O homem grande jogado por cima de uma mesa acordou com dificuldade, percebeu que babava em cima de papéis e logo a fisgada em suas costas o mostrou que estava em uma péssima posição. Com cuidado se afastou se sentando corretamente tentando se lembrar onde encheu a cara noite passada já que sua cabeça doía como se fosse rachar e o gosto ruim em sua boca denunciava o álcool.
Se sentia detonado.
Meio tonto se levantou mal dizendo todas as entidades existentes e inexistentes, o que só piorou quando tropeçou em uma lata de lixo caindo no chão. Xingou alto e de saco cheio chutou a lata. Observou algumas garrafas vazias deslizarem para fora e rodar naquela sala...
Não conhecia aquele lugar. Parou percebendo, logo em seguida procurando seu celular, mas nada de o ver. Aquele lugar parecia um escritório, a mesa atrás de si de madeira escura, os armários pretos de ferro distribuídos nas paredes com muitos livros ou garrafas escuras com o que parecia bebida.
A sala estava escura com cortinas marrons grossas que mesmo assim não escondiam o dia claro pelas frestas. Definitivamente tinha algo de muito errado acontecendo.
Ele não se lembrava de ter saído de casa ontem e não fazia ideia de onde estava. Mais afoito se dirigiu para a porta, ainda devagar já que sua cabeça doía como o inferno igual suas costas e estava com enjoo o que o fazia massagear a barriga o tempo todo.
Saiu em um corredor também escuro e observou a casa espaçosa, mas mal arejada. Desceu somente de olho se não via seu celular ou encontrava alguém que o dissesse o que estava acontecendo e como saiu de casa e bebeu até perder a noção de tudo.
Assim que pisou na sala percebeu um cheiro diferente, de flores e de comida, ovos fritos, pão recém saído do forno, bolo e café, eram muitos cheiros bons misturados. Sua barriga pareceu até acalmar o enjoo e se concentrar somente em apreciar.
Seja lá onde estivesse pelo menos teria um café da manhã descente. Foi em direção a cozinha, grande como toda a casa, mas não viu ninguém. A mesa estava cheia de comidas, tudo perfeitamente organizado e limpo, sentia o cheiro de limpeza de longe, até um pouco exagerado.
- Bom dia, alguém? - Finalmente se manifestou, o cenho franzido para todo aquele banquete.
Percebeu que na parede onde ficava a pia atrás do balcão tinha uma entrada e de lá não demorou um homem magro, de cabelos loiros e olhos azuis surpresos surgir usando um avental azul.
- Marido? Bom dia, a mesa está pronta!
O homem parado e confuso olhou para trás, para os lados e riu de repente, seu peito acelerado e pele arrepiada, mesmo que não parasse para reparar naquela sensação estranha.
- Quem?
O loiro ficou parado somente o olhando como se pensasse no que falar ou esperasse mais alguma outra reação do homem em sua frente.
- Er, eu te conheço?
Novamente o silêncio de resposta, antes do loiro se aproximar dando a volta no balcão e parando em frente levando a mão ao seu rosto. A sensação estranha só aumentou e ele percebeu que todo aquele cheiro doce misturado com flores parecia vim dele.
- Você não parece bem. Vou te dar um chá de casca...
- Não! - Disse de supetão apenas porque odiava chá de qualquer coisa que fosse, preferia mil vezes um comprimido gigante. Mas parece que o loiro se assustou pois recolheu a mão rapidamente e encolheu travado.
- Desculpe, marido.
Ele até abaixou a cabeça.
- Ei, foi mal. Afinal por que está me chamando assim? Eu não sou gay, que brincadeira é essa.... Espera... - Se calou finalmente pensando em algo. E se ele dormiu na noite passada com aquele cara?! - A-a g-gente?... Eu e v-você. Meu deus... Q-quero dizer, o que aconteceu ontem?
O cara de cheiro doce muito confuso voltou a olhar para ele ainda hesitante encolhido em sua frente. Fazendo muito bem o seu papel.
- Depois do jantar você foi para o escritório e dormiu lá.
Não entendendo absolutamente nada somente puxou uma cadeira e se sentou antes que se estressasse novamente com aquele cara e aquela brincadeira. O loiro realmente ficou assustado naquele momento e não queria ser tão sem noção assim.
- Isso é algum tipo de jogo? Meu irmão está por trás disso? - Ainda se sentia enjoado então somente ficou olhando uns mexidos de ovo sobre o que parecia torrada. Parecia tão gostoso.
- V-você voltou a falar com seu irmão? Isso...
- Cara, seu nome por favor?
Ele agora realmente o olhou como se visse duas cabeças em uma.
- Zoro, pode parar com isso? E-eu só vou estender a roupa e já volto.
Ele foi se afastar, mas foi parado com a mão em seu braço. Voltou-se o olhando confuso, os olhos eram de um azul puríssimo daqueles que nos lembram gente da realeza e por um segundo o homem se perguntou onde seu irmão encontrou aquele cara bonito.
Logo seu irmão, que tinha a mania de sair com feios. Balançou a cabeça achando seus pensamentos estranhos demais. Ainda agarrado ao cara desconhecido que o chamava de marido e Zoro, sentiu o enjoo mudar para queimação em seu peito e aquilo se tornar tão desconfortável que o fez agarrar sua camisa com força.
Estava até suando e com falta de ar e em meio ao cheiro intenso e doce ouviu ao longe aquele cara continuar o chamando de marido, ele parecia realmente preocupado, o sentia preocupado.
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Pensem nesse cara como o Mackenyu (Zoro da série) e o marido do Sanji o Zoro do anime
Diáde: par romântico, casal com vínculo, almas gêmeas
Vínculo: compartilha sentimentos e sensações, localização, proteção mútua.
União: juramento, casamento. Não necessariamente significa ser marcado.
Marca: mordida que o alfa faz com quem compartilha vínculo, proteção para o par. Apenas entre díades pois só pode fazer uma ligação com quem o lobo escolhe
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Um bom marido
Fanfic1° omegaverse 1° Zosan 4° one piece (Contém cenas de sexo explícito) Zoro era um homem comum em um mundo "normal" antes de acordar no corpo de outra pessoa como um alfa em um lugar estranho, onde as pessoas emitiam feromônios e eram descendentes di...