Oxytocin | Drarry

Capítulo 28

Harry

Quarta-feira à tarde foi o último treino de quadribol antes do feriado. Quando Demelza Robins anunciou isso, Malfoy ficou nervoso novamente. Harry lançou-lhe um olhar interrogativo, mas Malfoy não fez contato visual com ele.

Infelizmente, Harry não teve a oportunidade de confrontá-lo sobre isso durante o treinamento. Depois que Demelza explicou o plano de jogo, eles saíram do círculo e foram imediatamente encurralados em exercícios. Malfoy parecia especialmente determinado a treinar também, então Harry não conseguiu chamar sua atenção para perguntar se estava tudo bem.

Mas Malfoy não poderia protelar para sempre. O treinamento acabou eventualmente, e apesar de Malfoy abaixar a cabeça e tentar sair do campo o mais rápido possível, ele não conseguiu impedir o inevitável.

Harry o alcançou longe do campo. Ele agarrou a mão de Malfoy e deu um passo na frente dele para impedi-lo de prosseguir.

— Ei, o que está acontecendo -

— Potter, está frio aqui fora — Malfoy disse rapidamente, olhando por cima do ombro de Harry em vez de fazer contato visual. — Solte-me para que eu possa entrar e me descongelar antes de morrer de hipotermia.

Harry revirou os olhos com o desvio.

— Você não está tão frio. Os feitiços de aquecimento devem durar pelo menos mais meia hora.

Malfoy zombou ofendido.

— Fácil para você dizer! Quero que você saiba que sempre fui sensível ao frio e que você não tem o direito de me dizer o que eu...

— Seriamente. O que há com você? Você está agindo de forma estranha e eu só quero saber por quê.

— Eu não estou agindo de forma estranha. Você está claramente imaginando coisas. Estou absolutamente bem.

Harry o encarou. Os olhos ansiosos. O cenho preocupado. Como se Harry fosse capaz de não perceber os sinais de angústia de Malfoy a uma milha de distância.

— Nós dois sabemos que eu o conheço melhor do que isso. Vamos lá. Quanto mais cedo você me contar, mais cedo poderemos ver como resolver isso.

Malfoy franziu a testa ainda mais com isso. Mas ele não tentou desviar novamente.

— Não tenho certeza se podemos — ele murmurou.

— Nós podemos tentar. Deixe-me tentar. — Ele soltou a mão de Malfoy para dar espaço ao outro garoto. — O que está errado?

Com as mãos livres, Malfoy cruzou os braços sobre o peito. Ele hesitou um pouco, parecendo querer fazer qualquer coisa, menos ter essa conversa. Mas finalmente ele resmungou:

— Natal.

Harry piscou, surpreso com a aparente falta de sequência.

— Natal? E quanto a isso?

— O que você vai fazer no Natal, Potter? O que são... — Ele parecia quase angustiado. — O que estamos fazendo?

— Er, eu ia... — Ele parou, a mente girando confusamente. Ele realmente não tinha pensado nisso. E ele foi um idiota por não fazê-lo. Mas ele foi pego pela loucura de cada novo dia e não pensou em pensar com tanta antecedência.

O fato era que ele meio que tinha certeza de que passaria o Natal com os Weasley. E ele também imaginou passar o tempo com Malfoy. E nem lhe ocorreu como essas coisas eram mutuamente exclusivas.

— Você está certo — disse ele, soltando um longo suspiro que girou em uma nuvem branca à sua frente. — Não acredito que não pensei nisso.

— Sinto muito — Malfoy deixou escapar. — Eu não pensei nisso até ontem. E eu não... quero dizer... não quero colocar você em uma situação em que...