Cap 2- 𝐀𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐥𝐢𝐧𝐚

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O tiro por pouco não pega em Jacob, acabo deixando o capacete cair e não seria louca para voltar e pegar, terminamos de descer as escadas e eu fico sem saber o que faria.

Jacob pega em minha mão e me leva para um beco escuro que havia ali, tento fazer minha respiração se acalmar e o ar voltar para meus pulmões.

— Corre pra avenida, eu te pego lá!— Jacob diz.

— Jacob...— sou interrompida.

— Vá! Confie em mim e eu juro que vou estar lá no máximo daqui dez minutos, agora corre antes que leve uma bala na testa!— ele diz e corre sentido a casa novamente.

Passo a mão sob meus cabelos e saio correndo ao lado contrário de onde Jacob havia ido, sem olhar para trás, corro até uma avenida que não ficava longe.

Meu vestido me atrapalhava, toda aquela pedraria e cortes detalhados não deixavam eu correr com tanta rapidez e flexibilidade como queria, o salto fino não ajudava e nem um pouco, paro de correr e em movimentos rápidos tiro meu Loubantin.

Minha maquiagem com certeza estava borrada pelo suor, se soubesse que tudo iria acontecer pelo menos teria passado uma a prova d'água.

Fico descalça e volto a correr, sentia pequenas pedras machucando meus pés mas estava desesperada demais para se preocupar com isso, após alguns minutos correndo chego na tal avenida, respiro fundo e finalmente paro de correr.

Me faltava ar nos pulmões, respiro fundo tentando recuperá-los, ajeito meus cabelos que essa altura do campeonato não estavam mais arrumados, tiro os grampos que o prendiam e deixo meu cabelo totalmente solto.

Observo as diversas palmeiras que haviam ali, carros passavam sem parar e noto uns olhares estranhos para mim assim que passavam, estava sem celular ou qualquer coisa que me possibilitasse de ligar para alguém, me preocupo com o homem que havia me salvado.

Será que ele morreu? Está na cara que ele é um criminoso, mas me pergunto por que os caras maus tem que ter uma beleza estonteante? Me sento no meio fio e me lembro do que Henry havia feito, ele nunca tinha me tocado de tal forma, me batido para ser mais exata.

Sempre notei seu jeito explosivo, quando discutíamos ele me dava leves empurrões, explodia por causa de nada e dizia que eu só era uma mulher qualquer, mas mesmo assim ele dizia que eu devia obediência a ele, isso me revoltava, toda aquela situação me revoltava e muito.

Em uma discussão ele me disse coisas horríveis, aquele dia eu deixei uma parte de mim que evito ao máximo deixá-la escapar, me lembro que depois de palavras duras e insensíveis dele, caminhei até a cozinha, ele vinha atrás de mim e continuava a dizer aquelas coisas.

Sem pensar muito pego a maior faca no faqueiro que havia ali, a escondo e quando menos esperava já estava com a lâmina perto de seu corpo, ele nem ao menos percebeu que eu segurava algo.

Tomada pelos raiva, eu não conseguia enxergar a proporção que aquilo fosse tomar se eu enfiasse aquela faca em seu estômago, aquele dia eu vi que quando estou com raiva posso explodir e fazer coisas ruins, se eu fosse louca com certeza teria o furado, é um acontecimento que eu definitivamente odeio lembrar.

Sou surpreendida por um farol bem eu meus olhos, me fazendo tampar com as mãos, olho para onde vinha aquela claridade e me surpreendo quando vejo Jacob montado em sua moto.

— Vem, vamos!— ele diz e eu me levanto do meio fio.

— O capacete ficou lá!— digo e ele ri fraco.

— Sobe na moto, acho que você conseguiu notar que eu não sigo as regras!— caminho em passos rápidos até a moto e me sento na garupa, agarro em sua cintura e como eu esperava, ele sai em alta velocidade.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora