Cap 17- 𝐌𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐬

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Dançava ao som da uma música boa, estou tentando ao máximo não pensar muito, quero ficar o mais relaxada possível, há dois dias atrás sequei duas garrafas de vinho, devastado pela tristeza e preocupação.

Precisava não ficar naquele estado que estava, mesmo estando aterrorizada não posso ficar assim, muito menos naquele estado e sozinha, havia acabado de desligar uma chamada com Charli, conversamos por um bom tempo sobre as novidades mas não disse nada a respeito de Vinnie e nem o que fiz no dia da boate.

O som estava alto, eu estava animada e eufórica, dançando e ria em frente ao espelho após fazer alguns movimentos estranhos, sou tirada de meu transe com a porta sendo aberta, na hora paro de dançar e faço uma cara de quem não estava fazendo nada.

— Desculpe atrapalhar, senhorita Elizabeth! Mas tem uma senhora que não para de chamar pelo seu pai lá na porta do condomínio, tentaram tirá-la mas não adianta.

Ninguém nunca fez isso, quem será essa mulher e o que será que ela quer com meu pai? Acho que terei que ver com meus próprios olhos.

— Pode liberar, Mary!— afirmo.

— Certeza senhorita?— ela pergunta receosa e eu concordo com a cabeça e ela faz o mesmo e sai do quarto.

Coloco uma roupa mais apresentável e desço, Mary me informa que a mulher já estava lá, caminho até a porta e a abro, era uma mulher de cabelos castanhos escuros e olhos claros, ela aparentava ter seus mais de quarenta anos, sua face era de desespero e assim que me vê vejo ela ficar confusa.

— Boa tarde!— digo educada.

— Gostaria de falar com o senhor McKenzie!— ela diz firme.

— Desculpa, mas ele não se encontra presente!— digo.

— Eu não aceito mais desculpas, ele nunca esteve presente em vinte anos!— ela afirma aumentando seu tom de voz.

— Calma, não estou entendendo!— digo confusa.

— Eu quero falar com ele!— ela diz querendo entrar na casa mas eu a impeço, vejo que ela estava tomada pelo nervosismo e ansiedade.

— Você poderá entrar se me explicar isso melhor!— digo e ela me encara.

— Ele realmente não está?

— Não, mas creio que posso ajudá-la!— afirmo e vejo ela se acalmar.

Vejo o segurança nos fitar de longe, aceno a cabeça em sinal de que estava tudo bem, abro a porta e deixo a mulher entrar, caminhamos até a sala e cada um sentou em um dos sofás. Ela chorava e muito, mas tenta se recompor e secar suas lágrimas.

— Mary!— chamo a governanta que vem rapidamente— Trás um copo de água por favor?

A mulher vai até a cozinha e volta com uma bandeja, com uma jarra de água e copos, coloca em cima do móvel central e sai dali, deixando somente eu e a desconhecida. Coloco água em um copo e entrego para mesma.

— Obrigada— ela agradece com voz de choro e toma a água.

— Está melhor?

— Sim!— ela afirma e seca suas lágrimas.

Espero pacientemente alguns minutos para a mulher se acalmar.

— Pode me contar agora o que veio fazer aqui?— pergunto e a mulher me olha.

— Claro!— ele respira fundo e se ajeita no sofá— Primeiro gostaria de saber com quem estou falando.

— Elizabeth McKenzie!— afirmo e ela me olha com os olhos arregalados.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora