Cap 4- 𝐀𝐦𝐞𝐚𝐜̧𝐚?

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— Já ouviu falar em saltos mais baixos?— pergunto a minha mãe assim que a vejo arrumando seus brincos de pérolas em frente ao espelho.

Ela usava um vestido verde, que realçava seus cabelos louros e seu tom de pele, em seus pés haviam um salto bem alto e chique, como a maioria das coisas que ela costumava a usar, desde que me conheço por gente minha mãe sempre passou esse ar "mulher poderosa e confiante" e realmente ela é.

— Querida, você me conhece, sabe que não consigo viver sem meus saltos!— ela arruma seu colar e solta uma risada nasal.

— Realmente!

— Como você está?— pergunta preocupada— Em relação ao Henry.

— Me sinto mal, mal comigo mesma por ter deixado toda aquela situação chegar onde chegou.

— Querida...— ela caminha até mim— Você não tem culpa, não deixe um homem qualquer fazer você se sentir mal consigo mesma, você é uma mulher incrível e jamais se submeta a viver na sombra de um mísero homem!

— Sabe que eu sempre fui contra o namoro de vocês dois!— ela continua— Mas seu pai é cabeça dura! Desculpa por ter passado por isso, prometo que jamais irei deixar isso acontecer novamente!

— Está tudo bem, já passou e nunca mais vou me colocar em situações como essas, vamos?

Ela acena com sua cabeça, caminhamos até a entrada de nossa casa e entramos no carro que nos aguardava.

[...]

Festas chatas, são as que mais costumo ir, não por opção, claro! Mas sim por obrigação, tudo pelas aparências, não é mesmo? O salto já estava matando meu pé, suspiro e mexo meus pés para trás e para frente em uma tentativa de amenizar o desconforto.

Charli bebia champanhe em meu lado enquanto analisava o ambiente cheio de pessoas podres de ricas.

— Quer apostar quantos que aquele homem ali— D'Amelio aponta disfarçadamente para o homem que estava observando um grupo de mulheres que estava próximo— Trai a esposa com a desculpa que vai jogar golfe com os amigos na terça feita a tarde?

— Eu realmente não duvido!— a respondo e suspiro decepcionada assim que vejo Henry entrar todo sorridente do salão.

Seus machucados já haviam quase sumido, com certeza com a ajuda de uma maquiagem simples ajudariam a tampá-los mais ainda.

— Sei que essas festas são um porre, mas aconteceu algo?— sua face era preocupada.

— Só quero ir embora daqui, não consigo nem explicar o quanto me sinto desconfortável com certas pessoas no mesmo ambiente que eu!— ela olha para direção que eu estava olhando e vê Henry e logo volta a me olhar.

— Te entendo, eu ainda quero ver o homem que te ajudou aquele dia, preciso pedir para que ele termine a surra que começou!

Meus pensamentos se voltam a Jacob, me lembro da arma em sua casa e o quase tiro que ele levou, sinto um frio na barriga ao lembrar da adrenalina que senti no momento.

— Desencana, acho que nunca mais irei velo!

— Se fosse você não teria tanta certeza, o destino é imprevisível, Elizabeth McKenzie!— rio.

— O Vinnie ainda não apareceu?— pergunto olhando a minha volta, notando sua ausência.

— Você sabe que ele evita ao máximo vir a esses tipos de "festas"— ela faz aspas imaginárias no ar.

— Faz tempo que não o vejo, a família Hacker no geral.

— Eu vi o Nate, esses dias atrás ele estava em casa conversando com meu pai.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora