132. Molhar os pés

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Olá, meus lindos! Como estão?

Boa semana, e boa leitura! 😘
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Com o avançar lento das semanas, a data do casamento estava a chegar, e os gémeos estavam cada dia mais crescido, espertos e ativos. Eram uma versão da Maraisa em ponto pequeno, e era inevitável que não pensassem o quanto ela, e a Maiara, seriam assim como eles, iguais e inseparáveis, se os pais biológicos não as tivessem obrigado a crescer longe, e sem saberem da existência uma da outra.

A Marília mantinha-se em casa e totalmente afastada da empresa, tomava conta dos gémeos. E a Maraisa estava ao trabalho, tinha voltado algumas semanas depois do nascimento dos filhos.

A morena, dividia-se entre a empresa e o trabalho a partir de casa, onde, além de não deixar para trás as suas tarefas, também cuidava dos filhos.

Num dos dias em que a Maraisa estava a trabalha és escada, obrigou a Marília a ir dormir, e descansar um pouco. Então, enquanto tinha sempre o computador por perto, estava com os filhos, de forma a dar atenção aos dois, e não descurar o trabalho.

Os últimos meses tinham sido muito desafiantes para ela, e para a Marília. Tinham uma boa rede de apoio, com avós, tios, primos e amigos que ajudavam a cuidar das crianças. A divisão de trabalho entre elas, além da morena já estar a trabalhar, fazia com que o cansaço se apoderasse delas em certas horas. De qualquer forma, elas estavam felizes e não se queixavam. Aquela era a família que sempre tinham desejado.

A Marília aproveitou para descansar. Quando acordou, algumas horas depois, sentia-se revigorada. Tomou um duche rápido, e colocou uma roupa confortável. Quando saiu do quarto e desceu as escadas, estranhou a casa estar tão silenciosa.

Procurou a Maraisa e os filhos pela casa, no jardim, no escritório, e não os encontrou em lado nenhum, mas também não acreditava que a mulher tivesse saído sem a avisar.

Voltou a subir as escadas, e ia na direção do quarto dos filhos quando, ao passar a curva do corredor, a Maraisa lhe saltou na frente, com um dos filhos em cada braço.

Marília: Meu Deus - falou assustada e abriu um sorriso - querem matar-me do coração?

Maraisa: Estão a ver? Eu disse que ela se ia assustar - falou para os filhos que lhe sorriram

Marília: Que três - abraçou a cintura da mulher e deu-lhe um beijo

Maraisa: Íamos acordar-te da sesta, quando estavas no banho, então, resolvemos assustar-te - riu - a ideia foi deles, não foi minha

Marília: Nem eu punha a hipótese de ter sido tua - riu - conseguiste trabalhar?

Maraisa: Sim, chefe. Projeto entregue, bebés limpinhos e de barriga cheia - sorriu animada - tudo como planeado

Marília: Uma máquina eficiente - deu uma risada

No resto do dia elas aproveitaram o tempo juntas. Saíram com os bebés até à praia, para descontraírem. Cada uma levava um deles no colo, é uma mochila com algumas coisas essenciais, que podiam fazer falta. Não estavam longe de casa, mas com crianças era sempre imprevisível.

Na praia, elas caminharam por algum tempo, sentaram-se na areia, e descalçaram os bebés, deixando-os tocar a areia morna, do fim de tarde. Além disso, deixaram também que os bebés colocassem os pés dentro da água, numa zona onde as ondas chegavam já sem força e voltavam a recuar.

Marília: Sou muito feliz, sabias? - olhou para a mulher, sentada na areia ao seu lado com a filha no colo, enquanto a própria segurava o pequeno Léo

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora