Sinopse: Agatha resolveu o caso do desaparecimento de Hannah Donfort. Com o desfecho da história ela se vê abandonada por Jake Donfort, que desapareceu repentinamente após salvar Richy Roger da mina. Mas sua vida da um salto quando ela é contratada...
Phil voltou e se sentou do meu lado, me entregou um copo d'água e ficou me olhando enquanto eu bebia. Eu olhei pra ele e seu rosto estava um pouco preocupado:
- Me desculpa. - Eu disse enquanto tentava me acalmar.
- Está tudo bem, fofa. Relaxa.
- Você não vai me perguntar nada sobre tudo isso?
- Só se você quiser falar. - Ele olhou pra minha boca, como se quisesse ouvir o que eu tinha pra falar.
- É que... O Jake e eu... Bom... - Respirei fundo - Esquece, isso não é da sua conta.
Phil se levantou, pegou o seu violão e sentou do meu lado novamente. Olhou pra mim, sorriu e começou a cantar uma canção. " Never BeAlone - Shawn Mendes". Eu notei uma mania dele, pegar qualquer situação da vida e transformar em música. Acreditei na minha cabeça que esse era o jeito dele de superar as coisas. Meu coração se encheu com sentimentos bons, e apesar de estar triste com o Jake, me senti extremamente confortável com o Phil do meu lado. Talvez se eu estivesse passando por isso sozinha meu mundo tinha desabado, mas com ele eu não me sentia sozinha. Era exatamente como a letra da música dizia.
Quando a canção acabou ele deixou o violão de lado e sorriu pra mim. Sem dizer uma só palavra, sem questionar nada ele me fez ficar muito melhor. Notei que sua camisa estava um pouco desabotoada e que tinha um cordão com um pingente em seu pescoço que me chamou muito a atenção:
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Eu me aproximei dele, ficando bem de frente com o seu rosto. Fiquei olhando curiosamente para o pingente e por impulso, sem pedir licença, peguei e fiquei olhando bem de perto a jóia. Olhei para o Phil e perguntei:
- Uma cruz?
- O que foi? Está surpresa? - Ele me olhou nos olhos e sorriu de canto.
- Sim. Achei que você seria mais da vibe dos pentagramas. - Ri.
- Aonde você acha que eu aprendi a tocar violão, Agatha?
- Não me diga que foi na igreja? - Enquanto eu falava, meus dedos ficaram brincando com o cordão, mesmo sem eu perceber. Foi um movimento involuntário.
- Digo sim. - Ele sorriu de canto novamente e deu uma desviada no olhar bem rápido e depois voltou a me encarar.
- O que o seu pastor diria se visse você assim? Tipo, cheio de tatuagens, com o cabelo grande, ouvindo rock, bebendo e pegando mulher a rodo? - Brinquei.
