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Fillipo

Já tinha quase um mês sem notícias de Ramon, estava tudo um inferno, os Condellos nos perseguia, Antonella fez de tudo para assumir o que era seu de direito, mas ninguém a queria lá.

Eram dias ruins, eu precisei me afastar da empresa por investigações que estavam sendo feitas a respeito da morte de Condello, mas eu podia voltar hoje, e precisava resolver todos os problemas que aquelas mentiras causaram. Perdi investidores e contratos importantes, meus sócios estavam se descabelando para conseguir manter as coisas em ordem até que eu pudesse voltar. Fredericco passou dias procurando por Ramon, mas ele estava escondido nos territórios da família Condello o que me impedia de chegar perto. Tínhamos notícias apenas por Julian, que estava afastado de todos os negócios da família, por acreditarem que ele estava ao lado de Antonella.

Ela estava dormindo quando me levantei, tomei um banho e coloquiei meu terno, estava cansado de ficar em casa, aguentando os gritos da minha mãe que aparecia ali diariamente, estava insuportável. Decidi tomar café em casa e Fred apareceu me chamando.

- Senhor. - Olho para Fred que para a minha frente, sua postura sempre muito profissional.

- Sim.

- Gostaria de saber se vamos precisar deixar a segurança armada com a senhora Antonella.

- Acho melhor, pede ao novo motorista para deixar o carro pronto, vamos sair.

Fredericco concorda com a cabeça e se retira me deixando novamente sozinho, escuto passos e deixo o celular de lado, vejo Antonella vindo em minha direção, estava com uma camisola de seda, que deixava seu corpo muito bem marcado. A dias ela esta se sentindo mal, não para de ter tonturas e enjoos, diz serem sintomas da sua TPM, mas pedi que ela fosse ao médico. Ela se sentou em meu colo e fiquei olhando para ela que me encarava, estava péssima.

- Precisa ir ao médico, você está com cara de doente.

- Preciso de você na cama fazendo eu gemer. - Ela fala baixinho com a voz manhosa.

- Prometo não demorar e quando eu voltar, vou fazer você gemer que até os meus inimigos vão ouvir lá da Rússia. - Ela sorri e me beija com delicadeza. - Mas, só depois que você for ao médico.

- Tudo bem, vou marcar uma consulta ainda hoje e vou. - Me levanto tirando ela do meu colo e a sento em meu lugar, beijo sua testa.

- Toma um café, e não saia de casa sozinha, qualquer problema me liga e eu vou estar aqui antes mesmo que pondere reagir a algo.

Peguei minhas coisas sobre a mesa e sai pela porta, Antonella me chamou e voltei meu olhar para ela.

- Te amo, toma cuidado. - Sorrio para ela, porra que mulher arrumei, linda, companheira e estava sempre preocupada comigo, ela era a melhor versão de Julieta. Retribuo o que ela fala, seu olhar estava preocupado, e eu entendia, estávamos passando por dias ruins, momentos ruins, e nossa vida estava um tormento.

- Te amo.

Vou para o carro aonde o outro motorista me esperava, ordenei que Fred ficasse com Antonella e a levasse aonde ela quisesse. Ele era o homem que eu mais confiava ali, então sei que nas mãos dele, ela está a salvo. Entrei no carro sem nem falar com o motorista, que em segundos já estava em sua posição, ligando o carro e saindo com o mesmo, me deslocando daquele lugar. Fora alguns minutos e logo percebo que ele estava me tirando da rota que normalmente fazemos.

- Você está entrando em ruas erradas, por favor volte. - Ordeno e ele continua o caminho, pego meu celular e aviso Fred sobre o que estava ocorrendo.

"Fredericco, preciso que rastreei o carro, e meu celular, provavelmente os Condellos estão tentando armar para mim."

Envio e logo volto a falar com o motorista que eu nem o nome sabia ainda.

- Ou você volta, ou eu mesmo faço o trabalho de enfiar uma bala na sua cabeça antes de Fredericco.

- Desculpa senhor, mas não posso, são ordens.

- Seu chefe, sou eu, quem da ordem aqui sou eu. - Fui rude com ele esperando que ele faça o que mandei até que ele para o carro em uma rua deserta.

Percebo ele saindo e abrindo a porta para que eu saia, fico olhando e saio do carro, vejo alguns homens próximos ao carro com armas apontadas, olho em suas tatuagens e percebo que aqueles não eram os Condellos. Olhei em volta e deveria ter ali uns 15 homens, todos armados e me olhando, um deles se aproximou e começou a falar algo que eu não pude entender.

O meu motorista que agora eu percebia a semelhança com aqueles caras estava ao meu lado, ele era um pouco mais alto que eu, cabelos bem curtos e loiro, muito mais novo que aqueles caras. Ele segurou em meu braço e começou a falar com o cara que estava a nossa frente, eles eram russos e eu nada entendia falarem. Até que ele se volta para mim.

- Querem saber sobre os Condello e qual a sua a proximidade a eles.

- Eu não sei nada sobre eles e muito menos sou próximo.

Ele responde ao homem que começa a rir sínico e me puxam para mais longe do carro, estava em um lugar desconhecido, eu nunca havia ido para aquele lado da cidade. Entramos em uma casa e eu fui sem tentar nada, sabia que seria em vão, eu estava sozinho e eles eram muitos.

Eles me sentaram em uma cadeira que estava no canto da sala e me olhavam.

- Não tenho envolvimento com os Condello, muito menos com a morte de Pasqualle se é isso o que pensam.

- Eles querem saber onde está Antonella Condello, querem cobrar a dívida de Pasqualle.

Escuto o que ele me fala, meu sangue nesse momento ferve dentro de mim e então me levanto, eles não vão por a mão na minha mulher, ela não pagará as dívidas do pai dela e nem ser cobrada por ele ser um filho da puta traidor.

- Você sabe muito bem ainda ela está, mas não vou deixar que cobrem dela o erro de Pasqualle, recomendo que cobrem de quem está no lugar dele.

O homem que a pouco instante estava rindo de mim agora estava na minha frente me enfrenta, seu rosto transbordava o ódio que estava sentindo, outros dois homens me seguraram e senti o golpe em meu estômago que me fez debruçar na frente dele. Voltei a olhar para ele, meu estomago estava doendo e senti algo voltar indo para minha garganta, era meu café da manhã, mas fiz voltar e o encarei.

- Fillipo não seja burro, eles só querem o que é deles e sabem que Condello está morto.

Olhei para o Loiro que estava falando comigo e tentando traduzir tudo o que conversávamos. Senti um gosto de ferro em minha boca e cuspo no chão.

- Eu não tenho nada ver com isso, eu tinha negócios com Pasqualle e nada mais. - Percebo que o homem já estava irritado, eles queriam o que era deles de direito e eu não poderia ajudar eles. - Quero o mesmo que você, matar Ramon Condello, ele está tomando conta agora, mas está sumido, estou procurando ele a semanas. Mas se pensam que entregarei Antonella para vocês, estão enganados.

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Nota: Oi! Estou iniciando e preciso da sua ajuda, se estiver gostando deixe uma estrelinha para fortalecer a pequena autora e comenta o que está achado, a sua opinião sempre será muito bem-vinda e nos ajudas a melhorar a cada dia.

Amores, andei com alguns bloqueios para escrever, e como quase não tenho comentários, fica um pouco difícil saber o que estão achando, no que estão se apegando e o que querem para a história...

Se possível, me digam o que estão sentindo sobre.

Amor por um fio. (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora