Capítulo 20

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Harry

Harry voltou para o castelo no final da tarde com um sorriso no rosto. Ele deixou Ron e Hermione passarem o resto do dia juntos em Hogsmeade. Ele voltou sozinho e, embora a neve o esfriasse, seu ânimo melhorou.

Ele passou algumas horas maravilhosas com duas pessoas que amava profundamente e também conseguiu falar sobre seu segredo obscuro e profundo e não ser ridicularizado fora de casa. Ron até, Harry ousa pensar, reagiu muito bem à notícia.

Ele refletiu sobre isso enquanto se dirigia para a ala do oitavo ano. Ele começou a desenrolar o cachecol enquanto falava a senha de entrada, ansioso por um bom banho quente ao entrar na sala comunal.

Quando ele entrou, ele encontrou Draco, seu Draco, sentado em uma poltrona com sua adorável cabeça loira inclinada sobre um pergaminho. Harry não considerou a formulação de seus próprios pensamentos tão estranha quanto deveria de imediato, até que percebeu como o corpo do sonserino estava inclinado.

Os joelhos de Draco estavam inclinados para um lado, todo o seu tronco e cabeça inclinados nessa direção também - cada linha da linguagem corporal indicando intimidade com a pessoa sentada ao lado dele. E ele se sentou ao lado de Theodore Nott, que parecia absorto em um livro e também se inclinava para Draco com muita familiaridade para o conforto de Harry.

Harry olhou para a cena, só percebendo depois de alguns segundos que havia congelado no lugar. Ele entrou em ação, finalmente conseguindo tirar o cachecol do pescoço, apesar de seus movimentos agora completamente espasmódicos e indutores de emaranhados.

Um som parecido com um zumbido de surpresa informou a Harry que Draco havia olhado para cima e notado sua presença. Ele olhou para cima para confirmar que Draco estava agora, de fato, olhando para ele. Embora Harry não tivesse feito nada para alertá-lo deliberadamente de sua entrada, ele ainda se sentia ressentido por Draco ter demorado tanto para perceber.

— Olá — disse Nott, sem tirar os olhos da leitura. Maldito idiota.

Draco olhou para o garoto ao lado dele, e pareceu captar alguma mensagem escondida no tom de Nott, porque depois de um atraso estranho ele acrescentou seu próprio:

— Olá, Potter.

Oh. Ok. Isso provavelmente não deveria ter machucado Harry tanto quanto machucou.

Mas algo sobre o fato de que ele só o estava cumprimentando porque estava seguindo o exemplo de Nott, e também porque usou o sobrenome de Harry, apesar de tê-lo chamado pelo nome de batismo tão docemente na noite anterior, fez o sangue de Harry ferver.

Certo. Tanto faz. Harry era claramente quem estava sendo ridículo. Ele foi estúpido, tentando pensar no outro garoto pelo seu nome em qualquer momento fora das emergências.

— Malfoy — ele respondeu, num tom um pouco mais frio do que havia planejado.

Porra, ele tinha que sair daqui. Ele marchou para frente, passando pelas poltronas para chegar ao ponto onde começava o corredor dos quartos.

— Espere. Potter. — Draco – Malfoy, caramba – levantou-se quando Harry passou, e por alguma razão o estava seguindo pelo corredor.

— Sim? — Ele parou e virou-se para Malfoy, esperando como havia pedido. Harry odiava como seu coração batia esperançosamente com a perspectiva do que Malfoy poderia dizer.

Malfoy ficou na frente dele e observou a aparência de Harry de perto.

— Seu cabelo está molhado.

— O que? — Ele estendeu a mão e tocou o cabelo que aparecia por baixo do gorro, embora já soubesse que era verdade. — Estava nevando.

— Oh. E você acabou de voltar de Hogsmeade, presumo?

Oxytocin | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora