Cap 18- 𝐃𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬

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Dopada de remédios e encarando a mesa de café da manhã, com diversas comidas e bebidas, somente eu sentada na grande mesa. Meus olhos estavam inchados e eu até parecia estar drogada, de tão grogue que eu estava.

— Senhorita, Elizabeth!— Mary me chama— Não irá comer?

— Não, obrigada, Mary!— digo me levantando da mesa e indo até meu quarto.

Vejo meu celular jogado em cima da cama, tocando sem parar, era meu pai! Respiro fundo e atendo.

— Bom dia, filha!— ele diz alegre e a única coisa que consigo sentir é repulsa.

— Bom dia!— digo forçando uma voz feliz.

— Como estão as coisas por aí?

— Tudo bem, como está indo a viagem?

— Tudo certo por enquanto.

— Assim que vocês voltarem tenho uma surpresa!— digo e ele se alegra do outro lado da linha.

— Me deixará curioso durante um mês inteiro, Eliza?

— Vai valer a pena, juro!

Tento não prolongar a conversa e desligar o mais rápido possível, assim que faço isso me jogo na cama, a única coisa que gostaria no momento é sentir isso que estou sentindo, repulsa e nojo.

Payton é meu irmão, aquele menino doce e gentil que eu encontrei por um acaso em uma cafeteria tem o meu sangue. Estou mais confusa do que nunca, uma hora a única coisa que quero é morrer mas também quero viver e poder fazer meu pai pagar caro por ter brincado assim com a vida de um inocente.

Meu corpo está dolorido pela agitação de ontem, o quarto não está mais todos revirado é quebrado igual à noite passada pois já deram um jeito de arrumar, todos me olhavam preocupada mas eu não me importava, eu só esperava ansiosamente a chegada de Joanne.

Não sei por quanto tempo ainda conseguirei conversar com meu pai e fingir que absolutamente nada aconteceu, mas quero preparar uma surpresa para ele assim que o mesmo chegar.

Não dormi muito bem, acho que dormi apenas uma hora para ser sincera mas sonhei com Jacob, um sonho erótico, me lembro perfeitamente de suas mãos circulando meu pescoço e o apertando levemente, eu sentia sua língua em contato com a minha e seu corpo se movimentando em cima do meu... chega, a medicação está mexendo com minha cabeça.

— McKenzie!— Mary diz olhando com os olhos arregados em meu braço— Está tudo bem?

Olho para o mesmo e vejo que os estilhaços de vidro do acidente ainda estavam marcados e sendo cicatrizados pela minha pele, mas para piorar havia diversos arranhões e uma vermelhidão extrema.

— Tudo bem, Mary!— afirmo segura de si— Está tudo bem.

Ela afirma com a cabeça, mas sei que não havia ficado satisfeita com minha resposta, suspiro pesado enquanto vejo a mulher sair do meu quarto. Era muita coisa para assimilar, os remédios só faziam em ficar sonolenta e ficar com preguiça de pensar em meus problemas, mas mesmo assim eu ainda pensava, e muito.

Coloco uma blusa me manga, que tampavam as marcas do acidente e também do meu surto, saio do meu quarto e vou para a área de lazer da casa, me deito na espreguiçadeira.

— Senhorita McKenzie!— o segurança diz se aproximando— A mesma senhora de ontem está aí na porta do condomínio, posso liberar?

— Claro, leve ela até aqui!— digo, ele concorda e sai.

Após alguns minutos eu escuto passos por perto, olho em direção e dou de cara com Joanne e Payton, meu coração acelera e eu me levando rapidamente da espreguiçadeira.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝗝𝗮𝗰𝗼𝗯 𝗗𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora