Capítulo 33 - A saudade de cada detalhe seu.

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Aquela porta com defeito nunca foi aberta com tanta facilidade como agora. Ash equilibrava Ava com apenas um braço, apoiando seu corpo pela bunda, e mesmo sobre ele ainda precisava e procurava por mais contato. A menina sentia na pele cada toque, fazendo arrepiar os pelos em todo corpo e a respiração falhar. Seu coração? Ela mal sabia se aquilo era normal, se era comum que um coração batesse tão descompassado no peito como o dela naquele momento.

As mãos se tocando, os corpos sem conseguir se deixar enquanto entravam pelo pequeno apartamento escuro. Ash esbarrou e derrubou um pote de açúcar e três talheres no caminho que faziam, o barulho mal foi notado por eles que seguiam de costas em passos tortos até o quarto. Ava puxou a blusa dele pra cima, o movimento fluido fez os fios leves do cabelo cor de amanhecer flutuar no ar, Ash mal conseguia pensar agora, só agradecia aos céus pelos detalhes dela, pelos momentos com ela. O sorriso que ele deu naquele momento ficaria marcado entre eles, como o sorriso mais sincero e bonito que Ava já vira ele dar, e sob a luz do luar que invadia a janela só completava a mágica cena.

Ele salivava enquanto observava a menina à sua frente se despir impaciente, se enrolando pra tirar o enorme casaco de lã com cor de areia. Ava esticou os braços, puxando o tecido sem fim, mergulhou nele e saiu com muito custo por baixo. Obviamente tropeçou no meio do processo e prendeu o indicador no único buraco de botão que a peça tinha, praguejou entre o mar de cabelos que criou e começou o difícil processo de simplesmente abrir os botões pequenos da blusa branca que usava por baixo. Ash sorriu, ele sorriu devagar, baixinho e com os olhos brilhando mais que mil estrelas, aquilo era tão Ava quanto somente ela conseguia ser... Ele respirou fundo e então tocou a mão dela, fazendo o tempo parar enquanto as testas deles se encostaram, fazendo as respirações se encontrarem, quentes uma contra a outra.

_ Me deixa fazer isso. Tô com tanta saudade dos seus detalhes, me deixa aproveitar todos os segundos de você. – Os dedos de Ava cederam e deram a vez para as ágeis mãos de Ash que aproveitaram a lentidão gostosa de cada movimento que liberava os botões, na promessa em cada um deles de uma saudade que ele não conseguiria expressar somente com palavras. Ava hipnotizada pelos olhos cinzentos só sentiu o corpo ceder, se render em um desejo que ele fizesse o que quisesse com ela agora, mal se importava com qualquer outra coisa que não fosse as aquelas mãos, aquela boca e aqueles olhos sob ela;

Ash tirou botão por botão, deixando beijos delicados pelo caminho, enquanto Ava arrepiava cada centímetro a mais e sufocava tímidos gemidos de desespero por mais. As duas mãos dele apertaram a cintura da garota agora. Ash salivou quando observou os detalhes, a boca quente denunciou a necessidade dele, a respiração entrecortada enquanto beijava a pele exposta a fazendo quase implorar por mais. Ele a encarou outra vez agora. Se levantando novamente, os cabelos negros frente aos olhos profundos que não a deixavam, Ava se remexeu desabotoando com facilidade o sutiã;

Os ombros de Ash relaxaram assim que ele a viu exposta, ele respirou tão profundamente como se finalmente voltasse a fazer sentido. Os olhos vidrados nos detalhes, na pele arrepiada, nos mamilos rígidos e levemente trêmulos pelo tesão, pela expectativa. Ele precisava sentir, precisava tocar e principalmente precisava que sua língua deslizasse por toda aquela área delicadamente sensível. Ava liberou o seu primeiro gemido sôfrego com aquele contato, as pernas fraquejaram quando ele a encarou engolindo em seco, a puxando pra perto com um sorriso malicioso crescente. Ele fechou os olhos como em uma prece e voltou a lamber e chupar seus peitos.

Ficava cada vez mais difícil se manter de pé, e ela estava lutando bravamente para ter o mínimo de coerência e sanidade que ainda lhe restavam. Seus dedos enroscados pelos cabelos ondulados dele agora, Ava observava a língua deixar um rastro molhado e sensível por onde passava. Os longos dedos dele sobre sua pele outra vez, apertando com a mão cheia seus peitos, ela amou ver o contraste da mão dele contar sua pele. Mal poderia descrever a sensação. Talvez estar próxima ao paraíso fosse parecido com aquilo. Ela gemeu mais baixinho quando ele com dificuldade voltou a se esgueirar pra baixo entre beijos pelo seu dorso exposto.

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