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O amor é a morte disfarçada.

O amor é a morte disfarçada

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Lana P.O.V

Adentrei o cemitério caminhando apenas com as poucas luzes do poste e ainda a luz do luar, algo bem calmo e reconfortante.

Meu pensamento sobre cemitérios é o mesmo a muitos anos, desde que perdi uma pessoa querida e comecei a frequenta-lo para ler ou pensar sobre a vida. Não importa o motivo, aonde vai acontecer ou como vai acontecer, o nosso fim vai ser sempre o mesmo, enterrados 7 palmos da terra. Mas a morte não me assusta, e sim me conforta.

A morte é a calmaria em meio a agitação de estar vivo, pois ali você tem um descanso mesmo não importando no que você acredita ou não, no fim você apenas descansa. Algumas pessoas acham que essa coisa de não ter medo da morte ou até "romantizar" ela é doentil, mas é algo simples de ver, tudo está entre uma linha imaginaria, um lado é vida e o outro a morte. Até mesmo o amor é a morte.

Amar é a pura concepção do que a morte também é, ambos os dois são essenciais para todos e ambos os dois podem te corroer de um jeito inacreditável. Alguns tem medo da morte e outros a ver de forma romântica, uns passam por cada experiência mortal que já nem se importam se vão realmente embora ou não, outros só passam por ela uma vez e ficam, uns a desejam e outros temem... Assim como o amor.

Mas eu acho que a morte seja menos complicada do que o tal sentimento.

Fui até o túmulo de minha mãe, não demorei para o achar. Me sentei de sente a lápide e observei o nome, as datas e a frase escrita ali, "Viva todas as experiências antes que seja tarde demais.".

— A cara dela colocar isso aqui.

Acendi um cigarro com um pouco de dificuldade já que venta bastante, peguei a cerveja e a abri, bebendo alguns goles. Segurei o cigarro com os dedos e cruzei a pernas, coloco meus cabelos por de trás da orelha e começo.

— Sabe... Eu não sei o que eu vou fazer agora. Eu sempre fiz tudo para te orgulhar, e as vezes eu falhava mas mesmo assim você se orgulhava de eu ter tentado. Eu e o Slash nos consertamos embora as vezes eu fico meio desconcertada para falar a verdade, ter feito a merda que eu fiz só me trouxe mais problema do que o que eu já tinha... Eu fui estúpida. Entendo tudo agora, estudo tudo o que disse no telefone antes de ir embora... Me odeio tanto por isso. Mas sabe mãe, talvez eu mereça sofrer as vezes, na verdade a dor que sinto as vezes foi apenas a consequência dos meus atos. E eu tenho que lidar com isso, e prefiro fazer isso sozinha, aprendi assim e vou continuar assim.

Volto o cigarro a boca e em seguida a cerveja. Bato os dedos no cigarro despejando as cinzas no chão.

— Não pude te ver antes de ir embora, e eu me odeio por isso. Não é como se você tivesse ido viajar a voltasse daqui um ou dois meses, você realmente não vai voltar e eu juro que não sei como lidar com isso. Primeiro eu entrei em negação, depois eu aceitei e agora eu não sei o que fazer. Sinceramente precisava de você aqui para me dar diversos caminhos, precisava de você para poder me ensinar a fazer coisas na vida que eu tenho vergonha, tipo pagar uma conta. — Dou uma leve risada. — Ou explicar para o médico o que eu estou sentindo, até mesmo levar remédio na cama quando eu estivesse com dor.

𝐶𝑖𝑔𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑒𝑠 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑆𝑒𝑥 ◆ ˢˡᵃˢʰ ᶠᵃⁿᶠⁱᶜOnde histórias criam vida. Descubra agora