100. Visita Inesperada

366 36 72
                                    


Boa noite
Como prometido, estou de volta! Sentiram saudades minhas? 😄

Como estão? ☺️

Espero que gostem! 😘
________________________________

Na manhã do dia seguinte, quando a Maraisa acordou, estava sozinha no quarto. Ficou encostada na cama, em silêncio.

Ela sentia-se muito cansada, tinha algumas dores no corpo, respirar era doloroso e desconfortável. Uma das enfermeiras que tinha estado com ela, explicou-lhe que era normal, por ter tido uma das balas em cheio no pulmão.

Acima de tudo, também se sentia aliviada por ter conseguido sobreviver, e estar de volta para os braços da Marília, e da Maiara.

Na sua cabeça, ela revia vezes, e vezes sem conta, aqueles momentos, e aquela noite. A sensação de desespero ao ver a vida da mãe ameaçada, e o reflexo de a defender, sem pensar nas consequências para si própria.

Não se arrependia do que tinha feito. Sabendo que podia ter morrido, que podia nunca mais estar com a Marília, com a Maiara, os amigos, e a família, ela não se arrependia de dar a sua vida, pela da mãe.

Ouviu a porta do quarto abrir devagar, e olhou para lá. Viu a Marília aparecer, com um saco de papel na mão. Trazia um conjunto moletom, cinzento claro, vestido, e os cabelos presos num rabo de cavalo. Usava os seus óculos de grau, e quando viu a noiva acordada, a loira abriu um sorriso.

Marília: Bom dia, amor - sorriu e falou baixo - já acordaste - aproximou-se da cama - como te sentes?

Maraisa: Bom dia, loirinha - sorriu e deu-lhe um selinho - um pouco dolorida

Marília: O doutor Miguel passou aqui, mas como ainda estavas a dormir, ele foi embora. Volta daqui a pouco - sorriu - fui buscar comida

Maraisa: Não dormiste - sorriu de canto e a loira olhou-a confusa, e surpreendida - a tua cara cansada denuncia a falta de horas de sono

Marília: Não consegui dormir, não, amor - sorriu de canto - dormitei um pouco, só

Maraisa: Tens de descansar - fez um carinho na mão dela

Marília: Não inverta os papéis, menina - brincou e tocou com o dedo no nariz dela - eu é que estou aqui a tomar conta de ti

Maraisa: Tomamos conta uma outra - sorriu - come, precisas de te alimentar

Marília: A Mai já mandou mensagem - sentou-se na poltrona - e a Fernanda, o João, o César, o Bruno, a Lari, a Luiza - enumerou com os dedos e deu uma risada - todos, basicamente

Maraisa: São todos uns amores - sorriu levemente

Marília: Estávamos todos muito preocupados contigo - olhou-a com carinho

Maraisa: Tenho muita sorte - sorriu de canto

Marília: Nós é que temos, por te termos na nossa vida - sentou-se na cama - e eu, sou a mais sortuda de todos, porque vou casar contigo - baixou o olhar - a menos que já não queiras

Maraisa: Não há nada que eu queira mais - fez um carinho na cara dela - por falar nisso, a minha aliança, e o meu anel? - olhou para as mãos, que estavam vazias

Marília: Estão aqui - abriu uma pequena bolsa que estava pousada ali perto - tiveram de tirar, para a cirurgia

Maraisa: Podes pôr? - sorriu e esticou a mão na direção dela

A loira, sorriu carinhosa, colocou-lhe a aliança e pegou depois, no anel de noivado.

Marília: A menina dá-me a honra de casar, e dividir o resto da vida, consigo? - sorriu com os olhos a brilhar, e o anel na mão

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora