98. Espera Interminável

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Boa noite
Recuperados de ontem? Foi tenso, não? 😇

Venham daí, e respirem fundo 😘
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Eles já estavam no hospital há um par de horas, quando viram um médico sair de um dos corredores, e correr a sala de espera com os olhos.

Médico: Boa noite, os familiares da dona Maraisa Henrique? - chamou num tom de voz mais alto

Marília: Sou a noiva, doutor - levantou-se e cumprimentou-o - Marília Mendonça

Médico: Lamento conhecê-la nesta situação - sorriu de canto - já terminamos a cirurgia dela, e conseguimos retirar as duas balas

Fernanda: E como é que ela está? - perguntou preocupada

Médico: Ainda a dormir. Como devem saber ela chegou aqui muito mal, sem consciência e foi preciso reanimá-la durante a cirurgia - falou sério - agora está estável, apesar do estado muito frágil

Marília: Podemos vê-la? - pediu nervosa

Médico: Deixo entrar duas pessoas, para já e antes de ela ir para o quarto - sorriu - ainda está nos cuidados intensivos

Fernanda: Marília, vai - falou para a loira e fez um carinho na cabeça dela

Bruno: Eu vou chamar a Maiara - disse e saiu apressado dali

O Bruno, correu até ao carro. A Maiara estava acordada, abraçada ao Gustavo, eles estavam apenas a trocar carinhos, e o homem estava a ser o apoio principal da namorada, quando ouviram batidas no vidro.

Maiara: A Maraisa? - perguntou assustada

Bruno: A cirurgia acabou, a Marília vai entrar para a ver e pode entrar mais uma pessoa - falou para ela - queres ir?

Maiara: Óbvio - de um salto saiu do carro e deu um beijo ao namorado - volto já

Apressada, ela voltou a entrar no hospital, e entrelaçou o braço no da cunhada.

Fernanda: Deem-lhe um enorme beijo nosso - falou para as duas - e digam-lhe que eu estou cheia de saudades dela

Maiara: Nós dizemos, mãe - sorriu com os olhos marejados

As duas, deram as mãos, e entraram pelos corredores do hospital, atrás do médico. O nervosismo de ambas refletia-se no ar tenso, no suor frio, e na força que faziam na mão uma da outra.

Médico: Ela ainda está a dormir, e não sabemos ainda quando vai acordar - sorriu de canto - tem muitos fios, e máquinas, em volta dela - olhou sério - não se assustem, é para monitorizarmos os dados dela

Marília: Obrigada, doutor - agradeceu

Médico: É aqui - apontou para uma porta - eu já vos venho chamar - sorriu - e se precisarem, chamem-nos, está bem?

Maiara: Sim, doutor - sorriu nervosa - obrigada

Médico: E tentem ter calma, a situação é delicada, mas eu acredito que eles sentem a energia de quem está perto deles - falou para as duas - até já

As duas mulheres estavam de mão dada, e olharam uma para a outra antes da Maiara abrir a porta, de forma a darem apoio e segurança uma à outra.

Ao entrarem no quarto, viram a Maraisa deitada na cama do hospital, tinha roupa dali vestida. Como o médico as tinha avisado, ela tinha alguns fios que entravam pela roupa, outros que lhe mediam os dados de saúde. Ao lado da cama, vários monitores.

A morena, tinha um semblante sereno. Dormia profundamente, com a cabeceira da cama ligeiramente inclinada.

Pelo quarto, havia um cheiro intenso a álcool e desinfetante, além dos apitos baixos, e ao mesmo tempo ensurdecedores, das máquinas que mediam todos os dados vitais da Maraisa.

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora