-Cadê a Anahi?. -Pergunta Alfonso assim que viu Mai descer as escadas com os olhos estáticos e com um papel nas mãos. Papel esse onde Anahi deixara seu recado.
-O que foi, Mai?. -Perguntou Ucker quando viu que ela não responderia.
Chris fora até a morena e tirara o papel de suas mãos para ler o recado em seguida. Agora o problema tinha aumentado e ele não sabia como diria isso aos outros dois e principalmente para Alfonso.
-O que foi?. -Perguntou Alfonso marchando até ele para tirar o papel de suas mãos. -Eu não acredito. -Ele dissera assim que terminara de ler. Mas ele acreditava sim, sabia que Anahi arriscaria a vida por qualquer um deles.
-O que foi?. -Perguntou Ucker preocupado levando as mãos até os cabelos.
-Annie foi atrás da Dul. -Chris finalmente disse.
-Como assim?. -Ucker sentiu por um momento o mundo girar e precisou se sentar, ele não achava que a situação poderia piorar e piorou.
-Ela pulou a janela. -Respondeu Mai.
-Mas como ela pode saber onde ela está?. -Ucker fora direto ao ponto.
-Talvez ela saiba quem fez isso. -Opinou Chris.
-E ela parece se sentir culpada no bilhete. -Observou Mai.
-Se ela se sente culpada, isso só pode ter dedo do ex marido dela. Ela pode ter encontrado algum recado dele dizendo que está com a Dul e pedindo pra ela encontrar ele em algum lugar. -Sugere Chris.
Só na idéia de pensar que Annie poderia estar sob o controle e ameaças de Velasco, o sangue de Alfonso fervia e, tudo piorava ainda mais quando ele se lembrava que ele poderia estar usando Dulce para atrai-la e portanto, as duas corriam perigo.
-Eu juro que se ele encostar em um único fio de cabelo de uma delas duas eu o mato!. -Prometeu Alfonso furioso.
-Eu ajudaria com o maior prazer do mundo. -Dissera Ucker.
-Eu não seria contra. -Dissera Mai. -Mas precisamos pensar com calma no que vamos fazer porque não tem como ficarmos de braços cruzados aqui.
-Mai tem razão. -Pontuou Chris. -Eu amo as meninas do fundo da minha alma, mas nem sei como possa estar a mente, principalmente de vocês dois, Ucker e Poncho. Mas precisamos raciocinar agora, pensar em como a gente pode localizar elas.
-Se foi mesmo Velasco, ele não vai pedir resgate, ele provavelmente vai querer fazer alguma maldade com a Annie e talvez tenha usado a Dul de isca. -Diz Poncho.
-Essa hipótese faz muito sentido já que de ontem para hoje, saiu a notícia sobre a paternidade do Emi. Ele deve ter ficado furioso com isso. -Diz Mai.
-De qualquer forma, eu vou tentar ligar para a Anahi. -Diz Poncho tateando o celular nos bolsos.
Quando ele o encontra, nem hesita, liga direto para a loira.
Ele liga uma vez, duas vezes, três vezes e toda vez que ouvem a mensagem indicando que cai na caixa postal, todos na sala suspiram desapontados. Mas é só na quarta que ela atende e, graças ao "viva voz" todos podem ouvir.
-Annie, sou eu. -Ele diz, a voz trêmula.
-Poncho... -A voz dela sai como um sussurro.
-Me diz onde você está, por favor! Eu busco você e a gente tenta encontrar a Dul juntos. -Ele sugere, em desespero.
-Não posso, já compliquei demais a vida de vocês por causa dos meus problemas. Tenho que resolver isso sozinha. -Ela diz, a voz embargada.
-Não faz isso, eu imploro, Annie. Precisamos de você aqui, eu preciso de você aqui -Ele dissera e ela sentiu o coração apertar.
-Desculpa. Amo você. -Ela dissera por fim.
-Annie? Annie? Amor?. -Poncho chamou algumas vezes antes de cair a ficha de que a ligação fora encerrada por ela.
