Capítulo 64

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O dia seguinte amanheceu nublado, era um dia estranho. Em todos os sites, revistas e canais de fofocas, só davam o nome dos seis.

"Dulce e Anahi, do grupo RBD, são mantidas em cativeiro pelo ex marido da loira e, tudo termina em uma trágica troca de tiros."

"Anahi, integrante do grupo RBD, é presa acusada atirar e matar o ex marido."

"Alfonso Herrera, do grupo RBD, é baleado no abdômen e quase tem uma morte precoce."

"Confusão no hospital onde dois integrantes do grupo RBD eram atentidos, acaba em socos e confusão. Com isso, Maite e Cristian são levados á delegacia."

Estavam sendo dias turbulentos para todos eles e parecia que sempre tinha alguma coisa ruim acontecendo.

O advogado de Anahi trabalhava assíduo buscando provas de que sua cliente havia agido em legítima defesa, estava tudo correndo a favor de Anahi. Tinham Dulce como testemunha de que a todo momento que esteve com elas, Velasco fora rude, ameaçador e violento. E também tinham Alfonso que presenciou a cena toda dos tiros.

Eles estavam otimistas, mas ainda assim, era um caso complicado e cada minuto que passava atrás das grades, como uma criminosa, Anahi sentia-se cada vez mais fraca, cansada de lutar. A única força que tinha, vinha das crianças e de seus amigos.

Os fãs da banda, por sua vez, estavam dando apoio à todos eles. Eles se mantinham solidários com Anahi, comemoraram quando Maite e Christian saíram da delegacia pela porta da frente, e o acusado de assédio e estupro que eles agrediram no dia anterior ficara preso. Também se alegraram com a confirmação da gravidez de Dulce e quando souberam que era tudo verdade o que diziam na mídia de que o pai era Ucker, se alegraram mais ainda.

Os fãs passaram várias horas na porta do hospital, não saíam por nada. Levaram cartazes, presentes e cantavam suas canções. Era tão incrível que eles ainda estavam ali por eles, defendendo, dando apoio sem dever nada a eles e sem pedir nada em troca. Era um amor puro e genuíno.

Ainda naquele dia, mais tarde, Dul teria alta. Faltava pouco tempo para Ucker vir busca-la então depois de trocar a camisola do hospital por roupas normais e, acenar da janela para os fãs, agradecendo todo o apoio, ela conseguiu uma autorização para visitar Poncho em seu quarto.

-Licença, incomodo?. -Perguntou ela depois de bater e abrir a porta.

-Não. Pode entrar!. -Poncho autorizou. Era a primeira vez que via ela desde o ocorrido. -Então vai ser mãe de uma menina. -Ele abriu um sorriso sincero.

-Vou. -Ele confirmou também sorrindo e depois fechou a porta atrás de si.

Dul caminhou até ele e lhe deu um abraço apertado que ele aceitou de bom agrado.

-Como você está?. -Ela quis saber.

-Péssimo. Já pensei em fugir daqui milhares de vezes.

-Você não iria muito longe, tem uma multidão de fãs lá fora. -Ela brincou e ele sorriu.

-Consigo ouvir eles cantando daqui. Mas ainda não posso levantar. -Ele sorriu fraco. -Queria visitar a Annie.

-Ucker foi lá hoje, talvez ele volte com novidades. -Dissera Dul esperançosa se sentando na poltrona do quarto.

-Tomara. Não consigo imaginar a Annie presa em uma penitenciária, ela é tão princesa para aquele lugar. -Ele dissera.

-Eu fico com dó das presas que vão ficar com ela. -Dul brincou. -Ela deve estar dando chiliques até com a cor da tintura da parede.

-Isso com certeza. -Ele riu mas logo soltou um suspiro. -Pedi ela em casamento. -Confessou.

-Sério? Isso é muito legal, Poncho, parabéns! Isso vai dar mais motivos para ela se manter forte lá!. -Dissera.

-Espero que sim.

-Tenta mudar essa cara, vamos ficam em cima deles, ela tem um bom advogado. Também somos testemunhas de como o Velasco era horrível, ela logo vai estar aqui com a gente. Em alguns meses, ela vai estar te enlouquecendo com provas dos docinhos do casamento. -Ela ia dizendo e Alfonso esboçou um sorriso tímido.

-Tudo o que eu queria agora, era ouvir por horas ela falando sobre qualquer assunto desses!. -Ele dissera. -Sinto falta até do cheiro dela.

-Eu imagino. Mas logo vamos estar todos reunidos outra vez. -Ela dissera.

Bateram na porta os distraindo e logo em seguida, Ucker entrou no quarto.

-Achei você. -Ele dissera quando vira Dul. -Está tudo pronto para eu te levar para casa!.

-Como foi la na delegacia?. -Dul perguntou curiosa.

-O advogado entrou com um pedido para ela aguardar o julgamento em liberdade, mas como toda papelada, isso pode demorar alguns dias. -Explicou Ucker. -Mas ele está esperançoso.

-Isso é uma boa notícia. -Dissera Poncho.

-É uma ótima notícia! Viu, Poncho? Não se preocupe, vai dar tudo certo. -Dissera Dul.

-Ah, e Mai mandou mensagem. Ela disse que Chris e ela já estão com o Manu e o Emi. Levaram eles para a casa dela e o Chris está ajudando, já que ela está sozinha. -Avisou Ucker. -Já o seu filho, Poncho, está com a mãe.

-Muito obrigado, fico feliz que os meninos estejam bem. Como ficou com o cara de ontem? A Mai quebrou mesmo o nariz dele? -Perguntou Poncho surpreso.

-Quebrou. -Contou Ucker com um sorriso satisfeito nos lábios. -Aquele babaca vai ter um nariz torto pra sempre.

-Ele merecia mais. -Poncho dissera.

-Verdade. Mas Mai foi muito corajosa ao enfrenta-lo. -Dissera Dul.

-Foi mesmo! A menina que ele provavelmente abusou, a do andar de cima, ainda não acordou mas ouvi dizer que ela está melhor. -Contou Dul.

-Eu também ouvi. Só tivemos notícias boas hoje, apesar do dia estranho. -Observou Ucker. -Bom, já vamos indo mas se precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode me ligar que eu venho correndo.

-Eu não vou precisar, não quero atrapalhar ninguém. -Dissera Poncho.

-Somos família, você não está atrapalhando!. -Dissera Dul. -Eu provavelmente não vou poder vir mas o Ucker pode. E eu tenho certeza de que ele vai te atender.

-Claro. Precisando é só me ligar!. -Dissera Ucker.

-Certo. Obrigado por tudo, vocês são demais!. Mas agora vão, eu sei que vocês querem sair logo desse hospital. -Brincou Poncho.

-Ta bom, vamos ir mas não esquece de ligar se precisar!. -Lembrou Dul.

-Ta bom.

Se despediram de Poncho com abraços não muito apertados por conta dos pontos dele e então partiram.

Mas antes, pararam na porta do hospital para agradecer e falar com alguns fãs. Como já esperado, também haviam repórteres ali e eles tentavam arrancar informações e faziam perguntas sensacionalistas para os dois. Nem Dul e nem Ucker responderam ou deram qualquer declaração, ambos falaram apenas com os fãs e depois de se despedirem dos mesmos, foram para o carro de Ucker com ajuda dos seguranças do próprio hospital.

-Está tudo uma loucura aqui fora. -Ela dissera quando já estava dentro do carro e Ucker dera a partida.

-Está mesmo, ontem estava pior. -Ele dissera. -Não consigo nem assistir noticiários ou usar as redes sociais, tem muita gente inventando coisas sobre nós seis. Recomendo que também não veja.

-Eu não vou. Quero ficar em casa quietinha no meu canto. Não vejo a hora de tudo voltar ao normal. -Ela suspirou.

-Vai ficar sozinha em casa?. -Quis saber Ucker. -Posso te fazer companhia. Sem segundas intenções. -Ele sugeriu.

-Não precisa, mas... vou pensar na idéia. -Ela dissera arrancando um sorriso dele. 

...

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