5. Te(n)são

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A Maiara regressou a Portugal passado alguns dias, e voltou a casa com o coração tranquilo. Tinha conhecido alguns colegas, e tinham sido dias de trabalho intenso, mas também de lazer, com eles.

No aeroporto, estava o irmão, que a esperava com um ramo de flores, e um enorme sorriso. A ruiva, quando o vou, correu para ele.

César: Que saudades da minha irmãzinha - falou com um sorriso

Maiara: Ei, eu sou a mais velha, já te esqueceste? - deu uma risada

César: De tamanho, não parece - brincou e ela deu-lhe um tapa leve

Eles entraram no carro, que o homem conduziu até casa da irmã. Entraram no apartamento dela, com uma vista incrível sobre a cidade. Era meio da tarde, mas a ruiva ainda estava com o fuso horário dos Estados Unidos.

César: E como correu o trabalho?

Maiara: Muito bem, felizmente. Conheci pessoas incríveis estes dias - sorriu - não vais acreditar quem estava foi no mesmo avião que eu, e estava também no mesmo hotel que eu

César: Para esse suspense - coçou o queixo - Brad Pitt? George Clooney? - deu uma risada

Maiara: Que tolo - brincou - o Fernando

César: Que bom - sorriu irónico e revirou os olhos

Maiara: Não sejas assim, ele no fundo é boa pessoa - sorriu de canto

César: Lá bem, bem, no fundo - deu uma risada - Além de ser obcecado por ti, não é, Maiara? - respirou fundo - já acabaste com ele há 2 anos, o homem já devia ter ultrapassado isso - revirou os olhos

Maiara: Vai passar, ele vai acabar por se esquecer de mim - sorriu - ele tentou beijar-me

César: Que tipo sem noção - suspirou

Maiara: Para variar, afastei-o. Acho que ele achava que, o facto de estarmos sozinhos lá, me ia fazer ceder

César: Se ele não desistir, Mai, eu vou falar com ele. Uma conversa séria

Maiara: Deixa-te disso, ele vai acabar por me esquecer - sorriu - eu acredito que sim

César: Espero que sim - sorriu de canto

Os dois, ficaram por casa, e nessa noite jantaram os dois, com o Murilo, e a Paulinha. Estavam todos cheios de saudades da Maiara, apesar de ela não ter estado longe durante muito tempo.

Já na sede da empresa, no Brasil, era o dia da reunião entre a Maraisa e a Marília. Na hora combinada com a diretora, a morena subiu no elevador até à sala de reuniões, onde se ia encontrar com a loira. Quando saiu do elevador, viu-a sentada na cabeceira da mesa, como hábito, concentrada em alguma coisa que estava no computador. Antes de bater na porta, a morena respirou fundo. Aquela mulher conseguia mexer com ela.

A morena, bateu na porta da sala de reuniões e viu a loira levantar os olhos na sua direção. A mulher, usava os seus óculos de grau, como sempre, e o cabelo preso em um coque elegante. Tinha uma camisa social branca, com os primeiros botões abertos, e uma saia social em azul escuro. Estava, sem dúvida, muito sensual. Quando olhou nos olhos da loira, a Maraisa sentiu um arrepio.

Maraisa: Posso, doutora?

Marília: Entre, estava à sua espera - falou no seu tom sério

A loira, mudou para uma das cadeiras laterais, e deixou a Maraisa preparar a apresentação.

Maraisa: Vamos esperar, pelo Gustavo, e...

Marília: A reunião é só entre nós - falou séria, interrompendo-a, e viu a morena arregalar os olhos, não deixou de sorrir por dentro com isso - algum problema?

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora