Capítulo 92

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Poncho estava sentado no tapete da sala, ao lado do filho enquanto brincava com o mesmo com um de seus carrinhos de brinquedo colorido. Annie ainda não tinha voltado do andar de cima com o resultado do teste de gravidez e a cada minuto que passava, ele ficava mais apreensivo, porque mesmo com uma certa confiança de que daria negativo, nunca era cem por cento de certeza.

Até que ele ouviu uma gargalhada vinda do corredor antes da loira aparecer descendo as escadas com o teste em mãos.

-E aí o que deu? -Poncho perguntou sem saber como decifrar aquele riso exagerado vindo da loira.

-Amor.... -Ela não conseguiu responder porque tornou a rir copiosamente.

-Está me assustando. -Ele dissera ficando de pé enquanto o filho sentado, ainda brincava.

-Eu não.... -Ela tornou a rir e desta vez ainda mais intenso. Então ela colocou uma das mãos em sua boca, se forçando a parar, até que aquilo fosse lentamente ajudando, até ela parar totalmente e ir ficando pálida.

-Amor, está se sentindo bem? -Perguntou ele se aproximando e quando viu que ela ia perder os sentidos, a segurou e a ajudou a se sentar no chão. -Respira fundo. -Ele orientou enquanto aos poucos ela ia fazendo o que ele pediu.

-Amor... -Ela tentou, mas o restante da frase morreu nos lábios. Como ainda não estava preparada para dizer aquela frase em voz alta, ela preferiu entregar o teste a ele para que o mesmo pudesse ver com os próprios olhos.

Quando os olhos de Poncho passaram por aquelas letras pequenas no teste digital e ele pôde ler a palavra "grávida" seu coração quase erra as batidas.

-Você está grávida, amor? -Ele a fitou ainda sem acreditar e quando ela balançou a cabeça concordando ele também precisou se sentar, pois de repetente havia ficado tonto.

Eles ficaram um ao lado do outro, sentados no chão e com as costas encostada no sofá, encarando um ponto fixo na sala enquanto pensavam que logo aquela casa teria mais uma criança para eles cuidarem.

-O que a gente faz agora? -Ela perguntou preocupada.

-Eu não sei. -Ele respondeu.

-Emi faz um ano mês que vem. -Ela o lembrou.

-Eu sei. -Ele dissera.

-Quatro crianças... -Ela dissera.

-Eu sei. -Ele dissera.

-Pode dizer outra coisa além de "não sei" "eu sei"? -Ela perguntou impaciente.

-Desculpa, eu não estava preparado para isso. -Ela dissera.

-Você não deveria ter comprado aquele teste. -Ela dissera.

-Isso não mudaria o fato de que você está grávida. -Ele rebateu. -Aqui está dizendo que tem pelo menos quatro semanas. -Ele contou olhando o visor do teste. -Não desceu para você esse mês?

-A gente cuida de três crianças, é difícil eu me lembrar quando desceu e quando não. Eu também talvez tenha esquecido meu anticoncepcional algum dia desses. -Ela dissera antes de um suspiro pesado, se sentindo um pouco culpada.

-Está tudo bem, bebê. Não é culpa sua, é muita coisa para a gente se lembrar. -Ele tentou confortá-la. -Podemos conversar mais tarde sobre eu fazer uma vasectomia, para ficar pelo menos uma preocupação a menos. -Ele propôs depois de um tempo pensativo em silêncio.

-Sério, faria isso? -Ela perguntou virando o rosto para olhar para ele.

-Faria. Também acho que já temos filhos demais. -Ele brincou a olhando e ela riu.

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora