— eu preciso ir. — Draco diz com o fio de voz que o restava, ele dá uma fungada e limpa suas bochechas molhadas pelas lágrimas. Seus olhos estavam vermelhos e tudo que ele queria era simplesmente esquecer tudo o que tinha acontecido nas últimas horas, mas ele não podia. Estaria marcado na sua mente por um bom tempo.
O loiro não conseguia olhar nos olhos de Gustavo.
— Aconteceu alguma coisa? Precisa que eu te leve em algum lugar? — A voz de Gustavo estava amena e tranquila, e ele aparentava estar preucupado.
— Não. — Draco respondeu rapidamente o que soou um pouco rude. Ele se levantou do sofá que estava sentado e ainda sem olhar nos olhos de Gustavo, diz. — Só me deixe em paz.
Foram as últimas palavras que o loiro proferiu para Gustavo, logo ele saiu da casa do homem sem nem olhar para trás, ele torcia bastante para que Gustavo atendesse seu pedido pelo o menos por alguns dias. Era só isso que ele queria.
Quem havia acabado de ligar para ele a alguns segundos atrás era Harry. Sua voz ecoava pelos ouvidos de Draco, tão carinhosa, e aquilo confortou Draco tão qual um abraço, tendo o mesmo efeito de proteção, amor e afeto que o contato emitia.
Mas o loiro logo se culpou por sentir aquilo.
Draco estava com tanta raiva de Gustavo. Mesmo que seu cérebro dissesse para ele, que o home tinha razão, e que Malfoy só não estava querendo encarar um fato óbvio, na verdade o loiro estava com tanta raiva de Gustavo, por ele ter arrancando tão rápido a ilusão que ele mesmo tinha criado.
De que Harry um dia poderia amá-lo, talvez. Só um pouquinho. E que tudo o que eles estavam vivendo até o momento não passa-se de um pequeno lance e que já já tudo aquilo acabaria.
Era mais fácil acabar com isso de uma vez. Certo? Terminar o que não havia nem começado ao certo. Talvez assim ele não sofreria tanto.
O loiro caminhava pelas ruas de São Paulo, pensativo. Estava indo de volta para o se carro que havia estacionado duas quadras de distância da delegacia, que já não era muito longe da casa de Gustavo.
O sol já estava indo embora e a Lua dava boas vindas paras os ocupados moradores da cidade. A mente de Draco está a milhões e seu semblante triste denunciava bastante aquilo.
Mas Malfoy não poderia pensar naquilo, agora. Com tanta coisa acontecendo mal conseguia prestar atenção no que Harry havia tido para ele naquela ligação.
Teve que forçar um pouco a memória para recordar o que Potter havia falado a ele. Só ao ele lembrou o que tinha acontecido.
O que fez ele andar mais rápido para ir em direção ao seu carro. Lembrou-se que Potter havia o ligado porque Henrique havia sofrido um assalto e agora estava no hospital com sete facadas por todo o seu corpo.
Como ele poderia ter se esquecido disso?
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Chegando no hospital, onde Henrique estava internado. Draco já avistou Harry, que falava no telefone com alguém. Enquanto provavelmente o esperava, na recepção. Assim que o moreno o avistou uniu as sobrancelhas estranhando o modo como Draco estava. Apesar do loiro estar sério, sua expressão aparentando apenas o puro proficionalismo, Harry sabia que algo de muito errado havia acontecido.
Ele rapidamente se despediu de Hermione, que era a mulher com quem falava no telefone e foi até o loiro. Que ficou tenso com sua aproximação, mas tentou não deixar transparecer.
— Oi. — Harry diz ao chegar perto do loiro. Como estava mais perto acabou vendo que seus olhos estavam vermelhos. O que preocupou bastante o moreno. — Seus olhos estão vermelhos. Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
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Distrito 69 || Drarry
FanfictionDraco Malfoy é um homem assombrado pelo passado. Esse passado sendo à respeito de sua família criminosa, Malfoy nunca se agradou disso, então aos 18 anos se virou contra os próprios pais, mudou-se para a casa das tias; Andrômeda e Bellatrix, além de...