Cap 3- 𝐋𝐢𝐦𝐢𝐭𝐞𝐬

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Pedi a Jacob que me deixasse em uma rua atrás da minha, claro que ele não sabia que minha rua não era aquela, era melhor ele não saber onde eu morava, por motivos óbvios!

Caminhava pelas ruas lotadas de casas extremamente chiques, me lembro que assim que chegamos o agradeci por tudo que ele fez e vi novamente seu sorriso perfeitamente alinhado, sorrio ao lembrar, mas o sorriso desaparece quando percebo que não irei mais velo.

Chego em frente a minha casa e caminho pelo longo jardim que ali havia antes de chegar na casa, quando abro a imensa porta de entrada vejo meus pais sentados na cadeira em frente ao piano, assim que me veem soltam um suspiro de alivio e correm até mim.

— Onde você estava, Elizabeth McKenzie?— minha mãe me pergunta.

— E com quem?— meu pai completa.

— Pergunta pro Henry, o por que não estava no salão!— digo.

— Até perguntaríamos se ele não estivesse com a cara deformada de tanto apanhar! E outra, queremos ouvir de você!— meu pai diz em um tom de autoridade.

— Eu estava bem e continuo bem, amanhã conto tudo para vocês, eu juro! Só preciso de um bom banho e uma noite de sono!

Eles não insistem, me despeço com um boa noite e subo as grandes escadas até meu quarto.

Coloco meus sapato em um canto do meu quarto e me jogo em cima da minha gigante cama, sinto o quão confortável ela era e o quanto eu queria dormir e descansar meu corpo.

Crio coragem para me levantar e ir tomar banho, coloco uma roupa confortável e ajeito minha cama, me deito em uma posição confortável e sinto meus olhos lacrimejarem assim que me lembro do tapa que levei.

Jacob me fez esquecer dessa parte, a parte que fui agredida em frente a uma festa chique, por um homem, bom não sei se posso chamá-lo assim, minha cabeça dói só de lembrar que terei que esclarecer as coisas com meus pais amanhã, e terei que resolver sobre o Henry.

Tento não pensar muito, me mexo na cama procurando uma posição confortável e finalmente acho, sinto meus olhos pesados e pego no sono.

[...]

— Eu exijo uma explicação plausível sobre o que aconteceu na noite de ontem!— meu pai diz firme.

Para má sorte de Henry e minha sorte, ele apareceu aqui em casa, me procurando, acho que passou pela cabeça dele que não contaria o que aconteceu para meu pai.

Os olhos do rapaz estavam inchados e roxos, ele andava com dificuldade e com cara de coitado, como se não tivesse feito por merecer tudo isso.

— Senhor, eu posso explicar!— diz e arruma seus cabelos e gesticulando com as mãos, deixando óbvio que estava nervoso— Sabe como as mulheres são, né? As vezes precisamos impor limites, ontem sua filha fez e disse algo...

Meu pai o interrompe dando um soco em sua mesa, Henry arregala os olhos.

— Impor limites? Gostaria de saber que ano você está vivendo, na vida toda da minha filha eu não ousei encostar em um fio de cabelo dela! Não será um projeto de homem igual você que irá fazer isso!

— Elizabeth acha que pode fazer tudo que quiser! Você ainda acha que eu estou errado em repreendê-la?— Henry retruca.

Meu pai diz e se levanta, indo em direção do rapaz que recua, ele o pega pelo colarinho e o levanta.

— Se eu ver seu rosto mais uma vez, eu faço questão de terminar o serviço que o homem que te espancou começou!— ele diz morrendo de ódio e larga Henry— Suma antes que eu acabe com você!

Henry arruma sua camisa e olha raivoso para mim, arrumo minha postura e o encaro de volta, ele permanece me encarando até meu pai notar.

— Para de olhar para minha filha, e suma da minha frente!

O mesmo para de me encarar e vira seu corpo e sai mancado do escritório do meu pai.

— Filha...— o interrompo.

— Que isso sirva de exemplo pra você nunca mais dizer com quem eu devo me relacionar ou não, não sou seu fantoche!— digo e saio do escritório.

Caminho até a entrada da casa, vejo uma moça que trabalhava em nossa casa.

— Oi, Mary! Sabe se já chegou o jornal com notícia dos últimos dias?

— Olá, Senhorita! Já sim, irei pegar!— ela diz e caminha, após poucos minutos ela aparece com um jornal em suas mãos— Tem esses dois, Senhorita Elizabeth.

— Serve, obrigada!— digo e subo para meu quarto.

Em passos rápidos me aproximo da cama e me deito sob ela, pego um dos jornais e começo a folhear em busca do que procurava.

Corria rapidamente meu olhar para as fotos das folhas, não acho o que queria, deixo o jornal de canto e pego o outro que estava em meu lado.

Respiro fundo e volto minha atenção ao novo papel cheio de palavras e fotos, após foliar algumas páginas acho o que tanto procurava.

Um grupo de jovens adultos anda aterrorizando milionários de Los Angeles, nos últimos dias uma pequena gangue apareceu e se mostrou mais fortes e inteligentes do que pensamos, após diversos roubos e prejuízo de muitos dólares, para os bem sucedidos, podemos notar que seus principais alvos são pessoas com grande poder aquisitivo.

Conseguimos descobrir seus rostos e nome, caso vejam, Nessa Barrett, Bryce Hall, Jaden Hossler e Jacob Day, ligue para a polícia sem hesitar!

Em baixo desse pequeno aviso havia a foto de todos eles, não me surpreendo quando vejo que a mulher de ontem à noite era Nessa Barrett, não conhecia os demais, somente ele, Jacob Day! Até na foto de procurado estava lindo, seus olhos azuis claros não estavam tão visíveis pela má qualidade da foto.

A notícia também diziam que eram suspeitos de crimes de assassinato e outros diversos crimes pesados, respiro fundo e me lembro da noite anterior, como uma pessoa tão ruim consegue ser bom, pelo menos por um curto período de tempo? Gostaria de saber o por que ele me ajudou.

Devo achar isso pois foi a primeira vez que tive a verdadeira adrenalina correndo em meu corpo, estive em um realidade diferente da minha e corro perigo, coisa que nunca havia acontecido comigo, só queria saber por que ele decidiu me ajudar.

Mas acho que já sei o porque, pelo meu sobrenome, assim que eu disse seus olhos brilharam, com certeza havia pensado no dinheiro que minha família tem, que não é pouco. Mas não entendo o porque ele não tentou algo, bom, aparentemente nunca saberei.

— Você é louca?— escuto uma voz feminina entrar em meu quarto, a reconheço e sorrio.

— Oi pra você também, Charli!— digo e vejo ela adentrando o quarto.

— Sua mãe me falou o que aconteceu, onde você passou a madrugada? E quem bateu no Henry? Preciso parabeniza-ló por isso!

– Hm— pauso e coço a cabeça— Não sei se devo te contar!— digo para provocá-la e vejo a mesma ficar inquieta.

— Desembucha, Elizabeth!— ela diz e se joga na cama.

— Veja com seus próprios olhos!— entrego o jornal e ela olha confusa.

— Um jornal?

— Jacob Day!— ela volta a olhar para o jornal e corre seu olhar sob a folha.

Ela arregala e seus olhos e me olha surpresa.

— Não!— ela diz— Foi ele?— balanço a cabeça— Meu Deus! Um criminoso te defendeu!

— E isso nem é a cereja do bolo— rio e ela continua a observar o jornal.

— Eu não quero nem saber qual é...— ela faz uma pausa— Você sabe que eu quero, me conta tudo!

▙▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▜

desculpa a demora para postar, estou em semana de prova e está bem corrido, mas enfim, espero que estejam gostando!<33

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora