Cap 39- 𝐁𝐚𝐫𝐛𝐢𝐞𝐳𝐢𝐧𝐡𝐚

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— Revelações— escuto a voz de Jacob e me assusto, e lá estava ele, atrás de mim.

— Que merda você está fazendo aí?— pergunto envergonhada.

— Pensei que você fosse colocar pedras na sua roupa e entrar no lago.

— Não seria uma má ideia— digo e ele tira um cigarro do bolso e me oferece— Não, tô parando.

— Aquilo que você disse é verdade?

— Jacob, você viu que eu não ia me matar no lago, por que não foi embora? Porra!

— A conversa era sobre mim, acha mesmo que não iria escutar?

— Ah é verdade, esqueci que você é um sem educação!— me altero, ele franze as sobrancelhas e ri.

— Ei, ei. Calma aí que as coisas não são assim, barbiezinha.

— Barbiezinha?— pergunto ficando vermelha de raiva.

— Barbiezinha! Isso aqui é só uma diversão pra você, porque a partir do momento que perder a graça você vai embora pra sua vidinha perfeita e pro namorado que te bate!

— Você não sabe de nada— aponto o dedo na cara dele— Você só é mais um otario que se acha no direito de foder com os sentimentos dos outros!

— Desculpa se você vive em um conto de fadas, onde tudo é mil maravilhas e purpurina! Daqui a pouco você enxerga a realidade, volta pro cabelo loiro e passar laser nas tatuagens, esse mundo não é pra você, Elizabeth!

— Você quer falar em que mundo eu vivo? Ok, então vamos falar sobre o seu agora! Sabe, bonitão, você se acha o bandido foda, vamos ver se você vai continuar com essa marra assim que chegar um pior que você!

— Pelo menos eu faço meu trabalho direito!

— Some— digo fitando o chão.

— Eu? Sumir?— pergunta rindo— Você tá na porra da minha casa e tá mandando eu sumir?

— Como quiser, então eu saio— digo caminhando em direção a casa,

Jacob me impede segurando meu braço, o olho com sangue nos olhos e vejo que o mesmo não me olhava.

— Arruma suas coisas, estamos indo para Nova York— é a única coisa que diz e solta meu braço.

Sem prolongar o assunto ou olhá-lo, subo para o quarto que era provisório para mim.

Me deito na cama e me cubro com um edredom, lágrimas com mistos de sentimentos escorriam sob minhas bochechas quentes pelo ódio.

Meus pais tinha razão, eu tinha tudo mas entrei nessa, não pelo dinheiro mas por algo mais, talvez sair da bolha? Problemas de ricos, se sentirem infelizes a maior parte do tempo.

Agarro um travesseiro e ajeito meu corpo, fecho meus olhos e choro até dormir.

[...]

Acordo com Nessa me sacudindo, já era noite e eu estava meio aérea.

— O que foi?— pergunto.

— Vamos pra Nova York!

— Puta merda, eu não fiz minhas malas.

— Tudo bem, eu já arrumei pra você— diz sorrindo.

— Obrigada! Por que vamos pra lá?— pergunto intrigada e me levanto da cama.

— Planos, planos que tem tudo para dar certo— responde orgulhosa.

— Por que não posso ficar?— me jogo na cama novamente.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora