Capítulo 35

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Harry

Ele se materializou na beira das proteções anti-aparatação de Hogwarts. Ele estava feliz por ter se agasalhado, porque tinha uma caminhada longa e fria pela frente.

Não que ele sentisse muito isso, enquanto caminhava pela neve em direção ao castelo. Ele não pensava na temperatura, seus pensamentos apenas no objetivo de ver Draco. De dizer-lhe a verdade. De implorar perdão e descobrir se poderiam trabalhar juntos para construir algo melhor. A única coisa que importava para Harry era sua missão, e enquanto ele caminhava, havia uma agilidade em seus passos que ele não sentia há muito tempo.

Parecia que não havia hora quando ele finalmente entrou no castelo. Ele olhou ao redor, caso Draco estivesse no saguão, mas o lugar estava vazio. Então, ele correu para o dormitório do oitavo ano.

A sala comunal só tinha uma ocupante: Susan Bones, que estava aconchegada no sofá e bebendo de uma caneca. Ela olhou para Harry e deu-lhe um sorriso, que ele retribuiu distraidamente.

— Ei, você sabe se Draco está aqui? — ele perguntou, já indo em direção ao corredor onde ficavam seus quartos.

— Não faço ideia, desculpe — ela respondeu atrás dele. — Faz um tempo que não o vejo.

Ele deixou a garota para trás e foi até o quarto de Draco. Mas, para sua frustração, estava vazio.

Então ele checou o quarto de Pansy, que também estava vazio. Depois o próprio quarto de Harry, e o quarto de Theodore, e até mesmo o quarto de Hermione – Draco não estava lá. Ele também não estava em nenhum dos banheiros.

— Draco? — ele chamou. — Draco! É Harry. Eu preciso falar com você!

Sua mente primeiro passou a verificar o Mapa do Maroto. Um segundo depois, ele percebeu que o havia dado a Draco.

E... não estava no quarto de Draco agora.

Porra.

Ele procurou pelo dormitório, mas Draco não estava em lugar nenhum. Ele também olhou pelas janelas, mas não parecia haver ninguém do lado de fora, nem no chão, nem voando no ar – o que fazia sentido, afinal, já que tudo estava gelado e coberto de neve.

— Se você vir Draco, diga a ele que estou procurando por ele — ele disse à perplexa Susan enquanto passava por ela e saía pela porta novamente. Ele saiu sem esperar por uma resposta.

Em seguida, olhando ao redor de cada corredor por onde passou, Harry verificou o Salão Principal, onde só encontrou professores e alguns alunos ajudando a preparar a festa da véspera de Natal. Ele perguntou se eles sabiam onde Draco estava, mas nenhum deles o via há pelo menos alguns dias.

Depois, ele verificou as cozinhas. Draco também não estava lá, e os elfos domésticos disseram que não o viam desde que lhe deram um pacote de comida dois dias antes.

Ele passou pela Ala Hospitalar, procurando por Draco e saindo quando Madame Pomfrey disse que Draco não tinha aparecido durante todo o feriado. Ele entrou na biblioteca, vasculhando os corredores das estantes, até perguntando a Madame Pince se ela o tinha visto recentemente. Mais uma vez, sem sorte.

Com a frustração aumentando, ele se dirigiu para as masmorras. Draco não estava em nenhuma sala de aula no caminho - o que Harry verificou, mas não esperava - e quando um quinto ano concordou em deixá-lo entrar no dormitório da Sonserina, Harry viu que Draco também não estava em lugar nenhum lá.

Correndo por corredores aleatórios, ele gritou, ficando mais exasperado a cada passagem vazia.

— Draco! — ele continuou gritando enquanto procurava. — Draco, por favor, é importante! — Mas nunca houve resposta.

Oxytocin | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora