fazendo reverencia.

— Te vejo lá então. Vou falar com Slash, assim ele te busca em casa.

— Não precisa me buscar... Eu tenho alguém que pode me levar... — Penso em alguém, começando a pensar em um plano.

— Ah claro, melhor então. — Axl faz pouco caso. — Tenho que ir, te vejo por ai gatinha.

Axl se despede e logo sai, faço o mesmo e sigo para a minha casa. Assim que chego em casa me deparo com minha mãe batendo a perna na sala, fui até ela, a mesma escuta o radio em baixo som escutava a rádio. Eu me aproximei dela e disse.

— Mãe, posso ir a uma festa?

— Com quem? — Ela retribui uma pergunta.

— O garoto do concerto, aonde deixei os fones...

Já tinha planejado tudo, eu iria para essa festa do Axl com o garoto do concerto, além de poder conhecer ele melhor eu também iria ver o Slash novamente.

— Pode... Mas, quero ver ele antes de vocês irem... — Ela diz seria.

— Sim, capitão. — Digo colando as mãos retas em meu corpo.

— Sem gracinhas, se não eu mudo de opinião. — Podia ver a mão dela se levantando.

— Sim... Capitão.

𝐶𝑖𝑔𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑒𝑠 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑆𝑒𝑥 ◆ ˢˡᵃˢʰ ᶠᵃⁿᶠⁱᶜOnde histórias criam vida. Descubra agora