Grandes descobertas

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Fui eufórica pra fora de casa quando o suposto assassino de aluguel me enviou o número de uma conta bancária. Lógico que ele não seria idiota a ponto de dar a sua conta bancária, por isso, o dados que ele enviou eram de uma mulher. Provavelmente de um laranja, mas era o que precisávamos para juntas as peças desse terrível quebra cabeças.

Tudo aconteceu muito rápido, o José me deu uma carona até a delegacia de Duskwood e eu fiquei cerca de três horas conversando com o Alan. Criamos toda uma estratégia para descobrir quem era o indivíduo e demoraria algumas horas até eles conseguirem resolver isso. Fui até a máquina para pegar alguma comida e encontrei um homem ali, surrando a máquina e xingando ela. Me aproximei e disse:



- Algum problema, senhor?



- Tenho vários problemas, incluindo o fato de eu não conseguir pegar nada dessa porcaria! - O sotaque do homem parecia alemão e provavelmente ele não era daqui.





- Essa máquina não pega notas altas, senhor.




- Eu acabei de colocar uma nota de cinquenta pratas aqui! - Ele bateu mais uma vez na máquina e me encarou - Você é uma policial?



- Eu era, na verdade eu tive alguns problemas. - Mostrei o meu braço quebrado pra ele.



- Foi despedida por se machucar?



- Não necessariamente, é um pouco mais complicado. Enfim, você é policial? - Devolvi a pergunta pra ele.



- Não, eu sou advogado. Eu aparento ser um? - Ele sorriu.




- Não com esse blazer de segunda classe - Dei risada e coloquei algumas notas baixas na máquina. Escolhi um pacote de amendoim e um refrigerante - Se quer saber a verdade, você aparenta ter acabado de sair da faculdade e pelo seu sotaque, imagino que tenha feito intercâmbio.



- Nossa, eu estou impressionado. Não pelo fato de você ter insultado a minha maneira de se vestir, mas por você ter adivinhado isso. Você é investigadora, vidente ou algo assim?



- Trabalhei para o FBI por quase um ano. - Me virei para ir embora, mas ele me chamou a atenção.



- Espera, você não me disse seu nome.



- Agatha Becker.



- Você foi a responsável por prender o maníaco de Colville? - Os olhos dele brilharam - Eu estudei esse caso várias vezes. Aliás, eu sou o Heitor, eu vim até Duskwood para fazer a defesa do seu amigo.



- Amigo? - Fiquei confusa.



- Jake Donfort. Eu não podia deixar que esse homem pagasse tão caro por ajudar você e o FBI a prender um maníaco.



- Alguém te contatou?



- Não, eu vim por livre e espontânea vontade. O Jake é uma celebridade injustiçada nesse país e tudo por causa do governador desse estado.


- O que você sabe sobre isso? - Me sentei a mesa do refeitório e ouvi tudo o que o Heitor tinha pra dizer.



Ele me contou que o Jake estava com a corda no pescoço. O hacker roubou informações pessoas do gabinete do político mais importante desse país e por isso, o cara estava querendo mandar o Jake para uma prisão de segurança máxima. Lá ele ia ficar incomunicável, longe de todos e facilmente controlado pelo governador. Já que o diretor do presídio é amigo íntimo dele, ou seja, o Jake estava nas mãos do governo e o Heitor tinha certeza de que ele correria o risco de ser silenciado violentamente. Heitor disse também que não conseguiu entrar em contato com o Jake, pois a família não permitiu e o FBI estava mantendo ele escondido em algum lugar. Nenhum de nós sabíamos exatamente o que o Jake sabia sobre o governador, mas concordamos em algo, em não deixar o hacker ser morto na prisão. Peguei o meu celular e dei o contato da Lilly Donfort pra ele:




Duskwood - AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora