Harry
Harry piscou e acordou ao ouvir Pomfrey e Malfoy conversando. Ela estava dando a Malfoy uma poção de cura, Harry percebeu.
O sol brilhava forte, alto no céu. Ele sabia que já era relativamente tarde para acordar. Ele não sabia por que se sentia tão cansado, exceto que seu sono havia sido repleto de tantos sonhos.
Seus sonhos continham coisas que o faziam corar violentamente só de lembrar. Ele não tinha ideia de onde seu subconsciente teve coragem de inventar algo tão... explícito. Exceto pelo fato de que ele supunha que isso já era esperado há muito tempo, devido à confusão que toda essa situação vinha lhe causando nas últimas semanas.
Ontem à noite, ele sonhou que ele e Malfoy estavam se tocando. Realmente tocando um ao outro. Ele sonhou que ouviu Malfoy gemer baixinho contra ele, enquanto Harry agarrava sua ereção por cima das roupas - do jeito que Harry havia feito antes, mas desta vez ele continuou fazendo isso até Malfoy gozar. Ele sonhou que sentia a ereção de Malfoy pulsando em sua mão enquanto ele o esfregava até o fim. E ele sonhou com Malfoy se contorcendo, tremendo, choramingando, desmoronando nos braços de Harry.
Harry estremeceu involuntariamente ao pensar nisso. Porra, e tudo parecia tão real também. Ele teria chegado ao ponto de acreditar que isso realmente aconteceu, só que não havia como isso acontecer sem que o mundo inteiro explodisse.
Ele ficou ali por alguns momentos, esforçando-se para lembrar de mais alguma coisa. Não que ele devesse, é claro. Provavelmente seria melhor se ele se obrigasse a esquecer todas as imagens que sua mente criou para ele durante o sono. Ele definitivamente não deveria estar quebrando a cabeça para desenterrar cada pequeno detalhe do sonho – Malfoy agarrando-o enquanto ele gozava. Harry definitivamente não deveria tentar armazenar tudo na memória de longo prazo, e definitivamente não deveria considerar usá-lo para material de punheta pelas próximas décadas, pelo menos.
Porra, tinha sido tão deliciosamente vívido. Tanto que realmente parecia real. Mas, se ele se esforçasse, ele também conseguia se lembrar de outras coisas, como a voz de Pansy Parkinson dizendo "pequeno Harr", que era exatamente o tipo de absurdo que seu cérebro inventaria agora que Voldemort não controlava mais seus sonhos. Então, ele balançou a cabeça e desejou acordar completamente.
Ele se sentou, tirando o cabelo do rosto ao acaso.
— Ah, finalmente — Malfoy disse, virando a cabeça para olhar para Harry e sorrindo alegremente para ele.
Harry congelou, chocado. Desde quando Malfoy conseguia sorrir para ele? Assim?
Malfoy pareceu registrar a causa da surpresa de Harry um momento depois. Ele congelou também, parecendo igualmente surpreso consigo mesmo. Eles se encararam.
— Eu estava, er — Malfoy disse, desviando o olhar e pigarreando alto, — cansado de ter que sussurrar perto de você.
— Certo — Harry assentiu, limpando a garganta também. Ele se virou para o outro lado e pegou os óculos da mesa de cabeceira. Ele se sentia incrivelmente inquieto agora.
— Malfoy — Pomfrey disse, a única que não se incomodou com o que tinha acontecido entre eles. — A poção.
— Oh! Sim. — Ele parecia grato pelo lembrete.
Ele bebeu o conteúdo do frasco de uma só vez e depois estremeceu fortemente.
— Merlin, essa coisa é horrível.
Pomfrey franziu os lábios, sem graça.
— Não sinto a necessidade específica de lembrá-lo de que esta poção é a diferença entre usar a mão novamente ou não.
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Oxytocin | Drarry
FanfictionDraco Malfoy não consegue dormir. Se ele continuar assim, ficará louco, ou morrerá, ou ambos. Por alguma razão, porém, ele consegue dormir sempre que Harry Potter está com ele. E Harry Potter nada mais é do que um ajudante para os necessitados. [Est...