Depois disso mais algumas tentativas de chamadas fora realizada, mas nenhuma delas sequer completava, então, a partir daí, o desespero tomou conta.
Por outro lado, o desespero de Anahi estava com ela desde o momento que encontrou o bilhete do sequestrador. As palavras ainda ecoavam em sua mente, ela ainda se lembrava de como tremia quando começou a ler:
"Eu vim atrás de vc, mas sua amiga também serve. Me encontre onde tudo começou ou ela já era.
Lembre-se: não tente nenhuma gracinha, vc sabe bem do que eu sou capaz."O recado não estava assinado mas Anahi sabia exatamente quem tinha mandado e, cá está ela, indo ao encontro de seu pior inimigo.
Ela saltou do carro de aplicativo que tinha contratado quando o mesmo a deixou em uma rua deserta. Com os olhos molhados, ela observou o carro ir embora e a deixar sozinha. Com as mãos trêmulas, ela lia na tela do celular as últimas mensagens com instruções, mandada de um número desconhecido.
"Se livre do celular e ande até o final da rua. La vai ter um carro esperando por vc, apenas entre e não diga uma palavra".
E ela tinha que seguir as ordens, não tinha escolha. Então, respirando fundo, ela arremessou o celular em um matagal ali perto e segiu até o final da rua.
Quando chegou, tinha uma van a esperando. Um cara alto abriu a porta para ela, Annie não o reconheceu, talvez fosse alguma das várias pessoas que faziam o trabalho sujo para Manuel Velasco. Esse era mais um defeito dele, colocava terceiros para fazer o trabalho ruim por ele.
Anahi fora o caminho todo pensativa, pensando se veria as pessoas que amava outra vez. Se veria os filhos, os amigos, Alfonso. Tudo piorava quando ela pensava na possibilidade da última interação dela com o homem que amava ter sido uma briga. Possivelmente a cabeça dele está uma confusão agora mesmo, sem entender nada, sem ter tido tempo de assimilar que Emi era seu filho.
Ela também poderia não ver mais os filhos, poderia não ver eles crescerem, se tornarem adolescentes e adultos. Não veria nenhum dos dois construindo um futuro, amando, sendo amados... seu coração doía com a possibilidade de não estar mais aqui para ouvir um "te amo, mami" do Manu, ou a primeira palavra de Emi.
E também não podia deixar de pensar em Dul, em como ela mesmo sem intenção, colocou a vida da amiga em perigo. A amiga que a ajudou quando ela mais precisou. Se Manuel tivesse feito alguma coisa com Dul, se um único fio de cabelo seu tivesse sido arrancado, ela jamais se perdoaria.
Quando desceu da van, passou a mão no rosto para enxugar a lágrima solitária que rolou por sua bochecha.
Ela tinha chegado ao seu destino e sentiu um frio na espinha. Tudo o que ela mais queria naquele momento era ver Dul em segurança, então ela abriu a porta e entrou na casa onde conheceu Velasco em uma festa de amigos em comum a uns anos atrás.
A casa estava vazia, o antigo dono que era amigo de Anahi, tinha se mudado havia alguns anos e agora ele a aluga. Provavelmente ele não tenha idéia do que estava acontecendo ali, mas esse também não era seu grande foco.
Assim que ela entra na sala principal, Velasco como quem adivinha sua presença, desce os degraus que davam acesso ao andar de cima. O estômago dela revira com o reencontro.
-Chegou minha convidada. -Ele diz alegremente como se não tivesse fazendo nada demais.
-Onde está Dul?. -É tudo que Anahi quer saber quando ele vem andando em direção a ela.
-Está lá em cima. -Ele dá de ombros.
Anahi não espera ele dizer mais nada, apenas desvia dele e sobe apressada os degraus. Ela entra na primeira porta que se depara e a encontra...
...
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Reencontro De Seis Almas - RBD
FanfictionSeis amigos, seis almas que já foram unidas no passado voltando a se reencontrar. Era véspera da véspera de Natal, quando Alfonso abrira a porta de sua casa e teve uma surpresa. As cinco pessoas que teve extrema importância em sua vida estavam ali...