Capítulo 8

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Draco

Draco acordou com um salto aterrorizado no coração. Ele estava sozinho. Potter se foi - Potter se foi - Potter -

Estava no chão.

— Que porra você está fazendo aí embaixo? — Draco exigiu.

Potter sentou-se no chão ao lado da cama, com o cotovelo apoiado na perna, o queixo apoiado desamparadamente na mão. Ele olhou para Draco, deixando cair a mão.

— Erm — ele disse lentamente, com a voz baixa. — Aproveitando o... tapete?

Draco piscou.

— Você é tão maluco quanto eu já o acusei, Potter.

O Grifinório assentiu, parecendo acreditar plenamente nisso.

E então:

— Você está bem? — Potter perguntou depois de um momento. Como se Draco fosse aquele inexplicavelmente sentado no chão. — Você pareceu assustado por um segundo.

Draco descartou a pergunta, sentindo suas bochechas esquentarem.

— Estou bem — disse ele. E então, por algum motivo bizarro, sua boca achou adequado responder com sinceridade: — Eu só... eu só pensei que estava sozinho.

Uma expressão de culpa passou pelo rosto de Potter.

— Ainda?

— O que você quer dizer com 'ainda'?

— Quer dizer... pensei que isso seria o suficiente, para mim apenas estar no mesmo quarto.

Draco encolheu os ombros, não querendo admitir algo tão embaraçoso. Especialmente quando Potter estava claramente tentando encontrar uma maneira de tocar Draco o mínimo possível e, portanto, Draco deveria mentir e dizer que queria o mínimo de contato com Potter também.

Mas Draco tinha acabado de acordar, e seu filtro cérebro-boca estava evidentemente tirando férias até o chá da manhã. Ele se viu respondendo baixinho:

— Não sei. Eu nunca tive alguém comigo para... er... — Ele respirou fundo estremecendo. Mortificante, tudo isso. — O que quero dizer é que estou descobrindo à medida que prossigo. E tudo que sei é que não... isto é, quando não posso... saber que você está aqui. Agora mesmo. Se eu não consigo sentir você...

Potter sentou-se sobre os calcanhares, apoiando os cotovelos na cama.

— Você quer me sentir. — Ele disse isso lentamente, quase gravemente, como se estivesse tentando esclarecer algo de importância de vida ou morte.

O alarme percorreu o corpo de Draco enquanto suas palavras se repetiam em sua cabeça. Ele não podia acreditar que se permitiu dizer algo tão...

— Eu, eu não quis dizer como...

— Eu sei que você não fez isso. — Um tom que Draco não conseguiu identificar nas palavras de Potter, mas Potter continuou antes que Draco pudesse tentar analisá-lo completamente. — Apenas responda isso. Verdadeiro ou falso: você fica com medo se estiver dormindo e eu não estiver tocando em você.

A boca de Draco parecia algodão enquanto ele sussurrava a resposta.

— Verdadeiro.

Potter assentiu. Ele desviou o olhar, roubando a capacidade de Draco de ler sua expressão facial.

— Como você se sente agora?

A resposta honesta era, ainda trêmulo, os batimentos cardíacos tentando desacelerar para o normal, mas demorando muito para fazer isso. Mas ele tentou uma resposta neutra e irreverente:

Oxytocin | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora