41. Dia no Escritório

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Boa noite, meus lindos 🥰
Preparados para mais uma viagem? 🤍

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No dia seguinte, as gémeas, o Bruno e a Lari acordaram tarde. Prepararam uma refeição e ficaram por casa a conversar e conviver. Eles tinham acolhido muito bem a Maiara, além disso, sabiam o quão bem fazia à Maraisa, ter a irmã ali com ela.

A Maraisa propôs um passeio, para a irmã conhecer as redondezas, e a cidade, onde ela tinha crescido. Depois de saber toda a verdade, a morena descobriu que não tinha nascido na cidade onde sempre viveu.

Os quatro amigos, passearam pela tarde, por ali, visitaram alguns parques, praias, e passaram pelo centro da cidade. A ruiva viu onde a irmã tinha estudado, e sítios por onde passavam, e de onde ela conseguia ter várias histórias. Além disso, passaram por locais onde ela tinha trabalhado, desde cafés e pequenos restaurante, ou uma padaria. Depois disso, seguiram.

Maraisa: Foi nesta casa que eu cresci - sorriu para a irmã - estudava na escola ali ao fundo - apontou numa direção - e os sítios em que trabalhava nunca eram muito longe - olhou novamente para a casa - hoje está bonita e arranjada, pelo menos parece, na altura, não estava tão bem - deu de ombros

Maiara: A minha lutadora - abraçou a irmã - conheces estas ruas como a palma da tua mão

Maraisa: Sim, como cresci aqui, e andava sempre a pé, conheci todos os cantos e conhecia muita gente que vivia aqui - sorriu - alguns eram mais velhos, já não devem estar cá - suspirou e deu um pequeno sorriso - até porque alguns deles me protegiam, por eu andar sempre sozinha

Maiara: Apesar de tudo o que passaste, falas dessa época com um sorriso - falou para a irmã

Maraisa: Eu era feliz, com as pequenas coisas - deu de ombros - sempre fui - sorriu - além disso, quando trabalhava na padaria, conversava com os senhores e as senhoras, tratava todos por tios, depois de algum tempo - riu - adorava conversar com eles, ouvir as histórias, e muitas vezes eu, e os donos da padaria, éramos a única companhia que eles tinham no dia, e eles acabavam por ser a minha - sorriu de canto - davam-me presentes, às vezes, coisas simples, mas que mostravam que se lembravam de mim - falava entusiasmada - havia uma senhorinha, que eu às vezes ajudava com as compras, porque ela já não tinha força para carregar os sacos, e ela sabia que eu amava roupas fofinhas, então às vezes, ela tricotava casacos, ou tops e dava-me - sorriu de canto - era uma querida

Maiara: As pessoas agiam assim contigo, tu és um amor, e aposto que és desde sempre - caminhavam abraçadas, com o Bruno, e a Lari ao lado

Maraisa: Na volta para casa, da padaria, parava sempre neste jardim - apontou para onde iam a passar - há ali um lago enorme com peixes, e eu ia lá dar-lhe pedaços de pão duro, que sobrava - riu - também foi ali que beijei a primeira menina com quem estive - deu uma gargalhada

Lari: A nossa sapatão - deu uma risada

Maraisa: É, apesar de também ter tido homens na minha vida, as mulheres sempre me encantaram mais - brincou

Maiara: Foi fácil, passar por esse processo de descoberta sem o apoio de ninguém, sem uma estrutura familiar? - perguntou curiosa, e tímida, ao mesmo tempo

Maraisa: Eu acho que, ainda hoje, eles não sabem da minha orientação sexual - deu de ombros - não que eu a esconda, não é nada disso - sorriu - eu não tenho vergonha de quem sou, só acho que eles são tão desapegados de mim que não se aperceberam disso - respirou fundo

Maiara: Não tinhas de ter vergonha de quem és - sorriu - és uma pessoa incrível - abraçou-a - tenho tanto orgulho em ti, e em ser tua irmã

Maraisa: Oh - ficou sem jeito - és um docinho - sorriu

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora