Draco
Draco acordou novamente de manhã cedo. O sol brilhava no céu, entrando pelas janelas e pintando todo o quarto de branco dourado.
Pomfrey estava de pé ao lado de sua cama, colocando uma compressa fria em sua testa e lançando-lhe o olhar mais peculiar que ela já havia dirigido a ele.
Isso foi porque... Ah.
Foi porque... bem...
Potter. Estava dormindo na cama. Encostado bem perto do corpo de Draco. O cobertor havia mudado de lugar durante a noite e agora estava enrolado na cintura dos dois, de modo que o torso de Draco estava totalmente à mostra. Para ser mais específico, estava totalmente à mostra como a mão direita de Potter estava enrolada embaixo de Draco e se enroscava de volta, passando pelo peito de Draco por baixo de sua camiseta fina. Não era de se admirar que ela estivesse olhando para ele daquele jeito.
No entanto, também, ah, não. Privadamente, Draco processou rapidamente outra coisa.
Debaixo do cobertor, fora da vista de Pomfrey, o braço esquerdo de Potter estava pendurado no quadril de Draco. E... ah, porra... Ele estava feliz com a compressa fria agora porque se sentia positivamente febril.
A mão de Potter estava sobre suas calças, ao redor do pênis de Draco.
Seu corpo se contraiu antes que ele pudesse se conter. Mas diante dos olhos estreitados de Pomfrey, ele se forçou a ficar quieto. Mesmo que isso significasse deixar a mão de Potter firmemente no lugar.
Ele nunca esteve mais grato por um cobertor. Ao amontoar-se em sua cintura, escondia a localização exata da mão de Potter; parecia que o braço dele estava em volta do quadril de Draco, no máximo.
Pomfrey não conseguia ver. Ela não sabia que Potter o estava tocando ali, não sabia que Draco estava mais duro do que nunca em sua vida. O mundo inteiro de Draco parecia estar focado em como aquela mão escaldante o envolvia, levemente demais para não deixá-lo louco, mas com muita força para ser qualquer coisa menos letal.
Ela não sabia de nada disso. Mas Draco sabia.
— Ma-Madame... ah, bom dia — ele engasgou.
Ele tinha que mover a mão de Potter. Ele tinha que. Mas ele não podia chamar a atenção sobre isso, para que Pomfrey não notasse alguma coisa.
— Bom dia — ela respondeu lentamente. Ela ainda estava olhando para ele. — Como você dormiu?
Draco soltou uma risada involuntária e muito alta. Porra, ele estava suando muito.
— Tudo bem. Perfeitamente bem.
— Exatamente — ela assentiu. Seus lábios estavam franzidos. — Você deveria saber que é altamente pouco ortodoxo da minha parte ter permitido que Potter dormisse com você ontem à noite.
— Dormir com... — ele repetiu, as palavras fazendo coisas terríveis com ele. O esforço necessário para não empurrar os quadris para a frente iria estourar um vaso sanguíneo em seu olho.
— Sim. No entanto, a senhorita Granger me explicou a situação. Malfoy, você já pensou em consultar um curandeiro mental sobre isso?
Isso o deixou sóbrio. (Pelo menos, tanto quanto isso poderia deixá-lo sóbrio quando a mão de Harry Potter ainda estava enrolada em seu pênis. Então, não muito, mas.)
— Não, eu não quero falar com ninguém sobre isso.
— Reconheço que tal coisa pode ser desconfortável de considerar. No entanto, ver um curandeiro mental não é motivo de vergonha. Normalmente prova ser altamente benéfico.
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Oxytocin | Drarry
FanfictionDraco Malfoy não consegue dormir. Se ele continuar assim, ficará louco, ou morrerá, ou ambos. Por alguma razão, porém, ele consegue dormir sempre que Harry Potter está com ele. E Harry Potter nada mais é do que um ajudante para os necessitados. [Est...