Cap 16- 𝐇𝐢𝐝𝐫𝐨𝐦𝐚𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐦

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Meus pais e eu comíamos tranquilamente o café da manhã, mais um dia calmo e sereno, na visão deles pois a minha não saia de Vinnie. Temo pelo pior, a todo tempo tenho medo de algo ter acontecido com meu melhor amigo, esse pensamento quase não me deixou dormir essa noite.

Mas a conversa que eu tive com Payton me ajudou, seu jeito simpático e sua alegria contagiante me ajudaram a esquecer dos problemas por algumas horas. Pensando nele me lembro do assunto que o mesmo havia falado, sobre seu pai, me doeu um pouco pois sempre meu pai esteve ao meu lado, me apoiando em tudo, não consigo imaginar minha vida sem ele.

Observo o mesmo enquanto fazia uma piada sem graça que riamos para velo feliz, desde que nasci meu pai sempre esteve ao meu lado, me apoiando em tudo, me ajudando e zelando por mim.

— Elizabeth!— minha mãe chama minha atenção e eu a olho— Nossos parentes viram passar uma semana conosco.

— Que legal, mãe!— digo animada, já que amava meus primos, tios e avós.

— O que acha?— minha mãe pergunta ao meu pai.

— Estou aliviado em saber que Elizabeth e seus primos não são mais crianças e não vão derrubar essa casa!— ele diz e rimos, o celular de minha mãe começa a tocar e ela sai para atender.

— Lembra quando vocês encheram a hidromassagem de espuma e aquilo triplicou de tamanho?— ele pergunta e eu rio.

— Como esqueceria? A espuma quase tomou conta do quintal— rimos enquanto lembrávamos.

Aquele verão foi maravilhoso, eu e meus primos nos divertimos todos os dias e aprontamos muito e eu até levei alguns pontos por uma diversão sem limites, nunca deixe garrafas de vidro perto de crianças arteiras e espertas.

Sinto falta de meus primos, acho que a última vez que eu os vi foi há dois ou três anos atrás, a vida de adulto chegou para todos, e com eles diversas responsabilidades.

Já na parte do meu pai não tenho contato com quase ninguém, são mesquinhos e metidos demais, jogam na cara do meu pai que se casou com uma pobretona, mas minha mãe com o passar dos anos acumulou milhões de dólares em sua conta, sendo uma das referências aqui em LA quando se trata de moda.

— Lembra dos pontos que eu levei?— pergunto e ele acena positivamente com a cabeça.

— Você quase me matou de susto, pensei que tinha virado o Frankenstein de tanto sangue que saia daquele pequeno corte.

— Sinto falta da infância, era tudo mais fácil.

— Eu disse que era pra você aproveitar— afirma ele— Mas sempre temos aquela ansiedade para crescer e nos tornarmos adultos, depois vimos que não é nada do que imaginamos.

— Ainda não acredito que você cresceu e já é uma adulta, minha primogênita!

— E a única, não é?— digo e rimos, ele concorda com a cabeça e da um gole no suco.

— Eu e sua mãe faremos uma viagem de negócios, acho que iremos ficar fora um mês.

— Tudo isso?

— Estamos trabalhando em expandir a empresa, você sabe como é trabalhoso.

— Sei, pai!— afirmo— Irei sentir falta de vocês!

— Também iremos sentir sua falta, loirinha!— ele diz se levantando da cadeira e vindo em minha direção, o mesmo me abraça apertado— Sabe que se precisar de algo é só ligar para nós!

— Eu sei! Quando iram viajar?

— Daqui três dias!

Antes que pudesse responder minha mãe aparece na sala de jantar, com uma face estressada e inquieta.

— Acredita que teremos que ir hoje? Parece que ninguém consegue fazer direito o que mandamos, sempre algo sai errado!

— O que aconteceu, mãe?— pergunto curiosa.

— Fizeram algumas coisas erradas e eu e seu pai teremos que ir assinar os papéis pessoalmente antes de seis da tarde de amanhã.

— Só voltam daqui um mês?— pergunto e ela diz que sim com a cabeça, fico meio pra baixo pois não gosto muito de ficar tanto tempo sozinha— Quer ajuda com as malas?

— Toda ajuda é bem vinda!— ela diz sorrindo.

— Traremos uma lembrança pra você!— meu pai diz acariciando meu ombro, sempre que eles viajam me trazem algo do lugar.

Subo com minha mãe para o quarto deles, ainda não sei desvendar o segredo que ela tem em relação a andar com sapatos de saltos todos os dias.

— Sabe filha, tive um sonho muito estranho a noite passada!— ela diz enquanto olhava o seu closet e tirava algumas peças.

— O que aconteceu no sonho?

— Você estava com um homem alto, cabelos pretos e lisos, ele era bem malhado e segurava sua mão, não consegui enxergar o rosto dele, mas vocês caminhavam em direção a uma ponte, olhava para trás e dava tchau para mim e caia vai saber Deus a onde, junto com aquele homem.

— Que estranho, mãe!— digo meio confusa.

Ela joga diversas roupas em cima da cama, pego uma das grandes malas e a abro, começo a dobrar e guardar as roupas lá dentro.

— Sabe filha, queria te dizer algo!— ela faz uma pausa— Se encontrar alguém que te ame, não negue esse sentimento!

— Por quê esse assunto tão de repente?

— Porque a vida é curta demais para negar o sentimento de euforia e o amor!— ela diz somente isso e em seu semblante parecia que ela não queria prolongar mais o assunto, só dizer aquilo e deixar isso maturando em minha cabeça.

— Mas e se a pessoa for errada?— insisto.

— Todos nós somos errados afinal!— ela ri fraco.

Após algumas horas já estava tudo arrumado, o carro já estava em frente de casa esperando meus pais que desciam as escadas lotados de malas, dois seguranças caminham até eles e pegam as malas e as dirigem para o carro, me levanto do sofá e me preparo para o adeus provisório.

— Sabe que se acontecer algo voltamos correndo!— minha mãe afirma.

— Caso precise ligar não hesite em fazer isso!— meu pai completa.

— Eu sei! Vai ficar tudo bem e fique tranquilos, sabe que eu não estarei sozinha!— os conforto e eles sorriem.

Após vários abraços apertados e beijos eles partem em direção ao carro, que ia direto para o aeroporto, encaro o carro sumir de minha vista e só sobrar eu e os funcionários naquela imensa casa.

De última hora devido que iria entrar na hidromassagem que ficava na área de lazer da casa, vou até meu quarto e visto um biquíni, vou até a adega onde havia diversos vinhos, champanhes e whiskys, pego qualquer um pois não tenho tanto conhecimento sobre o assunto.

Ligo a água que havia sido acabada de colocar, com uma taça bonita abro o vinho com o auxílio de um abridor e despejo na taça, entro na hidro e sinto a água morna em minha pele, me sento e meu corpo começa a relaxar com os movimentos relaxantes que a água fazia.

Bebo um gole de vinho e quando menos espero meus olhos estavam lagrimejando quando meus pensamentos se foram em Vinnie, eu estou preocupada demais. Viro a taça de uma vez em minha boca, a encho novamente e fito o céu repleto de estrelas, suspiro e sinto o vento do verão bater contra minha pele, mais um gole no vinho.

Me lembro dos grandes e musculosos braços de Jacob me segurando, seu perfume refrescante e ao mesmo tempo amadeirado, mesmo não sendo próxima dele me preocupo, me preocupo com todos ali.

— O que será que vocês estão fazendo agora?— pergunto para mim mesma dando mais um gole no vinho.

▙▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▚▜

obrigada pelos sete mil leitores!<33

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora